Depois que a companhia do seu pai afundou, ele tentou encontrar uma maneira de retornar aos negócios, e a única solução foi casa-lá com Oh Sehun, uma pessoa que aprendeu a odiar com apenas um olhar.
++Lembrando que tudo contido neste livro é fictí...
Aqui estou, parada na minha cozinha. Fazendo o jantar para o meu marido. Estou casada há um mês e posso dizer que nada muda no meu dia a dia.
Acordar. Fazer café da manhã. Encontrar algo para fazer durante o dia. Fazer o jantar. Lavar os pratos. Ir para a cama.
Há coisas que tornam minha vida mais prazerosa,como meus livros favoritos, observar o por do sol, encontrar com amigos nos fins de semana. E há coisas que eu prefiro não ver todos os dias. Por exemplo,o rosto dele.
Eu o vejo no jantar. Depois disso, ele vai ao seu quarto e não sai até que esteja com fome na outra manhã. Se contar em horas, então provavelmente vejo seu rosto bonito duas horas por dia e isso é demais.
Foi assim por um mês.
Após o casamento, fomos em uma lua de mel por uma semana. Basicamente era só eu, deitada na praia com um livro na mão. Não tenho ideia do que Sehun fez toda a semana. E ainda não tenho ideia do que ele faz hoje em seu tempo livre.
Meus amigos continuam me dizendo que provavelmente ele está vendo outras mulheres e eu não me importo. Esse era Sehun. Enganando a mulher, que ele prometeu amar para sempre. Isso parece tão patético.
Todos os dias ele chega em casa do trabalho, anda até sala de jantar, senta-se em frente a mim, sem olhar, sem dizer oi, come tudo sem dizer obrigado e vai ao seu quarto. O único momento em que nós falamos é quando temos de ir em público. Ele sempre se transforma em alguém irreconhecível. Sua mão está sempre envolvida em minha cintura. Ele sorri, beija meu rosto e sussurra coisas doces no meu ouvido. Não é como se ele quisesse que outras pessoas o ouvissem. Mas, de alguma forma, alguém o ouve e o elogia por ter sido tão bom marido, sempre.
Eu sei, eu disse que eu odiava ele, quando vi pela primeira vez seu rosto, mas de alguma forma ele parece ainda mais desprezível agora.
Ouvi a porta da frente abrir e fechar. Ele está em casa.
"Venha por aquí". Eu o ouvi dizer.
Ótimo, temos convidados. Agora vou ter que fingir amá-lo, mesmo em casa. Saí da cozinha para a sala de estar. Ele nunca trouxe ninguém para casa e eu estava interessada, qual era o problema.
Dentro da sala, ele estava tirando o casaco de uma mulher alta. Ela estava vestida com um vestido sedoso, até os joelhos e saltos altos negros. Seu cabelo e maquiagem foram feitos perfeitamente. Ela era definitivamente bonita e não era um convidado que eu gostaria que meu verdadeiro marido trouxesse para casa.
"Olá, Sehun, por que você não me disse que estava trazendo uma convidada? Eu teria me vestido melhor." Eu disse apoiada na porta, sorrindo.
"Oh, oi, sim, Anna vai ficar para o jantar esta noite, então vá e vista algo legal." Ele disse sem olhar para mim. Ele nem fingia me amar, na frente dela. Quem era mesmo essa Anna?
"Eu acho que estou bem vestida. Vou adicionar um prato para o nossa convidada."Eu disse e saí.
Não sabia o que fazer nessa situação. Entendo que ele não vai ser fiel a mim. Eu nem estou pedindo isso, mas vamos lá! Trazer uma mulher pra casa é muito baixo mesmo para ele.
Quando voltei para a sala de jantar, Sehun já estava sentado ao lado de Anna. Coloquei o prato na frente dela e sentei-me no lado oposto. A mulher estava olhando para mim. Ela provavelmente poderia ver tudo no meu olhar. Se fosse possível, eu poderia matá-los com um olhar fixo.
O jantar continuou lentamente. A conversa estava bastante alegre, mas eu não fazia parte dela. Sehun e Anna conversavam docemente sobre muitas coisas. Às vezes eu podia vê-lo tocar sua mão sobre a mesa. Tudo me deixou doente. Senti como se estivesse invadindo sua privacidade. Tudo o que eu queria fazer era fugir para o meu quarto, mas não o fiz. Esta era a minha casa. Meu marido. Ela era uma intrusa. Então eu fiquei. Mesmo que fosse difícil.
Depois de uma hora, Anna finalmente percebeu que era tarde e que tinha que ir. Eu sorri para ela, apesar de ter certeza de que ela podia ler meus olhos. Sehun a conduziu até a porta, enquanto eu levava os pratos para a cozinha. Quando não ouvi a porta fechada, andei até a entrada. Bem, eu não sabia o que mais esperar.
Ela estava de pé na porta. Ele estava de pé ao lado dela, as mãos em volta da cintura. Ele estava puxando seu corpo perto dele, enquanto seus lábios deixavam beijos em seu rosto. Eles sorriram uma vez e seus lábios se encontraram. O beijo era apaixonado e eu sabia que deveria ter me afastado ou interrompido, mas eu só fiquei lá, com um sorriso venenoso no meu rosto.
Quando finalmente se afastaram, Anna abriu a porta e saiu. Sehun olhou para a porta por alguns segundos, antes de não poder deixar de falar.
"Belo show. Por que você não me beijou assim no nosso casamento? "Eu disse a ele. Meu desprezo ainda estava no meu rosto.
"Talvez você deva parar de ver outras pessoas se beijarem", disse ele.
"Talvez você deva parar de trazer suas amantes aqui, especialmente quando estou em casa. Eu juro que vou cortá-lo, se você me envergonhar mais uma vez. "Eu respondi.
"Você se envergonhou? Você poderia ter ido ao seu quarto. "Seus olhos estavam fixos no meu. Este foi provavelmente o contato visual mais longo que já tívemos. Na verdade, essa foi a conversa mais longa que já tivemos.
"Você gostando ou não, não deve esquecer, que sou a mulher nesta casa. E de agora em diante, cada vez que seus hormônios entrarem em ação, reserve um quarto de hotel. Este não é um bordel. "Eu disse com confiança.
"Você sabe que isso não conta como traição. Você não pode trair alguém com quem você não tem relacionamento ", disse ele depois de algum tempo.
"Legalmente, eu sou sua esposa. E fazer sua esposa cozinhar o jantar para sua amante é a coisa mais patética que um homem pode fazer. E da próxima vez que você decidir fazer isso, apenas decida se você é um homem ou não, ok? "E com isso, virei-me e fui para o meu quarto.
Eu não sei de onde toda essa confiança veio e eu obviamente não me preocupava com seus sentimentos, porque eu sabia, eu estava certa.
Eu sempre detestei, homens que traiam. E meus pais estavam me fazendo viver isso, coisa que eu pensei que era impossível.
Eles estavam me fazendo viver com um traidor, e nem pude me queixar disso, porque na verdade você não pode se queixar, quando seu relacionamento não é mesmo real, em primeiro lugar.
