P.O.V Jeonghan
Acordo com os raios solares em meu rosto, pelo fato de eu não ter fechado as cortinas na noite anterior. Abro os olhos e olho ao meu redor. Estou em meu amado quarto, o lugar que eu passo quase todo o tempo.
Tomo coragem e levanto para enfrentar mais um dia da minha vida. Vou em direção ao banheiro e faço minhas higienes pessoais. Coloco uma roupa qualquer e desço para tomar café junto com um dos meus melhores amigos, Choi SeungCheol. Somos amigos desde pequenos, e isso me deixa muito feliz.
Nós moramos juntos a quase 2 anos já. Eu gosto dele, mas não tenho coragem de contar... Não quero que ele me rejeite ou me humilhe... Enfim, eu nunca me incomodei com as coisas que ele faz, a não ser andar só de cueca pela casa e trazer meninas aqui em casa quando sai... Isso me deixa realmente muito incomodado... Ouvir as mesmas gemendo o nome dele de noite e pensando que poderia ser eu no lugar delas.
Ele é uma pessoa legal e gentil. Quando preciso de algo, ele está lá para me ajudar, nunca me deixa na mão e vice versa.
Chegando na cozinha vejo ele sentado, tomando café na bancada e mexendo em seu celular. Nem sequer notou que eu entrei.
- Bom dia para você também - Falo tentando chamar sua atenção - Ei, eu estou aqui - Passo a mão enfrente aos seus olhos, fazendo o mesmo me olhar.
- Oi Jeonghan - Sorriu - Desculpe, estava resolvendo algumas coisas no celular e nem vi quando você entrou na cozinha - Colocou o celular na bancada.
- Percebi... - Fui pegar o meu prato com o meu café da manhã e em seguida peguei um copo para colocar o café. Enquanto esperava o copo encher, senti SeungCheol me abraçar por trás. É uma coisa que ele sempre faz, não sei porque.
- Hannie... - Me chamou pelo apelido que o mesmo deu - Hoje eu vou sair com alguns amigos... E queria saber se você não se importa de ficar aqui sozinho...?
- Bom... Desde que você não traga nenhuma menina pra cá, tudo bem... - Me soltei de seus braços e fui sentar no sofá para assistir televisão.
- Você anda estranho esses últimos dias... Está tudo bem? - Se sentou ao meu lado.
- Claro, por que não estaria? - O olhei atentamente.
- Não sei... Você sempre foi muito próximo a mim, mas agora está meio afastado... Eu fiz algo que você não gostou? - Perguntou meio receoso.
- Não Cheollie... - O chamei pelo apelido de infância - Eu estou bem, você não me fez nada - Sorri, mesmo sabendo que era mentira - Pode ficar tranquilo, okay?
- Só de ouvir que eu não fiz nada já me deixa aliviado - Riu - Mas se alguém fazer algo pra você, me avise, sim? - Assenti.
Cheollie sempre foi assim,'me protegendo de tudo que acontecia. Por exemplo, quando éramos mais novos. Uns garotos começaram a me encher todos os dias por causa do meu cabelo, que era grande naquela época, e até hoje ele é assim, mas não deixo crescer muito é claro. Voltando a historinha, enquanto os meninos riam, um deles quase chegou a encostar em mim, mas Cheollie chegou e bateu no mesmo, assim espantando ele e os outros garotos. Nunca me esqueço daquele dia. Foi a partir daí que comecei a gostar dele...
Despertei de meus pensamentos levantando e levando minha "sujeira" na cozinha, colocando na pia pra mais tarde lavar.
- Nós podíamos fazer algo enquanto eu estou em casa, não acha? - Cheol me seguiu até a cozinha.
- Ah... Sai do meu pé chulé - Ri e o mesmo acompanhou - Você nunca foi de ficar grudado comigo - Sentei em cima da bancada e o mesmo veio em minha direção, parando em minha frente um pouco distante - Agora é minha vez de perguntar, está tudo bem? - Eu balançava minhas pernas.
- Está... - Deu um pequeno sorriso - Eu queria passar mais tempo com você, então decidi perguntar se queria fazer algo, só isso...
- Ah, entendi... - Continuei sentado - Bom, você passa mais tempo preocupado com as "suas" - Fiz aspas no ar - Meninas, então não queria atrapalhar - Ele me olhou de olhos arregalados.
- Como pode pensar assim de mim? - Disse um pouquinho alto - Você é muito mais importante que elas... Elas são apenas um passatempo...
- Não parece - Sussurrei.
- O que disse? - Me olhou sério.
- Nada - Sorri tentando amenizar a clima naquele momento - Agora eu vou pro meu quarto deitar e ficar lá um bom tempo - Desci da bancada.
- Você não sai daqui até me falar o que disse - Me prendeu entre ele e a bancada.
- Ei, com licença - Tentei sair, mas isso só fez com que ele se aproximasse mais.
- Me diga o que falou e eu te deixo sair - Sorriu sacana, e eu o olhei com os olhos cerrados.
- E se eu não disser, o que você faz? - O desafiei.
- Isso - Suas mãos foram em direção a minha cintura, apertando o local.
Ele sabe que ali é uma área sensível, quando eu bato a cintura em algum lugar, na quina da mesa por exemplo, uns minutinhos depois já fica roxo.
- Ai... - Resmunguei baixinho - N-não vou d-dizer - Gaguejei.
- Tem certeza? - Apertou um pouco mais forte, fazendo o lugar começar a doer.
- J-jamais i-irei dizer... T-tá doendo, para... - O pedi manhoso.
- Okay - Se afastou - Mais tarde você vai me dizer... Por bem ou por mal...
- Se você não estiver ocupado com alguma menina, talvez eu te fale - O provoquei novamente.
- Para de falar essa coisas Jeonghan! - Esbravejou.
- Você me dá motivos, por que eu não falaria isso? - O olhei fixamente.
- Que motivos? - Perguntou indignado.
- Não vem ao caso agora - Ri de sua expressão - Deixa eu ir para o meu habitat natural - Ele foi pra sala.
Subi para o quarto e fiquei refletindo no que acabou de acontecer. Eu poderia naquele momento falar que gostava dele, mas o nervosismo a tomou conta de mim.
Eu queria ser amado, sabe... É difícil ver ele com outras meninas, às vezes choro baixinho no quarto para que o mesmo não escute e venha me perguntar o que está acontecendo...
Mas eu acho que tudo isso vai mudar um dia... Um dia ele vai gostar de mim igual eu gosto dele... Pelo menos eu acho...
Comecei a fitar o teto, e assim fiquei até pegar no sono, o que demorou um pouco, mas depois ele veio. Então dormi até anoitecer.
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Meu melhor amigo • JeongCheol
FanfictionYoon Jeonghan é um garoto super gentil de 18 anos, porém ele sofre por amor. Especificando, por Choi SeungCheol, seu melhor amigo de infância. Ele não tem coragem de confessar seus sentimentos pelo outro, o medo de ser rejeitado ou humilhado o conso...