❝ Always ❞ + [ pjm ]

처음이자 마지막

primeiro e último

ou não.

···

Quando eu abri meus olhos um dia,tudo que eu podia enxergar era escuridão,nenhuma luz,nenhum sinal,nada,apenas escuridão,era como se estivesse preso numa caixa,isolado,sem ao menos ter noção de seu interior,andava de um lado para um outro,vendo que aquilo era apenas um imenso vácuo,uma lacuna.

Eu desejei estar morto,sim,morto. Não tinha como haver um simples ânimo de viver sem poder ter cor,sem poder ter nitidez,sem poder ter liberdade própria. Eu estava preso a mim mesmo,eu estava arruinado,era como se meu próprio eu indicasse que não havia saído,acabou,não havia outra opção,era um túnel sem saída.

Eu queria que alguém me matasse,nada mais,portanto,não havia ninguém,seja pra zoar da minha cara ou esfregar o fato de que eu estava sozinho,isolado,abandonado,sem nada n ninguém,apenas escuridão. Era como se o universo tivesse dado um passeio eterno e eu sobrasse ali no meio de um buraco negro que me manteria naquela situação.

Neste silêncio barulhento,tudo que se ouvia era minha fajuta respiração que estava ali apenas para fazer de conta que ainda havia vida em mim,que ainda havia resquícios de sobrevivência,mas por dentro tudo já havia parado,tudo já havia enferrujado e morrido. Mais uma vez,havia ninguém,apenas eu e aquela escuridão,e onde se era silêncio,tudo que se estabeleceu foram gritos,estes que ninguém escutava,estes que nada nem ninguém alcançava.

Estou vivendo para entender o mundo,entender o mundo que agora já não existia mais,que havia virado pó,que havia se dissolvido com o restante dos corpos celestiais,que havia esquecido alguém,que havia esquecido a mim,que havia virado de costas sem a menor vontade de olhar para trás,pois sabia que se virasse para trás,veria nada,apenas escuridão.

Mas por que este mundo não tentou me entender? Era como se houvesse ninguém para me escutar,como se todos quisessem esnobar minhas palavras de lastimas e dizer ; "isso passa,é fase",mas acabou sendo dita tantas vezes,que se tornou parte do enredo de minha história,se embutiu e ali ficou,como se fosse algo que precisasse ser destacado mas sentido não havia,porque aquilo em nada mudava,nada modificada,nada faria.

Eu sinto minha falta,eu fui apagado,esquecido,e tudo que só pode lembrar do velho Jimin era aqueles momentos em que seu riso era tão sincero que seus olhos se tornavam riscos e sorriam juntos,portanto essa sensação se tornou tão tarda,tão velha,que mal faz sentido a lembrar.

Eu diria a Deus se eu o conhecesse,que esta vida é um café que eu nunca pedi,pois tudo que eu vivo aqui é precário,é vazio,nada além de algo que tem de ser degustado querendo ou não,que precisa ser vivido até a morte,ser vivido até poder se livrar de tudo,até poder se livrar de si mesmo.

Você tem certeza que está vivo?

Eu vejo a respiração gelada na janela,mas nada disso me faz ter a real certeza de que esteja vivendo.

Você está morto,
eu estou morto,
todos estão.

Por isso não me ouvem,
por isso não me entendem,
por isso não me socorrem.

Sempre.
Sim,eu perdi todos os meus caminhos.

— Por que diz todas essas coisas? – uma voz rouca ecoou no lugar.

— Q-quem é você? – me senti assustado,por mais que houvesse a possibilidade de haver alguém ali,alguém que ainda..me escutasse?

— Jeon...Jeon Jungkook. E você? – indagou,mais ainda não podia o ver.

— Park Jimin. – suspirei.

—por que não consigo te ver? – indaguei.

— Pois você está com os olhos fechados,o todo todo esteve. – declarou,agora com suavidade,fazendo-me ter impressão de que se aproximava.

— O quê? – me sentia confuso.

— Você está de olhos fechados,Park. Acabou se privando do mundo em que vivia e se voltou para outro no qual existe apenas para ti.

— Eu não estou de olhos fechados. – bufei e levei meu olhar pra um canto escuro.

— Eu não vou poder te ajudar enquanto não entender isso,uh? – sorriu fraco de canto. — Imagine como tudo era antes,as cores,os sorrisos,a harmonia..– dizia.

— Mas isso não existe pra mim,ainda não entendeu? – fui firme nas palavras,estava certo do que bem dizia.

— Te prometo um prazo de um mês,Park,se por acaso eu estiver errado,te deixarei em paz. – estendeu sua mão até mim,como se estivesse firmando um acordo entre nós.

— E você está. – ri de sua confiança.

— Posso te provar que não. – convencido.