9 Capítulo(Continuação)

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Em seguida acordamos com duas batidas na porta do nosso quarto.Olho no relógio são 04:00 da manhã,vou abrir a porta,era o rapaz que veio nós chamar a pedido do piloto.
O rapaz dizia:
Rapaz:O piloto mandou chama-las,disse que já da para seguir viajem.
Eu:Achei que teria previsão de chuva para hoje também.Pelo menos foi o que a moça do aeroporto disse.
Rapaz:Segundo a meteorologia do tempo teria sim,mas como a previsão anda meio desequilibrada pode se dizer que o céu está limpo para seguir viajem.
Eu:Ok já estamos descendo.

Dei uma ajeitada  no meu cabelo,em seguida eu e a moça descemos até a recepção efetuamos o pagamento do quarto,entreguei a chave.E seguimos para o avião,o rapaz o piloto e o co-piloto estava a nossa espera,assim que entramos o avião levantou vôo.
Segui viajem conversando com a moça,que por sinal se chamava Kátia e observando as paisagens.
Enquanto o rapaz dormia.

Depois de 2 horas e 30 vi o avião marcar pouso nas terras do meu pai.O vento forte do helicóptero batia no campo cheio de capim fazendo com que a grama deitasse e levantasse ao mesmo tempo.Meu pai,minha mãe,Gabriel e Clarinha sai pela área da frente da fazenda.Assim que o helicóptero pousou,o co-piloto desceu as minhas malas e eu desci toda trajada com direito a boné e tudo,avistei aquela vista linda que pelo visto tinha mudado muito desde que sai dali,abri a cancela e corri para abraçar a todos.

Todos falavam ao mesmo momento,era uma emoção enorme.
O capataz e o peão da fazenda levou minhas malas para dentro,quando eu entrei na sala vi que tudo estava como antes,aqueles móveis rústicos continuava perfeitos só em lugares diferentes,o quadro da minha avó e do meu avô montados a cavalo ainda estava ali na parede da sala,bem no centro.Tudo aquilo me comovia ainda mais aquele retrato dos meus avós,que mais parecia realidade.Desde que eles morreram não me esqueço nunca deles,eu me lembro que eles eram muito apegados a mim.
Bom mas saindo das minhas lembranças e voltando para realidade.Eu estava muito feliz assim como minha família,sentamos no sofá e conversamos sobre muitas coisas,recebi muitos elogios.Gabriel principalmente não parava de falar que eu estava linda.Aproveitei o momento para entregar os presentes,todos ficaram muito satisfeitos.
Em seguida,Gabriel subiu com minhas malas para o meu quarto,subi logo em seguida,me joguei sobre minha cama,Gabriel saiu disse que iria me deixar descansar,mas tudo que eu queria saber era da Mérida.Ele disse que depois me acompanharia até o estábulo,mas antes eu deveria descansar.

Fiquei curtindo o meu quarto que por sinal também é rústico do piso ao teto,eu amo isso.
Depois de um tempo levantei da minha cama e fui para o banheiro.Tomei um banho calmo,vesti uma calça jeans escuro,regata branca,botei minhas botas marrom,cano médio,estilo mexicana.Boné mangalarga da cor preto com detalhe branco,o mesmo que eu estava usando mais cedo ao chegar de viajem.
Desci as escadas rapidamente,fui em direção a cozinha eu estava com uma baita de uma fome,antes de entrar ouvi a voz do Gabriel ele dizia algo relacionado com a fazenda de um senhor chamado Júlio Freitas.
Adentrei na cozinha ele estava conversando com um dos peões da fazenda,o rapaz que estava falando com Gabriel assim que me viu saiu   deixando me com meu irmão.
Perguntei:
Eu:Quem é Júlio Freitas?
Gabriel:O novo dono da antiga fazenda do Senhor Altamirano.
Eu:Ata,faz quanto tempo que esse senhor Júlio mudou para cá?
(Digo pegando um copo de água gelada na geladeira)
Gabriel:Assim que você foi para São Paulo,o senhor Altamirano colocou a fazenda a venda,então o Júlio Freitas comprou a fazenda e logo se mudou para cá com a família.
Eu:Nossa esse tempo que eu passei fora mudou muitas coisa,né?
Gabriel:Pois é.
Eu:Bom vou até o estábulo ver a Mérida,estou com saudade.E quem sabe cavalgar um pouco.
Gabriel:Eu disse mais cedo que te acompanharia,mas não vou poder,tenho que ir até a fazenda do Júlio.Fiquei de rever o cartão de vacina do gado com Geovane,afinal eles estão sem veterinário.
Eu:Sem problemas,vai lá.
Geovane:A Mérida está na baia 12.
Eu:Ok.
(Digo saindo da cozinha para ir até o estábulo).
Vou até o estábulo,do uma olhada nos outros cavalos e sigo para a baia de Mérida.Assim que abro a cancela ela relincha bem alto,me aproximo e faço carinho nela.Mesmo com esse tempo todo distante,ela ainda me reconhece,pois desde que ela nasceu sempre fui apegada com ela.
Dizem que quando um cavalo se apega com uma pessoa,pode passar o tempo que for ele sempre vai marcar o seu rosto para sempre.
Pego um pouco de feno e do a ela,assim que ela termina de comer,coloco um pouco de água no cocho,retiro ela da baia e a amarro no mourão da cerca da pista de treinamento.Pego os arreios,coloco a sela,o cabresto com a bride,peço a Deus para me acompanhar.Solto-a e em seguida monto,tomo as rédeas em minhas mãos,sigo em direção a saída da fazenda,quero dar uma volta pela estância do meu pai e também pela redondeza.Apeio da Mérida abro a cancela,monto novamente,ajeito meu boné e sigo estrada.Vou cavalgando até a cachoeira,sempre gostei de ir pra lá,desço de Mérida,deixo ela amarrada em uma de muitas árvores que tem por lá,sentei próximo a cachoeira e fiquei observando a água cair das rochas,os pássaros cantando aquilo pra mim era um paraíso,sempre gostei da tranquilidade daquele lugar.Sempre preferi morar no meio do mato,até porque a cidade grande não é pra mim,é muita correria,muita gente fresca sem contar com os playboyzinhos que tem por lá,nada contra mais aquilo tudo é um saco.Prefiro estar montada em um cavalo ao invés de andar de carro de luxo,calçar butina ao invés de saltinho.E me desculpa os playboyzinhos,homem pra ser homem tem que ser Cowboy.

O Cowboy e a CowgirlOnde histórias criam vida. Descubra agora