Medo

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Muitas lágrimas escorrem em meu rosto, estou apenas sem esperança nenhuma, o cara que dizia ser meu pai falou que ia pensar no caso de mandar o dinheiro mais acho que eu não tenho saída 250 mil dólares? É muito dinheiro, mas esse cara já roubou tanto dinheiro de tantos bancos... Mais acho que ele iria fazer bom proveito do dinheiro, e não gastar com um resgate de alguém que ele nem conhece. Alguém entra na sala desfazendo os nós das minhas mãos.

"Vem." - diz um garoto um pouco mais alto que o outro indo em direção da porta.

O segui até a porta que foi aberta revelando várias garotas sentadas no chão, em cadeiras e no sofá, e alguns garotos, sete pra ser mais específica "se apresente." um deles falou, fiquei calada. "Você é surda? Se apresente."

"S/N, 19 anos."

"É de onde?"

"Brasil."

"Hmmm 'o país do crime' muito bem, come alguma coisa."

Peguei um pedaço de bolo, como saber que não tá envenenado? Geral tava comendo. Sentei ao lado de uma garota pálida tipo MUITO pálida mesmo, cabelos longos loiros e lisos, ela é bonita só que muito artificial.

"De todos os lugares que você tinha pra sentar foi sentar logo do meu lado?" - diz ela se afastando com cara de nojo.

"Que foi? Algum problema?"

"Não quero alguém como você perto de mim."

"E nem eu, que nem invoquei o capeta ainda e olha você aqui."

"Não fala com ela desse jeito." - um dos garotos fala e ela dá um sorrisinho falso.

"Desculpa, mais eu não sou milho pra agradar galinha."

"Falei que não é pra falar assim com ela." - diz o garoto um pouquinho mais nervoso.

"Me obrigue."

O tal garoto me puxou até uma sala bem escura e me amarrou em uma cadeira.

"Você vai se arrepender de ter me respondido."

Senti algo gelado cortando minha coxa, gritei de dor, depois ouvi um barulho de tesoura uma tesoura bem afiada, "O ruim da minha tortura S/N, é que eu não torturo só fisicamente." disse ele e cortou meu cabelo, o meu tão amado cabelo, o cabelo que eu esperei anos pra crescer saudável agora está na porra de um chão sujo de sequestradores imundos, as lágrimas já estavam incontroláveis senti outra coisa gelada no meu braço, que fez um grande corte.

"Por hoje foi só isso S/N." - diz ele me desamarrando e me puxando para um quarto muito estranho que só tinha uma lâmpada pendurada um colchão e o que aparentava ser um banheiro. - "Você vai ficar uma semana aqui, pra aprender a respeitar os superiores." - diz ele fechando a porta.

Começo a chorar ainda mais, imagina? aqui é escuro demais e não tem nenhuma janela, eu não vou saber se é de dia ou de noite! Eu vou enlouquecer.

Manual da Morte {BTS}Onde histórias criam vida. Descubra agora