Parte 2

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- Mas, seu João, não sou um mentiroso, farsante.

- Acabamos de nos mudar, compramos a casa do Sr. Jonas, que é nosso amigo a anos.

- Jonas, não estava com sua casa a venda, senão me falaria. Como acha que a de escapar-me com estes argumentos tolos. Deixe a minha casa, ou morra...Escolha!

Marcos estava em um dilema, já que o Sr. João não o permitia explicar, todas, às vezes, que tentava era tratado como um trapaseiro, mentiroso, e enganador. Já que esse conhecia a todos.

Foi quando sugiu a oportunidade da réplica, da contraditória, e da refutação.

- Seu João, a quanto tempo o Sr. não fala, e não vê o Sr. Marcos?

- Sr. João parou e pensou por alguns minutos, quando então diz: Tem mais ou menos uns 15 dias que não vejo Marcos. Neste período vocês não conseguiriam negociar, e concretizar a venda.

- É verdade não foi em 15 dias.

- Viu!

- Como disse: Sr. Marcos é um amigo de longas datas, nos conhecemos desde criança, nossos pais foram vizinhos, crescemos juntos, amigos de infância, nunca perdemos o contato, ele foi padrinho do meu casamento, e eu do dele. O Sr. estava lá?

- Onde?

- No Casamento do Sr. Marcos.

- Não, não, não fui convidado!

- Ham? Ah, desculpa!

- Que isso!

- Então...desde que Keli faleceu, Sr. Marcos vem conversando comigo sobre a possibilidade de vender, pois se lembrava demais dela vivendo aqui. Queria tirar uns dias para descansar, e quem sabe encontrar um lugar onde pudesse viver tranquilamente o fim de seus dias.

- Mas, ele nunca me disse nada.

- Sr. João, como disse: Somos amigos desde criança. Ou seja, por longos dias conversamos, e um dia meu coração ficou muito apertado, e logo lhe fiz uma proposta. Eu tinha os recursos, disse a ele que previ um lugar, para que ele descansasse, e que não haveria custos, e se houvesse alguns eu o ajudararia.

Resistente o Sr. João olhava para Jorge desconfiado, pensando que este tivesse enganado Sr. Marcos. Ouvia-o, mas claramente se via em seu rosto a discordância, a oposição e os gestos de negação.

- Disse a ele que tinha uma casa no Espírito Santo, em Guarapari. Imediatamente me perguntou:

- Quando posso me mudar, meu amigo?

- Foi quando disse a ele: Hoje se você quiser.

- Para o Espírito Santo?

- Perguntou-me com um grande sorriso em seu rosto.

- Sim. Ele riu, buscou em sua memória, suas lembranças, e me disse:

- Já estive em Guarapari, uma cidade de grandes belezas naturais, onde suas areias são monazíticas, mas que tem uma propriedade muito terapêutica. Arrumo minhas coisas hoje e vou amanhã pra lá.

- Perdoe-lhe Sr. João, mas ele decidiu partir sem se despedir, para quem sabe levar consigo não a imagem de choros e lamentos, mas as dos grandes momentos vividos com todos.

Naquele momento toda rejeição, e barreira que pudesse existir parece ter sido quebrada. Pois, Sr. João não consiguia falar, estava em lágrimas.

.........

Continua...

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⏰ Last updated: Nov 11, 2017 ⏰

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