Você vai e volta.
Você me machuca, mas refaço os curativos e o recebo como se fosse a primeira vez.
Que culpa tenho de encontrá-los em cada esquina, nos meus sonhos, nos filmes, músicas, uma cor exótica de cabelo, e até nos livros didáticos com analogias que só nós entenderíamos?
A culpa não é minha de nunca ter tido a oportunidade de viver um amor que julgo merecer, sei disso, assim como sei que não posso aceitar migalhas.
Ah amor! Se você soubesse das cicatrizes deixadas por alguns que fazem morada em ti; iria bani-los agora mesmo. Usam das suas promessas, mas não as cumprem. Usam das expectativas criadas em torno de seu grande nome, e no final, apenas vão embora.
Seguram minha mão como se nunca mais fossem soltá-la, e se vão.
Prometem ficar uma vida inteira, e se vão.
Me abraçam apertado, e se vão.Voam para longe, muitas vezes deixando incógnitas, e resquícios da culpa que tento julgar ser minha em um pequeno equívoco criado pelo subconsciente.
Tento imaginar mil e oitenta e duas desculpas diferentes para justificar a sua ausência. E no fundo, junto com o memorial de desilusões, apenas resta-me a esperança de te sentir alguma vez sequer, antes do meu corpo tornar-me apenas mais um em decomposição.
Espero que você floresça num alguém que me ame por inteira(o); seja por um dia, um mês, um ano, ou uma vida inteira.
E que esse alguém cruze caminho comigo, dispa-me com seus olhos, enquanto sorri genuinamente.
Ah amor! Não me decepcione.
Sou apenas alguém querendo provar a tese que defende, aquela onde você existe.
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________________Senti, escrevi, postei.
Acho que o momento fora propício para escrever esse texto, então mesmo que pequeno, espero que gostem. Eu não iria posta-lo mas senti que devia.
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