Capítulo 6.

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Capítulo 6 - loucura

Músicas do Capítulo: What's my name - Rihanna ft. Drake

Super Bass - Nicki Minaj

[Norah Pov]

Meu corpo estava tapado apenas por um roupão de seda, eu andava nervosamente de um lado para o outro, ele estava atrasado, o medo dominava todo o meu corpo. Eu estava prestes a fazer algo que eu jamais havia feito para um garoto mais jovem, eu ainda estou em choque sobre o nosso 'trato'.

"O que você está fazendo?"

Olhei para cima avistando Kayle com duas xícaras de chá nas mãos, seus olhos me observavam atentamente tentando adivinhar o que eu estaria fazendo ás 6:54 da manhã apenas de roupão na sala.

"Eu não posso explicar isso, porque é loucura" resmunguei apertando mais o roupão no meu corpo.

"Norah, por favor, o que está acontecendo?" Kayle perguntava soltando as xícaras e se aproximando de mim, "Por que você está assim?" Ela continuou insistindo em uma resposta, uma explicação por eu estar semi-nua na sua própria frente.

"Quando tudo isso acabar, eu prometo explicar" sussurrei dando as costas para ela, ela não deveria estar aqui, me vendo neste estado. Eu estava prestes a cometer uma loucura, mas talvez seja a loucura mais inevitável que eu faça.

"Ele está vindo?" sua voz era um sussurro profundo, meu corpo tremeu quando ela encostou no meu ombro, suas mãos sempre frias.

"Para conseguir algo, você sempre terá que deixar para trás alguma coisa." eu respondi, eu estava certa de que estava fazendo a escolha correta, mas não era isso que meu estômago dizia ao se revirar.

Ela abriu a boca para falar, mas a leve batida na porta fez ela parar e fechar seus lábios. Não tive coragem de me virar e a encarar. Então ela me deixou sozinha e foi atendar a porta. Minhas mãos suavam.

"Harry?" ouvi Kayle engasgar ao abrir a porta, o silencio tomou conta da sala ao lado. Mas a voz rouca e sonolenta de Harry invadiu o local silencioso.

"Eu posso entrar?"

Meus olhos aumentaram momentaneamente, ele estava aqui para cumprir o trato. E eu estava aqui, para fazer acontecer.

[...]

Harry, grandes mãos e cachos. Era tudo o que eu observava de onde eu estava, ele agora entrava encolhido para dentro da minha pequena sala coberta por pinturas. Ele sorriu amigavelmente ao me ver o encarando. Minhas bochechas se aqueceram em instantes, ele não se aproximou tanto, deixando um espaço grande entre nós.

"Você que pintou?" ele apontava para trás de mim, me virei e me deparei com um enorme quadro que eu havia pintado a um ano atrás. Era um garoto abraçado a uma menina aleatória, eles se olhavam e sorriam um para o outro. Eu sorri orgulhosa e acenei positivo para ele.

"Sim, você gostou?" perguntei me aproximando do quadro e passando a mão sobre a tinta já seca, presa firme no papel enorme. "Quer tocar?" olhei para ele tentando passar confiança.

"Claro!" ele abriu um largo sorriso e se aproximou, dando longos passos. Suas mãos brincavam contra a pintura e um sorriso bobo estava estampado em seus lábios pálidos. "A minha pintura ... ela vai ficar perfeita como esta?" agora ele me olhava aguardando uma resposta positiva.

"Talvez, depende do quanto de inspiração que você vai me dar;" sorri envergonhada, eu não iria mentir para ele. Meus quadros sempre foram feitos por inspiração, se eu não tiver o necessário nada vai sair no papel, ele vai continuar em branco.

Ele levantou a cabeça e olhou para o teto, observando todos os desenhos colados ao forro que agora se encontrava escondido. Eu costumava pintar muitos quadros ou apenas rabiscar algumas coisas em folhas para fazer uma decoração diferente e inspirador aonde seria meu local de trabalho.

Vi seus olhos aumentarem parando exatamente em um desenho específico, que sempre atraía curiosidades de todos. Era o meu favorito, eu havia o feito quando eu estava apaixonada, talvez seja esse o motivo para tanta admiração.

"O que é aquilo?" ele perguntou virando a cabeça tentando entender a pintura. "É diferente, eu gosto."

Sorri e olhei para a janela fechada, caminhando lentamente até lá e a abrindo para entrar um pouco de vento.

"É um simples desenho, nada de mais" meu coração batia mais rápido ao me lembrar da inspiração que eu tive para aquilo. Foi simplesmente amor. Nós havíamos feito amor no chão dessa sala, ele falava que me amava, mas era apenas uma ilusão.

"Ele não parece ser um simples desenho" ou ele sussurrar.

Ele tinha razão, não era um simples desenho. Era um desenho feito de amor.

Os dois corpos deitados juntos, os rostos eram deformados, mas os corações que foram desenhados para fora dos peitos eram intactos, perfeitamente emoldurados. Ela se agarrava ao peito dele fortemente, ele segurava a cintura dela. Um amor completo.

"Você pode tirar a roupa agora!" ordenei, vendo ele me observar com cuidado, e seus olhos aumentarem em prazer.

Painting Naked → stylesOnde histórias criam vida. Descubra agora