CHAPTER 1

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                                                                                               ~ ° ~

Ouço os gritos animados de minha família no andar de baixo, estão todos entusiasmados por irem assistir ao jogo de rugby de meu irmão mais velho Drake. Por odiar completamente esse jogo besta e violento, prefiro ficar no conforto do meu quarto  comendo besteiras e assistindo séries até minhas pálpebras não aguentarem mais sustentar meus olhos abertos.

Meus pais sobem correndo e gargalhando vindo até meu quarto abrindo a porta sorrindo.

(Pai/John)- Já estamos indo princesa, tem certeza que não vai querer ir?

(Eu): Não papai, já disse que prefiro ficar aqui.

Eles vêm até mim e dão um beijo em minha testa.

(Mãe/Carrye): Ok então filha, se cuida, amo você.

(Pai/John): Tchau meu anjo, não se esqueça de fechar sua janela, amo você.

Eles saem apressados de meu quarto e é visível a animação estampada na face deles. Vou até minha janela e avisto meu irmão.

(Eu): BOA SORTE DRAKE, AMO VOCÊ.

(Irmão/Drake): OBRIGADA MANINHA, TAMBÉM TE AMO.

Meus pais entram no carro e uma sensação estranha me invade, fecho a janela com receio e ouço o carro dar partida logo sumindo na esquina. Desço até a cozinha e pego um pote de sorvete, um de Nutella, encomendo uma pizza de calabresa e subo até meu quarto, ligo na Netflix e começo o primeiro episódio de Stranger Things.

[...]

Já faz quase 4h que meus pais saíram e cá estou eu com uma caixa de pizza pela metade, um pote de Nutella e sorvete vazios em cima das cobertas e quase no meio da primeira temporada da série que passou a ser minha nova favorita. 

[...]

Acordo com meu celular tocando, novamente aquela sensação estranha aparece e eu a ignoro atendendo a chamada.

(Eu): Alô?

(xxxx): Olá, sou do Hospital Centro e pedimos com urgência que a senhorita Genna venha para cá.

(Eu): Oq está acontecendo? Eu não conheço ninguém que está internado aí...

Neste momento sinto meu coração bater mais forte, meus pelos se arrepiam e jogo meu celular em cima da cama correndo até a porta.

(Eu): MÃE? PAI? DRAKE? VOCÊS ESTÃO AQUI?

Não há resposta, pego meu celular que ainda está na chamada e desço correndo abrindo a porta e correndo em direção ao hospital não me importando estar de pijama de moletom.

(Eu): MOÇA PELO AMOR DE DEUS, ME FALA O QUE ESTÁ ACONTECENDO 

Grito desesperada no meio da rua atravessando com pressa a faixa de pedestres.

(xxxx): Senhorita, por favor mantenha a calma, procure por July assim que chegar.

Tento correr mais de pressa ouvindo ao fundo buzinas e xingamentos dos motoristas, desligo a chamada e em questão de alguns minutos, chego no hospital totalmente descabelada e ofegante, me direciono rapidamente até o balcão e começo a chorar.

(Eu): Por favor, onde está July? Preciso urgentemente falar com ela.

Uma moça de branco com um crachá de médica aparece ao meu lado me abraçando sem jeito.

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