Capítulo 1

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Eu sempre sofri bullying desde meus 10 anos, falavam que eu era magrela ou esquelética, feia, tenho uma marca de nascença na parte de trás da cabeça onde tem muito pouco cabelo viam aquilo e me chamavam de peladeira na cabeça e me chamavam de varias outras coisas...

Depois que meu pai morreu na minha frente a depressão veio, dois anos depois da morte do meu pai começaram os apelidos, e isso só ajudava piorar, virei antissocial apenas ficava na minha, sempre fui a garota estranha que não falava nada.

Com as coisas piorando e sem contar para alguém tudo que se passava porque minha mãe não estava conseguindo pagar psicólogo pra mim, comecei me automutilar (me cortar) com 14 anos não sentia uma dor na hora que fazia isso, meu alto estima era abaixo de zero e ainda é.

Por causa do bullying comecei a me ver tudo que eles me falavam por isso o auto estima muito baixo, minha irmã já estava morando com a minha avó porque ela ganhou uma bolsa de estudos lá já eu e minha mãe continuamos no Brasil, começamos a passar muitas dificuldades chegamos a passar fome, minha mãe desempregada...

Na minha vida passou três garotos, um deles fingiu que gostava de mim isso doeu muito ele deu em cima da minha única amiga e ela me contou tudo.

O outro a gente namorou só virtualmente nunca nos encontramos foi por 8 meses era briga em cima de briga e por que acabou? Porque ele não acreditou em mim

E o outro? O outro é garoto que eu sempre gostei e nunca olhou pra mim.
E meu auto estima cada vez mais baixo. Me senti enganada e cada vez pior, comecei a pensa que sou um lixo, que sou muito feia e por isso acho que ninguém poderia gostar de mim.

Agora vou contar a história do pior dia da minha vida:

O dia estava chuvoso, bem fechado, eu estava voltando para casa da escola para isso tinha que passar em uma rua que geralmente esta vazia naquele dia a rua estava mais vazia que o normal e eu não poderia passar pela rua de cima pois minha casa ficava naquela rua.

Até que avistei dois rapazes vindo na minha rua, senti mais aliviada por ver eles vindo um deles eram alto magro, olhos verdes, loiro muito bonito e outro mais baixo, olhos azuis, muito bonito mas em minutos minha opinião mudou completamente.

Depois que chegaram perto de mim um deles tiraram minha mochila das costas e depois me levaram para um beco que tem nessa rua, um me segurou tampando minha boca e outro tirou minha roupa, não consegui gritar mesmo ele destampando minha boca por causa do medo que tomou conta de mim.

Um deles começou a passar a mão em mim, me apertando, apertando minha bunda e os meus seios, um a chupar meus seios e outro minha intimidade, o meu medo ficou misturado com uma coisa que eu não sabia oque era, talvez fosse desespero, na hora que um deles me penetrou aquilo doeu muito, nunca senti uma dor tão insuportável quanto aquela. Eu me debatia, tentava gritar mas não conseguia, eu só sabia chorar e sussurrar pedindo para que pararem, que tivessem piedade de mim.

Eles fugiram, antes colocaram minha roupa e eu cai desmaiada pois cansei de tanto me debater e por causa da dor, uma senhora me encontrou e me levou para o hospital quando acordei vi minha mãe

- Oi princesa, como você esta?
- Estou um pouco melhor, com dor ainda, mãe vamos embora por favor
- Temos que esperar o médico
- Esta bem - Digo meia cabisbaixa
- Olá, meu nome é Laura e queria te fazer algumas perguntas pode ser? - Pergunta a policial que entra no quarto
- Pode - Eu digo sem olhar para ela
- Esta bem, você lembra de quantos eram?
- Foi um e queria que tivesse sido nenhum, ela não esta bem pra responder agora volte depois.
- Esta tudo bem mãe
- Deixa que sua filha responda, você lembra de quantos foi? - Apenas balanço a cabeça dizendo que sim
- E quantos foi, você se lembra?
- Foram d-dois

Nesse momento engulo seco, uma lágrima escorre e eu a seco

- Você lembra de como eles eram?
Balanço a cabeça falando que não e começo a chorar
- Desculpa, se lembrar de mais alguma coisa me liga - Ela entrega o cartão de visita dela e saí do quarto

Depois disso minha mãe quis vir para Nova York e estamos aqui desde então.

Muitas vezes depois do ocorrido pensei em me suicidar e já até fui parar no hospital por causa disso perdi muito sangue todas as vezes que tentei, por isso minha mãe fica me vigiando a maior parte do tempo. Eu sentia que não merecia ser feliz muito menos viver

Muito tempo depois ficamos sabendo que eles repetiram o crime com mais garotas nunca tive coragem de contar como era aqueles dois só para minha irmã ela queria que eu contasse porém nunca consegui sempre tive medo, o medo sempre tomou conta de mim e toda vez que lembrava eu chorava me sentia suja, impura, sempre achei que minha irmã tinha contribuído para pegarem eles pois achei o cartão da policial nas coisas dela.

A garota suicidaOnde histórias criam vida. Descubra agora