Centelha

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Sou um suspiro do infinito
Um momento do eterno
Sou fogo de espírito
E não fogo do inferno
Sou a real liberdade
Ao se sentir aprisionada
Sou a morte em um enfarte
Uma alma a ser libertada

Eu sou luz na madrugada
A acordar
Mas já fui escuridão
A adormecer
Eu sou centelha do fogo
A queimar
Eu sou Faísca de brasa
Ao aceder

Sou a tranquilidade
De um dia normal
Ou bomba de pavio curto
Com pavio no final
Eu sou ignorância pura
Eu sou maldade
Eu sou doença, cura
Eu sou saudade
Eu sou personificação
Da malandragem
Eu sou pureza ou
A pura sacanagem
Sou a bula do remédio
Sou uma cena explícita
Sou a cura pro tédio
Eu sou uma droga ilícita
Eu sou a chuva ao cair
E depois evaporar
Eu sou seu filho a sorrir
Sou seu filho a chorar
Vendo o mundo se colorir
E depois se desbotar
Vendo você partir
E depois te ver voltar
Eu sou momentos bons
Sou momentos ruins
Eu sou começo e meio
E também sou os fins

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