Eu deveria pintar nossos sorrisos no céu
para que a terra veja nossa retumbante felicidade.
Juro que farei de nossos chás de tarde
filetes de música na eternidade do dia.
E que todas as nossas cócegas
preencham os hiatos e silêncios
que agravam o mundo.
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Enquanto o caos devora a carne de todos
vivemos nossa alegria momentânea e infinita.
Nossos corpos se desenlaçam num laço imperfeito
e que mesmo assim é perfeito pra mim.
Nossos sonhos são pétalas que desabrocham devagar
iluminando um caminho de medos
com o jardim rico de um amanhã melhor.
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Não sei quando será o fim das guerras,
das pestes, da fome ou da morte
mas sinto que há um paraíso em nós
quando nos abraçamos quentes durante o inverno.
Que isso seja só mais um efêmero
e, ainda sim, sublime universalidade;
exemplo de todas as cores que a humanidade
pode viver.
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Te amo.