Mensagem Bloqueada

OO1

Acabei de chegar na escola e encontrei minhas amigas, Julie e Samantha.
A gente foi conversando até a porta da sala, e como sempre aquela loucura, todos esperando a professora chegar para entrar na sala.
Ela tava demorando para caramba, e a gente tava caminhando pela escola conversando, sobre vários assuntos e logo fomos para a sala, e começou a aula.
A aula tava tranqüila, sim, tinha bolinhas de papel voando pela sala, todo mundo conversando e também copiando, e tudo bem, Tomás virou para falar com a gente.

— Todo mundo conversando e fazendo farra, se é a gente, levamos até advertência.
— É verdade. – Disse Julie.
— E isso é injusto, por tratarem a gente diferente dos outros. – eu disse.
— Mariana, não é pra tanto. – os três falaram.
— Tá bom.

Eu disse meio chatiada, porque realmente ninguém sabe o que acontece comigo. Logo fomos chamados para ir para o refeitório, para comer. E apenas bebi um copo de leite, e saí.
E encontrei Tomás e Vitor, com um garoto chamado Ezequiel, e ele conversavam.
E o garoto falou algo engraçado e eu acabei rindo.
No intervalo, acabei ficando sozinha, como sempre, as meninas ficaram com Tomás e eu fiquei com meu livro, num canto quieto.
Eu estava lendo e logo ouvi a voz de Samantha me chamando, fechei meu livro e fui até ela.

— Por que tava ali isolada?
— Tava lendo. – eu disse.
— Eu vi.
— O que que você quer? – perguntei grossa.
— Eu acho que tô gostando do Tomás.
— Acha ou tem certeza? – perguntei e ele ficou pensativa.
— Ainda não sei direito, mas e você e o Igor?
— Nada. Ele disse que 'gosta' de mim e nunca mais falou comigo, nem como amigo.
— Amiga, nem se preocupa ele é idiota de não querer nada com você.
— Mas é difícil parar de gostar dele, eu não consigo, vejo ele todos os dias.
— É.

Ela disse e fomos até Julie que estava com Fernanda e Kamila, ficamos ali com ela, aí lembrei daquele garoto, Julie e ele quase ficaram, mas ela fez merda e ele não quis mais nada com ela.
Mas ela nem deu bola.
Logo o sinal tocou e voltamos para a aula, quando a aula terminou, fui para casa.
Quando cheguei, minha mãe estava a minha espera, eu fui para casa sozinha, no caminho todo sozinha, mas eu caminho devagar e cheguei meio que minutos atrasada.

— Por que você demorou tanto? Com quem estava? – perguntou ela.
— Eu tava andando devagar, eu vim sozinha, e até parece que se importa, ninguém liga.
— Aí, começou o drama.
— Tudo é drama.

Falei e fui para meu quarto, e me tranquei.
Que droga!
Pra tudo querem me controlar, não gostam do jeito que eu sou, como eu sou, como queria ser, não gostam de nada em mim. Eu me irrito, eu sou gorda e se eu penso em comer, brigam comigo, se eu não quero comer, fazem de tudo para mim comer.
Isso me faz mal, e pior, não são só meus pais que me criticam, são meus pais e minhas irmãs, elas vivem me jogando na cara, e isso só me machuca mais.