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Depois que o Gigante se foi demorei algumas horas para dormir pensando no que havia acontecido. Acordei por volta de 12h todo marcado e com o cu dolorido. Quando peguei meu celular já tinha ligação perdida e sms: era o Gigante. Queria saber como eu estava e se estava bem, se ele havia me machucado muito, etc, etc, etc. Resolvi desligar meu celular e evitar maiores contatos com ele. O sábado passou arrastado porque não parava de pensar na foda maravilhosa e na situação de ter trepado com o marido da minha amiga. Era um misto de tesão e arrependimento. Quando chegou a noite resolvi sair pra beber e esquecer os últimos acontecimentos. Encontrei uns amigos em um pub e ficamos conversando até altas horas. Voltei pra casa pensando na noite anterior.

Acordei com a campainha tocando insistentemente. Olhei no relógio, eram 8h da manhã e esbravejei:

- Quem é o fdp que tem a audácia de vir aqui a essa hora em pleno domingo?

Fui me arrastando até a porta e olhei através do olho mágico e congelei quando percebi quem estava do outro lado da porta. Fiquei na dúvida se abria ou não, respirei fundo e abri a porta.

O Gigante estava lá, com roupa de corrida e cara de poucos amigos. Mal tive tempo de falar algo e ele já me empurrou pra dentro e foi me perguntando:

- Porque você não me atende? Aconteceu alguma coisa? O que fiz de errado? Qual teu problema? Que porra é essa de atender a porta de cueca?

Foi quando percebi que só estava usando apenas cueca. Fiquei olhando pra ele por alguns instantes e falei:

- Cara é o seguinte, tô na minha casa, se quiser atender nú eu atendo. O que tu queres aqui a esta hora? Quem te deixou entrar? Cadê tua mulher? Porque tu não torra a porra do saco dela em vez de vir aqui me acordar e ficar com mimimi?

Ele ficou sem ação e virou de costas pra sair. Ficou parado no vão da porta e sem virar pra mim falou:

- Não devia ter vindo aqui... mas ok. A gente se fala.

Quando ele ia saindo, o segurei pelo braço e pedi desculpas.

- Porra Gigante, foi mal. Entra aí. Não sou lá muito bom quando acordo cedo ainda mais quando alguém me acorda no susto, e comecei a rir.

Ele ficou vermelho. Perguntei se ele já havia tomado café. Ele disse que só havia tomado uma vitamina e suplemento quando saiu de casa. Perguntei se ele podia fazer um café que iria tomar banho e assim poderíamos conversar direito.

Fui tomar banho sem saber o que fazer e o que falar. Mas ao mesmo tempo lembrava da foda e meu pau ganhava vida. Saí do banho, coloquei apenas uma cueca e bermuda e fui lá pra cozinha.

Ele não estava. Fiquei sem entender nada. Corri, peguei meu celular, disquei o número que ele havia passado os sms, mas só dava em caixa postal. Sentei no sofá e fiquei olhando pro vazio, repassando tudo que havia acontecido naquele curto espaço de tempo. Quando percebi a porta estava sendo destrancada e ele entra com a cara mais lavada do mundo.

- Pow Fabinho, não tinha nada aqui. Só achei o pó e a cafeteira, dando uma risada. Peguei tuas chaves e fui a padaria da esquina comprar pão, leite e mais algumas coisas pra gente comer.

Não sabia o que falar. Fiz o café, ele preparou os sanduíches, cortei algumas frutas e sentamos pra tomar o café.

Eu fiquei calado o tempo todo e foi quando ele perguntou:

- Cara, eu fiz alguma coisa errada? Você tá calado, nem parece aquele cara que fala pelos cotovelos.

- Christiano é o seguinte...

- Vixi, chamar meu nome inteiro é sinal que o lance é sério.

Rimos, quebrando aquela barreira invisível que eu havia criado.

O Maridão Onde histórias criam vida. Descubra agora