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S/N se assustou quando seu celular começou a apitar sem parar no meio da madrugada. Ligações nessa hora não eram boas.

Não conseguiu ler o nome direito por conta da claridade da tela e logo atendeu.

"Noona! O Jimin-hyung está com você?" Uma voz masculina familiar diz desesperada do outro lado da ligação.

"Por que Park Jimin estaria comigo a essa hora da madrugada, Taeyong?" Bufa e deita na cama. "O que aconteceu?"

"Ele estava bebendo na área da piscina, mas em um breve momento o segurança teve que ajudar uma senhora, e quando voltou, ele tinha sumido!" Dava pra sentir que o rapaz estava desesperado, e a mulher perguntou o motivo dele estar tão nervoso." Se acontecer algo com ele enquanto estiver aqui no hotel, podemos..."

"Não diga isso. O hotel nunca foi e nunca será processado." A raiva até a fez levantar e colocar um casaco grande para andar pelo hotel. "Vou ver pelos corredores dos hóspedes e você chame alguém para fazer buscas nas ruas próximas." Desligou o telefone e colocou um sapato.

Abriu a porta sem nem olhar para baixo e acabou tropeçando em algo, ou melhor, alguém, o que acabou resultando em uma queda.

"Cacete, o que você tá fazendo aqui?" S/N disse assustada ao ver Jimin jogado no chão na frente de sua porta. "Jimin, acorda!" A mulher mexe seu corpo, mas ele não faz nada e continua dormindo. "Legal, tem um bêbado na minha porta." Ela segura a cabeça do rapaz e o senta, mas fica preocupada por ele estar estar ardendo em febre.

Com um pouco de dificuldade, S/N o arrastou para dentro de seu quarto e o deitou em seu sofá. Pensou em ligar para alguém, mas com certeza iriam perguntar o motivo dele ter parado ali e com certeza iria irritar a mulher.

S/N tirou o blazer gelado de seu corpo e foi em busca de algumas cobertas e um travesseiro. Após ajeita-lo em uma boa posição, a mulher foi até a pequena cozinha do quarto pegar agua e alguns remédios para ele tomar.

A mulher não se importava em ajudá-lo, não era por ele ser o homem que ainda ama, mas sim por ser alguém que precisava de ajuda.

Pegou um pano, o molhou na água fria e voltou até onde Jimin estava, colocando o tecido sobre sua testa.

Mesmo com dificuldade, S/N consegiu fazer com que ele tomasse alguns remédios para dor e febre. Em alguns momentos em que molhava mais uma vez o pano na água para colocar em sua testa, Jimin acordava e falava coisas sem sentido enquanto a olhava meio confuso e colocava sua mão sobre a dela.

Não demorou muito para o rapaz dormir pesado enquanto segurava firme a mão da mulher, parecendo estar com medo dela sair de perto dele.

Por mais que quisesse, S/N não conseguia agir de má fé com Jimin, mesmo ele tendo sido a causa de milhares de problemas em sua vida.

Quando acordou, S/N estava no sofá no lugar que Jimin estava. Se assustou no início, mas relaxou ao ver ele sentado próximo as suas pernas.

"Sua febre já abaixo?" A mulher perguntou enquanto sentava e olhava para o chão.

"Melhorou, obrigado." Disse baixo e brincando com os dedos.

"Não precisa agradecer." S/N disse baixo e sorrio levemente.

"Preciso, pois você poderia ter me largado seja lá onde foi que eu estava quando me achou." Rio sem humor.

Passaram um tempo em silêncio. Não sabiam o que dizer, era estranho estarem perto um do outro após tanta coisa.

S/N se levantou e foi para a pequena cozinha, fazer algo para comerem, já que já se passavam das onze da manhã e o café do hotel já foi finalizado.

"S/N, precisamos conversar." Jimin se levantou e foi até onde a mulher estava.

"Senta, conversamos enquanto faço algo para comermos." Disse calma enquanto os pegando algumas coisas para por na pequena bancada.

"Me explica direito o que aconteceu depois daquele dia, porque eu fui pegando em partes de cada pessoa e não sei o que pensar." O rapaz a olhou e se sentou.

"Bem, quando você foi embora depois do que me falou, liguei para Yoongi e perguntei se ela sabia se o Namjoon ainda estava noivo, e ele me disse o que você tinha falado. Kim Namjoon ainda estava noivo e eu era a amante dele." Suspirou. "Eu fui tola em acreditar nele, passei a tarde toda chorando sem saber o que fazer, e quando a noite chegou, eu fui até sua casa." Engoliu em seco e sentiu os olhos arderem.

"E eu já estava em Seul." Jimin completou.

"Sim. Sua mãe notou o quão mal eu estava e deixou eu visitá-la todos os dias, e eu agradeci muito isso. Primeiro porque era o único lugar que Namjoon não ia chegar perto, segundo que eu tinha boas lembranças lá, e me fazia me sentir segura." A mulher ia contando enquanto pegava copos e outros para por na bancada.

"Minha omma nunca me falou que você ia para lá, eu perguntei apenas uma vez sobre você e ela me disse que você estava ótima." Suspirou. "Eu deveria imaginar que era mentira."

"Eu que pedi para sua mãe não falar sobre mim, não a culpe. Eu só... não queria te atrapalhar." Colocou café nas xícaras e se sentou de frente para ele. "Era seu sonho ir pra Seul e se tornar o que é hoje, eu iria me sentir muito pior se te atrapalhase, queria que você realiza-se seu sonho. Desde seus dez anos, você queria aquilo."

" Eu teria gostado muito de soubesse que você ainda procurava saber sobre mim." Sorrio fraco e a olhou rapidamente.

"Enfim, Namjoon passou um mês me perseguindo e de repente parou. Sumiu do Colégio e Yoongi tinha comentado que sua professora ficou muito mal, logo imaginei que eles tinham terminado." Tomou todo o líquido de sua xicara. "E pelo que eu via, você estava muito bem em Seul."

"Não deveria acreditar na mídia." Rio sem humor. "Minha empresa já teve que pagar para jornalista não jogar meus podres na internet." Suspirou e a olhou. "Eu tive um problema sério com álcool, sempre que tinha uma recaída e sonhava com aquele dia, eu bebia sem parar. Fui parar no hospital algumas vezes por estar completamente bêbado."

"Eu não sabia disso." S/N disse baixo.

"E eu também não sabia que você tentou suicídio na época. Não apenas uma vez, mas várias. Por que?" Jimin a olhou quase que desesperado.

"Eu te disse na outra noite, Jimin." Olhou para seu prato e brincou com o pequeno garfo.

"Naquela noite você fez uma pergunta retórica, que eu acho que deve ser respondida." Park disse firem. "Eu não te odeio, nunca odeie, apenas estava muito triste e bravo, mas ódio nunca."

Ficaram em silêncio mais uma vez e começaram a comer. Nenhum dos dois tinha coragem de olhar para o outro.

"É melhor eu ir antes que chamem a polícia achando que eu fui sequestrado." Jimin diz rápido e se levanta. "Obrigado por cuidar da minha febre, S/N." E sai rapidamente do quarto.

* Written in the stars * [pjm] [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora