Prólogo

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Eu estava saindo de casa para ir até o restaurante italiano ao lado da minha casa onde Lola me esperava para jantarmos.

Ela era minha única amiga próxima na cidade, já que por mais que eu esteja em Los Angeles a um ano, não me preocupei em fazer amizades.

- Eu já disse que estou indo.- eu disse, ao celular.

- Você demora muito!- disse Lola.

- Você reclama muito!

- Tudo bem, estou te esperando, se apresse porque estou faminta.- ela disse e desligou em seguida.

Meus pensamentos voaram enquanto eu caminhava pelas ruas. A um ano minha vida era tão diferente. Largar tudo e ir embora é algo extremamente difícil, porque ir embora é difícil. Despedidas fazem meu coração doer, olhar nos olhos de alguém e dizer "Adeus". Mas eu não me despedi de ninguém, não abracei ninguém, não vi ninguém chorar ao lado da porta enquanto eu entrava em um táxi a caminho para o aeroporto, pegar o próximo avião para o lugar mais longe possível. E esse lugar foi a Califórnia. Até que não foi ruim vir pra cá.

Ouvi gritos que fizeram eu me despertar de meus devaneios. Estava a dois quarteirões do restaurante quando virei em uma esquina e me deparei com uma cena inesperada.

- Fala porra!- um homem de cabelos dourados estava em pé, apontando uma arma para um outro homem deitado no chão.

Seus pés estavam em suas costas. Quando o sujeito no chão fez menção de se levantar, os pés do de cabelos dourados o empurraram de volta para o chão, fazendo-o dar um gemido de dor.

O sujeito no chão estava todo ensanguentado, parecia ter sido espancado.

Outros quatro homens estavam em volta, um de olhos azuis e cabelos negros encostado na frente de uma Ferrari vermelha. Encostado no mesmo carro, mas na parte do lado esquerdo um homem de olhos verdes e cabelos loiros e uma mulher, linda por sinal, de cabelos negros e olhos azuis.

Em pé do lado do homem armado de cabelos dourados tinham dois sujeitos. Um de cabelos castanhos e olhos escuros, e outro de cabelos loiros e olhos castanhos.

- FALA PORRA!- o sujeito armado gritou mais uma vez.

- Eu não sei! Eu não sei! Juro que não sei.- disse o homem no chão.

- Você não sabe quem mandou você entrar na minha boate e roubar as minhas drogas? Isso não ta certo.

- Eu não sei!- disse o homem no chão. 

Segundos depois ele levou um chute no estomago tão forte que eu pudi ouvir ele ficando sem ar.

- Se você matá-lo não vamos ter nada.- disse o homem loiro encostado no carro.

- Nós não vamos conseguir nada com ele. É fiel demais à seu patrão.- disse a mulher também encostada no carro.- Mata ele logo, Justin!

Então o nome de um deles eu já sabia. Justin. 

- A sua sorte.- disse Justin.- É que Ryan e Emily tem razão, ou então eu passaria o resto da noite arrancando cada pedaço de vida do seu corpo.

Justin puxou o gatilho e sangue voou para todos os lados quando a cabeça do homem estorou. 

Minha única reação foi fugir daquele lugar, me virei e saí correndo o mais rápido que pudi, mas minhas botas altas faziam barulho ao tocar o chão. O que fez o grupo de assassinos perceberem a minha presença.

- Peguem ela!- alguém gritou.

Logo depois, senti alguém puxar meus cabelos com tanta força que dei um grito de dor. Meus braços foram segurados e eu fui conduzida para o mesmo lugar onde o homem havia sido morto.

- A princesa está com pressa?- perguntou o homem que me segurava.

Todos me encararam, e então ao dar falta do loiro de olhos castanhos, deduzi que ele estava me segurando.

- Olha, ela é gostosinha!- disse o homem loiro ainda encostado no carro.

- Não tanto quanto eu.- disse a mulher ao seu lado.

- Ela viu demais, leve-a para o galpão. Eu vejo amanhã o que vou fazer com ela.- disse o tal Justin.

Um desespero tomou conta de mim naquele momento. O que eles fariam comigo? Onde é esse tal galpão? Eu iria sair viva? Só consegui pensar em gritar por ajuda, eu tinha que sair dali.

-  O QUE? SOCORRO! SOCO...- não consegui terminar de falar, o homem que me segurava tampou a minha boca.

- Cala a boca piranha!- ele disse.

Fui levada até a mala de um carro onde ele me jogou, tentei me levantar e fugir mas ele me deu um soco e a última coisa que eu vi antes de apagar foi seu sorriso debochado no rosto.

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