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“Oliv?” Esta voz angelical, levantei devagar a cabeça e vi Zayn.

“Zayn.” Disse sem qualquer tipo de emoção.

“Bem, eu não quero incomodar.” Ele diz a olhar fixamente para Louis “ Se precisarem de algo digam.”

“Ele é gay ou que?” Louis pergunta quando ele se vai embora, encolhi os ombros não sabendo o que dizer.

Senti alguém a olhar para nos o almoço todo, mas tentei ignorar ao máximo, acabei por dizer ao Louis que estava mal disposta e que mais logo comia outra coisa, ele acreditou depois de eu ter dito pela quinhenta vez que não conseguia comer.

 Sábado ou melhor o dia em que eu apenas leio livros, oiço musica, e vejo series e filmes. O Louis foi ter com a Rose pelos vistos ele já lhe tinha dito que eramos irmãos, ela admitiu que pensou que eu era mesmo namorada dele, acho que nunca irei perceber o porque de todos acharem que somos. Os meus pais como é obvio e como acontece todos os fins-de-semana foram passar o fim-de-semana fora, ou seja tenho esta casa enorme só para mim. Os meus pais passam 24 horas em 7 dias fora de casa, ou estão no tribunal, onde são os dois advogados ou vão passar os fins-de-semana fora, não percebo o porque, eles não se amam, e eu não acredito no amor, o amor é uma mentira e isso vê-se nos meus pais eles estão sempre a discutir e o meu pai já bateu na minha mãe, o amor é uma merda.

O único amor que eu tenho na minha vida é o meu irmão, ele é o único que eu amo. Eu não odeio os meus pais não era capaz disso foram eles que cuidaram de mim, mas não os consigo amar como devia, eles quando eu cresci deixaram de se preocupar, a desculpa deles era o trabalho, mas eles devem pensar que eu ainda sou uma criança e não percebo as coisas.

Levantei-me do sofá e fui ate ao sótão que era como um ateliê de desenho onde eu tinha tudo o que eu precisava para me sentir bem, era grande, tinha um sofá e um leitor de CDs com umas grandes colunas, num dos cantos estava um cavalete com um bloco te folhas e no outro canto uma mesa enorme com uma serie de desenhos em cima. Peguei no CD dos The Fray e deixei-me levar pela musica, deitei-me no sofá e acabei por adormecer.

“Oliv! Filha!” Oh não. Levantei-me rapidamente do sofá e sai do ateliê trancando-o.

“Sim?” Perguntei quando cheguei perto da minha mãe.

“Que roupas são essas?!” Ela perguntou incrédula, qual é o problema de num sábado estar de calças de yoga e uma camisola larga? Não iria sair de casa. “Va vestir uma coisa mais decente!” Ela ordenou.

“A mãe e o pai não iam estar no fim-de-semana fora?”

“Sim, mas o seu pai teve um imprevisto” ela respondeu-me calmamente “Vá-se vestir!” Subi devagar as escadas e entrei no meu quarto vou fingir de que em vez desta treta de conversa, eu e a minha querida mãe tivemos uma conversa do tipo “Ola filha então como esta?” “Estou bem, e a mãe?” “Cansada mas ainda bem que já estou em casa, para estar com os meus filhos.”

Isso nunca ira acontecer o meu subconsciente avisa e com razão

A banheira estava cheia e deitei-me na mesma passava os meus dedos pelos meus pulsos vendo os cortes, sou uma merda.

Tive uma meia hora na banheira, até que decidi sair antes que faça alguma coisa pior.

Quando sai da casa de banho vi uma caixa grande na minha cama com um bilhete

  « vista este lindo vestido, quero vê-la linda hoje a noite, vamos a casa dos sócios do seu pai, espero que se porte bem, por favor não use preto, as 8horas estamos a porta de casa para a ir buscar e ao seu irmão.»

Heartless // z.m [hiatus]Onde histórias criam vida. Descubra agora