III - Folga

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As atividades do final de semana levaram as coisas de volta a uma condição estável.

Evan levou Danny ao parque e a um jogo de baseball e Matt levou as meninas para a cidade para deixar alimentos no dormitório de Miranda e ir às compras (também conhecido como: Matt distribuindo pequenas quantias de dinheiro e de pé na rua na frente lendo notícias esportivas em seu telefone).

Ao fim do dia eles se encontraram para uma empolgante refeição em Little Italy, os garçons esbanjando atenção sobre as crianças e cochichando atrás de Matt e Evan. Matt não se importou. Ele mencionou o NYPD algumas vezes na conversa enquanto eles estavam reabastecendo copos de água e afirmou isso com um olhar penetrante quando colocou seu braço sobre o encosto da cadeira de seu namorado.

Deram-lhes sobremesas grátis. Matt ficou satisfeito. Satisfeitos até que chegaram à rua e ele percebeu que Evan não achou a coisa toda divertida. Então Matt ficou irritado com a irritação de Evan. Quem se importava se os garçons sabiam que eles eram um casal? Em seguida, eles foram para casa, acomodaram as crianças e trocaram sexo oral. O processo frequente nestes dias.

***

Matt tinha histórico romântico bastante inconsistente com as mulheres, sendo que os últimos que duraram mais de uma noite seguiram o mesmo caminho de encontros muito quentes, com muito sexo, sem conversa, sem brigas e sem rompimentos.

Para uns bons trinta anos ou mais, isso funcionou bem. Ele podia apontar os momentos na relação em que as coisas estavam indo bem (ou seja, fodendo como coelhos) e então ruim (ou seja, discussões altas na frente de um restaurante, em um táxi, em seu apartamento, no apartamento dela). As coisas com Evan eram diferentes, e não porque ele era um homem.

Evan não gritava ou atirava coisas na cabeça de Matt. Ele não fazia o passivo agressivo, coisa que Matt poderia ser qualificado como um entendido profissional, graças a sua mãe. Evan vestia um manto de culpa, um manto de estresse, e algumas caras de amor e desejo, agitando-se ao redor, dependendo do dia da semana e do humor de seus filhos.

Então Matt aprendeu os sinais, sabia pelo tom de Evan ou do endurecer de seus ombros o que hoje viria. Às vezes era fácil ele poderia acalmá-lo dando espaço ou comida ou sexo. Quando as necessidades de Matt alinhavam com as dele, isso era perfeito. Às vezes era desconcertante. Frustrante.

Matt achou mais fácil gerenciar a puberdade e adolescência e as paixonites no ensino médio do que o humor de Evan. Às vezes ele se sentia como um mártir, se as coisas eram muito boas, por que não apenas apreciar isso? Por que não apenas comer um pouco de jantar, sair com as crianças, assistir a um jogo, foder e ir dormir? Por que isso não era o suficiente numa vida?

Em seguida, Matt se sentiu culpado por minimizar os problemas de Evan e preocupado que isso o levaria aos mesmos sentimentos que os tinham separado antes. Isso levou a ter medo, e a assistir a cada passo, cada movimento que Evan fazia para ver se o martelo ia bater mais uma vez.

O que o deixou culpado e irritado e deixou Evan nervoso. O ciclo era interminável.

***

- Então, eu vou levar as crianças para um longo fim de semana, se estiver tudo bem. - Ellie disse enquanto ela se inclinou, seus cotovelos sobre o balcão da cozinha. - Vocês não têm nada planejado, não é?

Matt e Evan tinham se unido para fazer o jantar Matt entrando e saindo para o churrasco no deck traseiro e Evan assando batatas e cebolas no fogão. Matt fez uma pausa no meio da caminhada e verificou o todo-poderoso e centro de tudo o calendário ao lado da geladeira.

Dever & Devoção (Fidelidade, Amor e Devoção #3)Onde histórias criam vida. Descubra agora