Véspera de Natal; alguns minutos para o natal.
Um quarto qualquer em Nova York; tempo estável, ou quase.
[...]
Estávamos brigados. Brigados numa noite de natal, e não, não poderia existir pior dia que esse.
De verdade? Eu não estava curtindo nada ficar costas para ele naquela cama, e muito menos, não poder abraçá-lo como faço todas as noites. Eu estou ferido por dentro, mas engolindo meu orgulho até o último segundo para não me virar e pedir desculpas por tudo o que disse mais cedo, mas como dito antes, o orgulho é mais forte. Eu também só não mando ele embora porque a nossa briga foi até boba se parar para pensar, e também, eu não vivo sem ele, não consigo mais; meu corpo se tornou dependente de seus toques, e bem, eu não queria admitir, me tornei dependente de seu amor também.
Mas realmente, eu não sei se ele também está dependente de mim desta forma. Acho que sou o único criando esperanças num poço vazio, na qual eu sei que vou me machucar se eu cair nele.
Mas eu não me importo, ele também não parece se importar, e talvez, eu esteja errado sobre ele. Talvez, ele esteja demonstrando seus sentimentos de uma maneira não tão... explicita.
Isso é confuso para mim, muito confuso.
Respirando fundo enquanto me afogava nos meus pensamentos, puxei o cobertor um pouco mais para mim, e após isso, ouvi um grunhido reprovador vindo do outro lado da cama. Matthew não contente em me deixar irritado, ainda teve a audácia de puxar aquele bendito cobertor - o que é claro, me deixou mais irritado ainda, mas eu não falei. Acho que já falei tudo o que devia e não devia, mas o arrependimento foi engolido no mesmo momento em que ele retrucou na mesma moeda, e com palavras piores do que imaginei.
- Vai ficar com a droga da coberta também?! - exclamou irritado, puxando o tecido para si, mas então, puxei-o de volta no mesmo instante. Ficamos nisso por um tempo, até que ele se irritou de vez, puxando a coberta com força para fora da cama. - Okay, chega! Qual é o seu problema?
- Não sei, pergunta para sua amiguinha, a Somin. - desdenhei, me sentando sobre minhas pernas assim como ele. Cruzei os braços na altura do peito, lhe direcionando um olhar mortal, acompanhado de um sorriso cínico. - Oh, que tal perguntar para a Jiwoo pra que ela te responder? Tenho certeza que ela sabe o que tem de errado comigo. - bufei, indo me levantar para sair dali. Em minha cabeça, seria uma boa ideia ir dormir no sofá naquela noite, mas então, ele me puxou pelo braço e me grudou em si com seus braços envolta de minha cintura. - Me solta!- me debati o máximo que pude para me soltar de seus braços, mas ele era bem mais forte, não adiantaria lutar de maneira alguma.
Passou-se minutos até ele me soltar, tendo certeza de que eu não iria escapar de seus braços, e realmente, eu não iria. Não teria como escapar, naquele momento eu entendi o quão infantil eu estava sendo, mas ainda sim, não deixo de esquecer os olhares que ele e aquelas duas trocavam. Eu só não xingo elas agora porque eu realmente não me rebaixaria ao nível daquelas... sinceramente, não tenho palavras que não sejam xingamentos para me referir a elas, então, é melhor deixar para lá.
- Me deixe ir. - pedi, ainda de costas para si.
- Por quê? Por que está agindo dessa forma? - perguntou, espalmando suas mãos em minhas costas nuas e voltando-as para minha cintura, como numa carícia para me acalmar.
- Você sabe o porquê. - murmurei desinteressado, respirando fundo antes de me virar para ele, encarando seus olhos pequenos e intensos.
Eu realmente me sentia bem com Matthew, realmente não o enxergava como qualquer outra pessoa que eu denomino "do mundo". Ele não é assim, é diferente disso, mas por que ele olhava tanto para Somin e para Jiwoo?
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➵Hey! Marry Christmas
FanfictionOnde Taehyung deu um tapa na cara de Matthew por ciúmes, e ele gostou. B.Seph! | J.Seph!Bottom | Matthew!Top