Capítulo 3 ❤

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Belinda

Estávamos todos rindo feito bobos, mas em piscar de olhos, tudo mudou...

1 meses depois...

Eu estou morando em Nova York, há um mês a minha vida mudou completamente, eu já não me reconheço mais, eu me afastei de todos, eu estou trancada nesse quarto dia e noite, tentando entender porque isso tudo aconteceu...

Eu já não sinto fome, eu não sinto vontade de sair, eu não sinto nada, estou fazendo acompanhamento com um psicólogo, mas de nada adianta, eu não consigo aceitar a morte dos meus pais. Isso, eles morreram, naquele dia um caminhão invadiu a pista contrária, foi um momento de desespero total, ainda posso ouvir nossos gritos, o meu pai jogou o carro para fora da pista, o carro capotou , eu fiquei presa no banco meus pais não tinham nenhum sinal de vida, eu via tudo embaçado, e não ouvia barulho de nada, era um silêncio total, me esforcei para tentar falar com eles, mas minha voz não saía, foi ficando tudo escuro, e depois só me lembro de acordar no hospital, meus ferimentos não foram graves, era um verdadeiro milagre para todos eu ter sobrevivido, mas eu preferia morrer a ter que ficar aqui sozinha sem meus pais, eu não tive psicólogo para continuar na mesma casa, eu não consegui ir na universidade, meus avós me trouxeram para passar um tempo com eles, até eu me sentir bem. Mas as coisas não iam bem.

1 mês depois...

- Belinda minha filha você vai sair de novo ?

-Primeiro reclamava quando eu ficava trancada no quarto, agora você quer reclamar porque eu estou saindo todos os dias ?

- Não é isso, é que você sai e volta bêbada pra casa, você destrói o seu quarto, eu e o seu avô já não aguentamos mais.

- Eu também não aguento mais você falando na minha cabeça.

Me arrumei peguei uma bolsa e entrei no táxi que já me esperava na porta, hoje eu ia para uma boate, que fica localizada na Midtown é a Lavo Nightclub, eu precisava beber, foi a única maneira que eu encontrei de fugir da minha realidade. Ao chegarmos eu paguei o taxista, desci, e fui entrando no interior da boate, sentei no banco com os cotovelos em cima do balcão e pedi uma dose de whisky, em seguida mais uma, e mais uma...

Eu fui dançar um pouco e uma garota esbarrou em mim, ela era ruiva, cabelo cacheado no ombro, e segurava um copo de bebida, ela era muito bonita, e seu rosto me lembrava alguém, pediu desculpas, ela falou que a culpa era dela, e perguntou o meu nome.

- Me chamo Belinda Evans.

- Linda! Te chamarei assim. ( Sorriu ) .

- E o seu ?

- Meu nome é Lorena, você está sozinha ? ( Falou olhando a minha volta ).

- Sim estou.

- Ótimo, então eu vou te apresentar a galera.

-Tudo bem.

Ela saiu me arrastando pelo braço me apresentando seus amigos e amigas, eles eram bem simpáticos, e estavam no camarote, eu senti uma enorme vontade de ir no banheiro, ela me falou :

- O meu irmão saiu, mas assim que ele voltar eu te apresento ele. Ele vai gostar de te conhecer.

- Eu preciso ir ao banheiro.

- Eu vou com você.

Nós descemos as escadas e fomos até o banheiro feminino. Eu estava lavando as mãos quando ela falou :

- De onde você é Belinda?

- Eu sou de Toronto, estou aqui a pouco tempo.

- Interessante, você não vem sempre aqui, eu estou aqui sempre e nunca te vi antes.

Senhora ThomsonOnde histórias criam vida. Descubra agora