31. Aruba

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  Oliver
  Quando escolhi o destino juro que não foi de caso pensado. Eu só pensei nele e liguei uma coisa à outra e isso me fez ter certeza que seria uma escolha perfeita. Mas agora olhando de perto, não posso dizer se foi uma ideia tão perfeita assim, porque, mais uma vez, eu juro, não pensei nos contra, e vou explicar o porquê: Nesse exato momento Lis está na praia dos flamingos e está sentada a beira mar esperando pacientemente que eu registre o momento em sua câmera minúscula que mal cabe em minha mão, ela disse que usa sempre que vai viajar, pois é mais prática. Mas esse não é o problema, longe disso, o grande problema é que ela está com um biquíni menor que minha mão me fazendo viver mais uma vez um caso sério de bolas azuis.
  Juro, essa mulher não faz ideia do estrago que está me causando.
  Estamos hospedados no Hotel Reinaissance, essa praia é privativa, mas o hotel disponibiliza barcos para levar os turistas até a tão sonhada praia dos flamingos. Eu tinha certeza que ela iria adorar, mas não fazia ideia de quanto.
  – E aí ficou bom? – Pergunta levantando-se e me dando a visão completa do seu corpo.
  Litlle Indians não está mais funcionando, preciso encontrar outra música urgente!
  – Ficou ótimo! – digo mostrando a imagem na minúscula tela da câmera.
  – Ainn isso é tão perfeito!!! – Diz pulando, outro gesto que não colabora, já eu tenho que me segurar para não olhar na direção dos seus seios.
  Por favor, não pense que sou um tarado ou um pervertido, eu não sou. Só sou um homem que vive um sério caso de abstinência sexual desde que a conheci. Minha cabeça de cima pensa uma coisa, mas a porra da cabeça de baixo pensa em outra.
  – Vem Ollie – Lis diz pegando minha mão. Não deixo de notar que esse gesto entre nós se tornou algo rotineiro. Eu não sei sobre como ela se sente, mas toda vez que ela me toca, sinto uma eletricidade percorrer por todo meu corpo, algo que me puxa cada vez mais em sua direção, isso está mexendo com a minha cabeça, posso jurar que meus neurônios estão sendo consumidos. Acho que estou ficando louco.
  – Vamos tirar mais fotos – diz, me tirando do transe.
  Perdi as contas de quantos registros fizemos desde que chegamos aqui. Hoje é nosso penúltimo dia e tudo, até esse exato momento, está perfeito, porque que consigo ver em seu rosto é a porra daquele sorriso que me desestabiliza.
  Sentamos em uma das tendas da praia, Lis pediu algum tipo de bebida que envolvia vários sucos diferentes, porém sem álcool. Ela realmente não bebe. Deve ter realmente ficado traumatizada. Já eu, estou tomando um bom e velho Borbon.
  Estamos apreciando a vista em silêncio, que para mim, está mais que confortável. Estou pensando nesse fato, quando Lis interrompe meus pensamentos.
  – Ollie – me chama e sorve um pouco do seu suco pelo canudo. Essa imagem manda um sinal direto para minha virilha.
  Porra de visão pervertida!
  –Você não está saindo com ninguém? – Pergunta, mas não olha para mim, percebo que ficou constrangida ao fazer a pergunta.
  – Estou – respondo e ela olha para mim, não consigo decifrar sua expressão, pois está munida com óculos escuros. – Com você! – digo rindo.
  – Não, seu bobo – ela fala e tenho certeza que revirou os olhos – Estou falando se você não tem alguma ficante, peguete, amiga colorida, um caso sério, essas coisas – explica.
  – Ah entendi – digo colocando meu copo de borbon sobre uma mesinha disposta no meio da tenda que estamos. – Você quer saber se tenho uma namorada? – Pergunto, pois fiquei curioso o porquê da pergunta.
  – Não Bonitão, isso já sei que você não tem, até porque se tivesse não estaria aqui comigo, certo? – Ela pergunta e eu afirmo em concordância – Foi o que pensei – diz – Mas voltando ao assunto, eu estou perguntando isso porque é inevitável não pensar que um homem como você com certeza deve ter alguns rolos – ela fala e volta a dar atenção exagerada para sua bebida.
  – Como assim, um homem como eu? – Quero saber aonde ela quer chegar.
  – Você é foda! Sabia que não ia deixar passar isso – diz sorrindo.
  – Claro que não! Agora fiquei curioso. Pode continuar falando. Um homem como eu...? – Instigo para que continue.
  – Tipo... – ela começa falando e limpando a garganta – tipo todo bom, como minha mãe e minha tia costumam dizer. Eu tenho certeza que o dia que elas te conhecerem vão deixar isso bem claro – ela fala me pegando de surpresa.
  – Todo bom? – É a única frase que consigo formular.
  – Não me faça entrar em detalhes – ela diz sorrindo.
  – Isso é bom? - Limito a perguntar.
  – Isso é ótimo - ela se limita a responder. – Mas agora responde, por quê?
  – Por que não estou saindo com ninguém?
  – Sim – e percebo que foca ainda mais sua atenção em mim.
  - Porque por mais que minha irmã ache que eu seja um verdadeiro puto, eu não sou assim. Eu acho que para se relacionar com alguém tem que ter pelo menos um certo tipo de afinidade. Claro que não vou mentir, dizendo que nunca sai com alguém e fiz sexo sem compromisso, porque seria mentira, mas não é algo do qual me agrado ou que gosto de fazer – respondo sincero.
  – Hum certo! Enquanto a sua ex, por que não deu certo?
  -Bom foi como eu falei, começamos sabendo que ia ter um prazo de validade. Claro que existia algum tipo de sentimento, mas não o suficiente para sustentar uma relação.
  -Nossa você sempre me impressiona – ela diz dessa vez tirando os óculos e olhando para mim.
  -Espero que seja pelo lado bom – digo feliz.
  -Sério Ollie, eu acho tão bacana esse seu pensamento sobre as coisas, você é sincero e aberto, acredito que se todos fossem assim tudo nessa vida seria menos dramático – ela fala séria – Mas enquanto se apaixonar ou amar alguém, já aconteceu com você?
  Hoje ela acordou disposta a me bombardear de perguntas.
  -Bom eu tenho uma teoria sobre essa questão – falo só que dessa vez olho diretamente em seus olhos – Meu pai, antes de morrer, me falou algo que ficou gravado em mim e que eu nunca consegui esquecer. – Começo a falar olhando em seus olhos - Ele me disse que o dia que eu encontrar a pessoa certa para mim, a minha companheira, a minha parceira, aquela que eu gostaria de dividir uma vida, eu só iria precisar de um minuto, sessenta segundos para saber – confesso a ela.
  -Nossa que romântico! – ela diz batendo os cílios por cima dos óculos – Você já teve seus sessenta segundos Ollie? – Pergunta curiosa.
  -Ainda não – minto descaradamente, porque com certeza ela é a porra dos meus sessenta segundos, uma hora e o dia completo. Só que pelo andar da carruagem eu nunca vou conseguir ser o dela. E pelo visto ela nunca vai saber do feito.
  Depois disso ela começou a me bombardear com mais perguntas, ela disse que estava fazendo isso porque eu sempre faço as perguntas "noturnas filha da puta", como ela classifica.
  Lis diz que eu sempre as faço na parte melhor do sono.
  Ela quis saber como eu era quando pequeno o que eu gostava de fazer, minhas manias, as músicas que mais gostava de escutar. Quando respondi que sou um fã louco de Stivie Wonder, ela disse que já sabia devido à música que cantei no dia do ensaio fotográfico.
  Até que chegou o momento que ela pergunta de Cindy. Eu até pensei que ela nunca fosse perguntar, mas pelo visto sua curiosidade é bem maior.
  -Como era a sua ex-namorada? Bom sei que continuam amigos porque você mesmo já me falou, mas eu queria saber mais dela – diz e percebo que está curiosa.
  -Eu não preciso falar muito, até porque você já a conhece – digo recuperando meu copo de Borbon.
  -Como assim eu a conheço? – Pergunta espantada.
  -Sim! Você a conhece, até já trabalhou com ela – falo aguçando sua curiosidade.
  -Eu trabalhei com ela? – Questiona enrugando o cenho como se estivesse pensando – Porra! Você é o ex da Cindy? – Conclui.
  -Pensei que teria que desenhar! – brinco.
  -Ual, não imaginava. Mas até que vocês formam um casal bonito – diz dando de ombro.
  -Formávamos, não somos mais um casal – corrijo.
  -Mesmo assim não deixa de ser – retruca e eu reviro os olhos.
  Não prolongamos mais essa questão, até porque era meio infundado para qualquer momento. Não havia outra explicação mais razoável do que eu dei. Cindy é uma boa garota, tenho certeza que encontrará o que eu não fui capaz de dar a ela.
  Ficamos o resto do dia visitando os lugares que ainda não tínhamos conseguido ir. A cada lugar uma nova descoberta e a cada nova descoberta eu via uma Lis cada vez mais fascinada. Ela está irradiando alegria, apesar das circunstâncias que a levou até aqui. Ela chorou o que precisou chorar naquele dia e depois disso não vi uma lágrima caindo dos seus olhos.
  Tirando o momento do filme, isso foi impossível até para mim.
  Hoje é nosso penúltimo dia, embarcamos de volta amanhã à noite. O que é uma pena, pois não queria estourar nossa bolha, bom não sei se para ela chega a tanto, mas para mim é como se fosse.
  Sinto-me um puto sortudo por poder passar esse tempo com ela.
  Penso que desanimei quando ela não pode estar comigo no evento, quando no fim ela estaria lá, só que trabalhando. Jurava que não teria mais oportunidade, mas a vida prega lá as suas peças.
  Se colocarmos na ponta do lápis, hoje seria a nossa oportunidade de aproveitar mais Aruba. Claro que cinco dias não são nada, mas se ela quisesse poderíamos voltar a qualquer momento.
  Mente fodida essa minha, me incluindo nos planos de Lis sem ao menos saber o que ela pensa sobre isso.
  Prometi que a levaria para conhecer o cassino do hotel onde estamos hospedados. Ela diz que só quer conhecer mesmo, pois mesmo não tendo sorte no amor não acredita que tenha sorte no jogo.
  Mal sabe ela!
  -Vamos Ollie, preciso tirar toda essa areia do meu cabelo, para conseguir ter tempo de noite. – Ela diz me tirando dos meus pensamentos.
  -Ok Anjo vamos lá.
  Não ficamos no mesmo quarto, isso seria sorte demais. O máximo que consegui foi um quarto de frente para o dela.
  Mas um homem pode sonhar. Certo?
  Quando chega a hora, fico esperando na recepção, como havíamos combinado. Como já tinha me avisado que ia demorar, aproveitei para ligar para Josef.
  -O que você quer seu arrombado? – Meu amigo me saúda.
  -Quanta receptividade! – provoco.
  -Não fode Ollie! Você sai para curtir a praia com uma mulher para lá de gostosa e me deixa aqui sozinho, segurando todos os pepinos na mão, e ainda me cobra receptividade, nem fodendo. – Josef se queixa.
  -A sua sorte é que eu não estou aí para dar um murro na sua cara, seu filho da puta, o nome dela é Elisa, entendeu? – Falo possessivo.
  -Brother eu pago quanto for preciso só para ter o prazer de ver essa sua cara de macho alfa marcando território – o desgraçado diz rindo da minha cara – Mas até onde eu sei ela é só uma amiga, certo? O que me leva a pensar que o caminho está livre. Ela é meu número irmão! – me provoca.
  -Vai se foder Jos, eu não vou falar de novo, um dedo seu nela e arranco os cinco fora, entendeu? – Ameaço.
  -Não prometo! – O filha da puta continua me provocando.
  -Porra Jos vai se foder, até esqueci o que queria falar. – Digo exasperado.
  -Fala a verdade gazela, você queria escutar minha doce voz – diz presunçoso, mudando o tópico de assunto, sorte a dele.
  -Eu não sei por que ainda perco meu tempo – falo sem paciência.
  -Simples, você me ama – diz e posso notar que sorri ainda mais.
  -Se eu fosse você não contava tanto com isso – ironizo.
  -Ok gostosão, o que você quer? Trabalho? – Ele pergunta e vai direto ao ponto em que eu estava querendo chegar.
  -Como anda as coisas? – Questiono, pois não sou uma pessoa com o hábito de largar tudo e tirar umas férias. Esse caso foi isolado e movido por um motivo emocional maior que eu.
  -Relaxa irmão tudo anda bem por aqui, em Londres em Nova York e na puta que pariu – ele diz rindo, mas já tinha me perdido na parte do relaxa, pois bem nesse momento Lis chega na recepção com a porra de um vestido incapaz de cobrir suas pernas – Ollie? Está me escutando? – Jos diz do outro lado.
  -Preciso desligar – digo observando ela vir em minha direção sorrindo.
  -Ela chegou né? – Meu amigo me pergunta e não é a toa que é meu amigo. Me conhece muito bem.
  -Sim! – respondo a única coisa que consigo dizer.
  -Então vai lá cara, aproveita! Talvez você não tenha outra chance. – Jos diz e tenho certeza que fala sério.
  -Ok – me limito a responder e desligo bem no momento que Lis chega.
  -E aí o que acha? – Diz dando uma voltinha e porra essa mulher com certeza tem um plano para me matar e ainda de quebra quer minha cabeça de brinde.
  Além do vestido não cobrir em nada suas pernas ele não cobria em nada suas costas deixando-as totalmente expostas. Acredito que só não estava mais exposta porque seu cabelo está solto e ainda bem que ele era longo e cobria uma boa parte, pois se estivessem presos eu com certeza teria um caso sério de ataque cardíaco caso eu visse algum homem olhando para ela.
  Com certeza hoje eu estou fodido, porque além de ter que cuidar dela, precisarei me atentar quando qualquer filho da puta chegar perto.
  -Maravilhosa! – digo a única coisa que consigo pensar.
  -Aí que bom! Pensei que tivesse exagerado – diz olhando ao seu redor.
  Ela está perfeita!
  -Você sempre está linda Lis - digo me aproximando dela e tocando com minhas mão suavemente seu rosto.
  Fico olhando fixamente em seus olhos e ela nos meus, se eu tivesse ao menos um sinal de que ela pudesse vir a sentir o mesmo que eu, eu juro que a beijaria agora.
  –Vamos Ollie, quero ver pessoas perdendo dinheiro – diz desviando seu olhar e pegando em minha mão e nos guiando ao cassino do hotel.
  Eu espero um dia poder superar o efeito que ela causa em mim!
  Ela realmente fez o que falou que faria, viu muita gente perder dinheiro, e mesmo contrariada a fiz jogar em um caça níquel e ainda bem que jogou a garota estava com sorte, pois conseguiu mil dólares. Mil dólares esses que ela falou o que ia fazer questão de fazer.
  -Hoje à noite é por minha conta – diz pegando seu cheque e colocando entre os seios.
  Merda de visão.
  -Como assim? Pensei que não gostasse de jogar! – digo provocando.
  -Bonitão a noite é uma criança! Bora curtir o que resta dela – dizendo isso, pega minha mão e nos encaminha para fora do cassino.
  Eu poderia dizer que estava sendo fácil passar todos esses dias ao lado dela, e até que estava mesmo, isso dependendo muito do ponto vista.
  Lis é leve, doce e gentil e isso por si só dá um grande trabalho. Agora pegue essas qualidades e junte com sua beleza surreal para ver no que isso resulta: Um grande de caso de bolas azuis!
  O fodido disso tudo é que eu nem ao menos podia demonstrar qualquer tipo de conduta que indica-se o quanto cada olhar que ela recebia me deixa completamente louco. E para piorar ainda mais é que ela parece imune a tudo isso, ela nem notava que estava sendo cobiçada.
  Saímos do cassino e ficamos vagando pela cidade até cansar. Ela dizia que só iria embora quando gastássemos todo o dinheiro, e foi exatamente o que fez até esse exato momento.
  Preciso confessar que a mulher tem energia.
  -Acho que ainda temos cem dólares Ollie – ela diz rindo enquanto caminhamos de volta ao hotel.
  -Acho melhor você guardar, vai que você precise – brinco batendo meu ombro com o dela.
  -Nada, eu ainda tenho a minha poupança, apesar que eu acho que abusei um pouquinho – ela fala aproximando um dedo do outro para sinalizar o que está dizendo – mas também não me arrependo, faria tudo de novo.
  Estávamos nos aproximando de um destino aleatório quando logo à frente percebemos uma movimentação diferente.
  -O que será que rola ali dentro? – ela diz assim que percebe que a movimentação vem de uma casa noturna.
  -Não sei, teremos que entrar para ver – respondo.
  -Não seja por isso – ela me mostra a nota de cem e pisca para mim.
  Perfeito seria pouco, para o que está sendo a nossa noite. Sinto meu coração ficar pequeno em pensar que amanhã estaremos de volta e que isso implica toda a porra da rotina, tanto a minha quanto a dela.
  O grande problema para mim tem nome e endereço: Alexandre, O Puto! Eu não conseguia engolir o cara antes, quem dirá agora, sabendo de toda merda.
  Era impressionante como algumas pessoas ultrapassam o nível do egoísmo.
  Chegando no local, percebemos que se tratava de um lugar onde só rolavam músicas típicas para dançar salsa. Lis foi à loucura:
  -Não acredito Ollie! – Diz assim que percebe – pena que eu não faço a mínima ideia de como se dança.
  Quando disse que poderia ajudá-la a conquistar tudo o que deseja da sua lista, eu não estava brincando, eu realmente podia.
  Na adolescência, eu e Josef descobrimos que as meninas da nossa idade, gostavam de meninos com desenvoltura. Como éramos uns fodidos com hormônios transbordando, entramos em uma academia de dança e aprendemos de tudo um pouco. Stay até hoje nos pentelha por conta disso. Mas mal sabe ela o quanto essa habilidade nos ajudou.
  -Então isso muda hoje – digo pegando em sua mão e a levando no meio da pista onde vários casais já se encontravam entretidos dançando.
  -Mas Ollie eu não sei nem por onde começar – ela diz e vejo que ao mesmo tempo que está empolgada, está perdida. Eu aproveito isso e envolvo meus braços ao seu redor trazendo-a para perto de mim. Chego bem perto do seu ouvido e digo:
  -Só relaxa Lis e deixa o resto comigo – e na mesma hora sinto seu corpo relaxar como gelatina em minhas mãos.
  Merda eu teria que controlar meus ânimos lá embaixo para não ficar tão óbvio o que a sensação de sentir o seu corpo com o meu faz comigo.
  -Ok – ela limita-se a responder.
  -Então vamos começar – digo nos aproximando mais. E como se tivéssemos nascido para isso. Seu corpo se encaixou perfeitamente ao meu, nossos passos estavam perfeitamente ritmados. Ela diz que não sabe dançar, mas sua desenvoltura me faz pensar o contrário. E sentindo a música a guiar nossos passos e cada vez que tenho um vislumbre de seu rosto posso ver a quão conectada ela está.
  Quando me propus a estar aqui com ela, nesse país, disposto a ajudá-la a esquecer a dor da rejeição, eu imaginei que as coisas entre nós poderiam mudar.
  Só não imaginei que mudariam de uma forma que não teria mais volta.
 

Que cor é o amor [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora