A carona

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- "Qual seu nome?"
A moça se assustou com a pergunta repentina, e visivelmente desconcertada pediu para ele repetir a pergunta, como se não tivesse entendido a pergunta. E enfim respondeu:
- "Eduarda"

Leandro se apresentou como novo morador do bairro, estendeu a mão para Eduarda, cumprimentaram-se e ficou nisso. Leandro se sentiu envergonhado e se achando um idiota por ter iniciado um contato de forma tão artificial. Resolveu que desistiria da ideia. Mas esse pensamento durou poucas horas. No início da tarde daquele dia, Leandro estava saindo de casa quando na parada de ônibus lá estava novamente Eduarda. Mas ela não estava sozinha, tinham mais duas pessoas aguardando ônibus ali, todos vizinhos num local pequeno onde todo mundo conhece todo mundo. Mas Leandro não pensou duas vezes. Parou o carro e chamou Eduarda pelo nome, ela estava com fones de ouvido, mas se aproximou do carro e ele lhe ofereceu carona dizendo que iria até o centro da cidade (destino provável de todos que aguardam ônibus ali). Ela apenas entrou no carro sem falar nada. Tirou a  a mochila que carregava nas costas e colocou entre suas pernas, no banco do carro. Vestia um short de esporte e uma regata, estava com o cabelo preso. Leandro logo tentou engatar uma conversa, e Eduarda, bastante envergonhada apenas respondia brevemente. Antes de descer do carro, Eduarda agradeceu com um aperto de mão e na calçada haviam algumas garotas que esperavam por ela e quando Leandro arrancou, percebeu que todas olhavam para ele no carro.

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