1. (Enem 2015) Ora, em todas as coisas ordenadas a algum fim, é preciso haver algum dirigente, pelo qual se atinja diretamente o devido fim. Com efeito, um navio, que se move para diversos lados pelo impulso dos ventos contrários, não chegaria ao fim de destino, se por indústria do piloto não fosse dirigido ao porto; ora, tem o homem um fim, para o qual se ordenam toda a sua vida e ação. Acontece, porém, agirem os homens de modos diversos em vista do fim, o que a própria diversidade dos esforços e ações humanas comprova. Portanto, precisa o homem de um dirigente para o fim.
AQUINO. T. Do reino ou do governo dos homens: ao rei do Chipre. Escritos políticos de São Tomás de Aquino. Petrópolis: Vozes, 1995 (adaptado).No trecho citado, Tomás de Aquino justifica a monarquia como o regime de governo capaz de
a) refrear os movimentos religiosos contestatórios.
b) promover a atuação da sociedade civil na vida política.
c) unir a sociedade tendo em vista a realização do bem comum.
d) reformar a religião por meio do retorno à tradição helenística.
e) dissociar a relação política entre os poderes temporal e espiritual.2. (Espm 2014) Seu principal objetivo era demonstrar, por um raciocínio lógico formal, a autenticidade dos dogmas cristãos. A filosofia devia desempenhar um papel auxiliar na realização deste objetivo. Por isso a tese de que a filosofia está a serviço da teologia.
(Antonio Carlos Wolkmer – Introdução à História do Pensamento Político)O texto deve ser relacionado com:
a) a filosofia epicurista.
b) a filosofia escolástica.
c) a filosofia iluminista.
d) o socialismo.
e) o positivismo.3. (Ufu 2013) Com efeito, existem a respeito de Deus verdades que ultrapassam totalmente as capacidades da razão humana. Uma delas é, por exemplo, que Deus é trino e uno. Ao contrário, existem verdades que podem ser atingidas pela razão: por exemplo, que Deus existe, que há um só Deus etc.
AQUINO, Tomás de. Súmula contra os Gentios. Capítulo Terceiro: A possibilidade de descobrir a verdade divina. Tradução de Luiz João Baraúna. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 61.Para São Tomás de Aquino, a existência de Deus se prova
a) por meios metafísicos, resultantes de investigação intelectual.
b) por meio do movimento que existe no Universo, na medida em que todo movimento deve ter causa exterior ao ser que está em movimento.
c) apenas pela fé, a razão é mero instrumento acessório e dispensável.
d) apenas como exercício retórico.4. (Uncisal 2012) A filosofia de Santo Agostinho é essencialmente uma fusão das concepções cristãs com o pensamento platônico. Subordinando a razão à fé, Agostinho de Hipona afirma existirem verdades superiores e inferiores, sendo as primeiras compreendidas a partir da ação de Deus. Como se chama a teoria agostiniana que afirma ser a ação de Deus que leva o homem a atingir as verdades superiores?
a) Teoria da Predestinação.
b) Teoria da Providência.
c) Teoria Dualista.
d) Teoria da Emanação.
e) Teoria da Iluminação.5. (Uem 2012) Tomás de Aquino (1225-1274), no seu livro A Realeza, afirma:
"Comecemos apresentando o que se deve entender pela palavra rei. Com efeito, em todas as coisas que se ordenam a um fim que pode ser alcançado de diversos modos, faz-se necessário algum dirigente para que se possa alcançar o fim do modo mais direto. Por exemplo, um navio, que se move em diversas direções pelo impulso de ventos opostos, não chegará ao seu fim de destino se não for dirigido ao porto pela habilidade do comandante".
(AQUINO, T. de. A realeza: dedicado ao rei de Chipre. In: Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 667.)Conforme esse trecho, é correto afirmar que
01) o rei, como um dirigente, não tem um poder opressor ou dominador sobre os súditos.
02) o rei é aquele que realiza as coisas sem intermediários.
04) o rei não é necessário em todas as decisões, mas somente naquelas que envolvem interesses coletivos.
08) as ações do rei não precisam levar em conta os desejos dos súditos, mas considerar aquilo que é melhor para o reino.
16) o rei ou o comandante tem a função de dirigir, orientar, o que não implica uma imposição de sua vontade aos súditos.