my piece of bitter chocolate | taemark

you are my most precious jewel

O dia estava sendo bastante agitado para uma quarta feira comum, o problema era que aquilo que era pra ser apenas mais um dia monótono do meio da semana antecedia um feriado que se prolongava até o fim de semana, e como estavam próximos das provas finais a direção e coordenação do colégio estava a maior correria, e Mark se odiava por ser tão responsável e absolutamente capaz, era representante de todos os 3° anos: A, B e C, o que multiplicava ainda mais seu estresse naquela manhã.

Não era surpresa pra ninguém que quando saiu das instalações do colégio estava com uma expressão seríssima, um vinco entre as sobrancelhas, os lábios crispados e pisando tão firmemente no chão que seus passos seriam capazes de deixar buracos em chamas pelo caminho que fazia. Mas todo e qualquer vestígio de irritação ou cansaço deixou seu rosto assim que seu olhar foi de encontro ao garoto de fios rosados parado em frente ao portão de saída, recostado em sua moto escura e brilhante.

Um sorriso de alívio e satisfação se curvou em seus lábios castigados por mordidas dadas por si mesmo nos momentos de frustração quando algum professor ou coordenador vinha fazer reclamações ou perguntas referente a disciplina ou rendimento das turmas, mas o que podia fazer? Ser representante de sala era um saco mas lhe rendia muitos pontos extras que seriam extremamente úteis na hora de prestar o famigerado vestibular para ingressar na vida universitária junto ao namorado.

Este sorria genuinamente pra si, mostrando a quem quisesse ver seu belíssimo eye smile tão raro de se expor, o canadense foi a passos tortos até o mais velho, era sempre assim, Taeyong lhe olhava e suas pernas se transformavam em gelatina e tremiam mais que vara verde, odiava aquele efeito que o maior causava em si mas novamente lhe pergunto, o que ele podia fazer?

— Bom dia meu pedaço de chocolate amargo! - e pronto, o sorriso do Lee mais novo morreu, o lance é que ele não era obrigado nem nada, sabem?

— Você estava tão lindinho aí sorrindo pra mim, mas foi só abrir a boca que o encanto acabou. - resmungou aceitando o abraço que o rosado lhe oferecia.

— Qual é?! Esse apelido é a melhor coisa que já pensei, e combina contigo amor. - retrucou com um tom bastante manhoso, o que era cômico levando em consideração que sua voz era grave e grossa.

Mas isso não impedia Mark de se arrepiar todinho com a respiração do namorado batendo na sua nuca, enquanto se apertavam naquele abraço gostoso e aconchegante que parecia ser capaz de tirar toda tensão do período escolar que se mantinha em seus ombros.

— Claro que é... - murmurou separando minimamente do maior e entrelaçando seus dedos. — Podemos ir pra casa? Hoje foi um inferno e eu só quero dormir a tarde toda agarradinho em você. - admitiu tirando os óculos de lente redonda e armação negra, limpando- o na camisa de tecido fino que usava.

— Hnmm... apesar de ter você a tarde inteirinha nos meus braços ser uma tentação e tanto tenho outros planos para nós. - o coreano disse sorrindo contido, o Lee mais novo ergueu o olhar colocando novamente os óculos e encarando a expressão divertida do maior.

— O que está aprontando agora Lee Taeyong? - perguntou arqueando uma sobrancelha, o de fios rosas levou a mão ao peito dramaticamente.

— Não me chame de "Lee Taeyong"! Eu sou seu hyung, e não estou aprontando nada, tenho uma surpresa pra você okay? - piscou apenas um olho estendendo um capacete para o menor que aceitou de prontidão, deixando a mochila apoiada num ombro só.

— Da última vez que disse isso acabamos presos num festival hippie. - o loiro lembrou, se sentando na garupa da moto e agarrando a cintura do mais velho que nada respondeu, apenas acelerou se afastando do prédio estudantil.

Andar de moto com Taeyong era maravilhoso para o canadense, sentir o calor emanando do corpo maior enquanto a jaqueta de couro que este sempre usava balançava devido ao vento, a maneira como fazia curvas perigosas e desrespeitava leis de trânsito fazia adrenalina pura correr por suas veias mesmo sabendo que no fim obrigaria o mais velho a pagar todas as multas e daria uma bronca daquelas nele sobre dirigir com consciência.