Resiliência

AH! COMO EU QUERIA...

Como eu queria ser como os outros me desenham; como eu queria ser como todos me imaginam; como eu queria ser aquilo que todos projetaram quando me conheceram; como eu queria ser como na primeira vez; como eu queria ser menos arrogante, e mais respeitoso; menos soberbo e mais humilde; menos altivo e mais modesto; menos preguiçoso e mais ativo e dinâmico. Ah! Como eu queria ser, aquele herói que todos pensavam que eu era; aquele homem/mulher inteligente que todos imaginavam que eu seria. Ah, como eu queria ser tudo o que você imaginou!

Mas, não consegui deixar de ser Eu; não consegui me ver sendo outro; não consegui viver a vida de outro; não consegui ser o que não sou; todas, às vezes, que você me desenha descobres que não sou perfeito, mas que sempre me esforcei para ser o melhor pra você, nao sou mau caráter, mas, às vezes, sou intransigente, mas também risonho; já acordei de mau-humor, mas vivo feliz; já me entristeci, mas também já fiz festa. Minha maior alegria sempre foi, e sempre será a de poder caminhar ao seu lado NÃO com minhas perfeições, mas com as minhas imperfeições. E, meu maior prazer vai ser o de poder ver que você conhece todas elas, que se importa e que se chateia, mas não me menospreza e nem me afasta. Desculpa por não ser quem você imaginou, posso ser falho em algumas coisas, mas se você olhar mais um pouquinho verás que sou forte em outras, tente me usar onde sou forte, vai!

Se não sou aquilo que você deseja, não é por culpa minha, pois nunca te disse que era, ou que seria. Leia-me sem criar esperanças!
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William Paixão