07 - get the vibe, it's gonna be lit tonight

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because you speak to me in words, and I look at you with feelings.


Era o começo da tarde de sábado, Harry estava terminando de se arrumar quando escuta uma sequência de buzinas sincronizadas, ele olha pela janela e toda a galera está lá embaixo, esperando: Liam, o Siciliano, Hook, Zayn e Niall e mais uns rapazes num Fargo com algumas garotas. Louis e Harry seguem de moto para Prima Porta, depois viram à direita em direção de Fiano. Quando chegam, Louis está arrepiado de frio. O restaurante chama-se Il Colonnello e fica longe à beça. Louis não entende por que escolheram justamente aquele lugar para jantar.

São duas grandes salas em volta do forno a lenha, com as costumeiras mesas. Talvez seja barato, pensa. Um jovem garçom chega para anotar os pedidos. São quinze e todos mudam continuamente de ideia a não ser ele, que pediu logo uma salada mista sem muito azeite. O coitado do garçom não sabe mais o que fazer. De vez em quando tenta recapitular as entradas para passar então aos pratos principais, mas na hora dos acompanhamentos há sempre alguém que muda de ideia.

— Ó chefe, me vê uma massa fresca com molho de javali.

— Para mim também — diz logo outro, sendo logo acompanhado por mais alguém, enquanto há quem decida mudar para polenta e salsichas, ou então uma massa à carbonara.

É a turma mais indecisa que Louis já viu na vida. E, para piorar, Zayn não para de tentar resumir todos os pedidos, tornando a coisa ainda mais confusa. No fim, todos riem, achando graça. O pobre garçom se afasta, transtornado. A única coisa certa é que deve trazer catorze cervejas médias e uma... O que foi que pediu a linda loirinha de olhos azuis? Ele confere o pedaço de papel todo rabiscado e entra na cozinha lembrando-se também de que deve levar uma Coca Light.

O jantar prossegue na maior confusão. Cada vez que chega algum prato, desde o presunto até o queijo ou as torradas, acontece uma espécie de assalto, todos caem em cima da travessa e não demora nada para a comida desaparecer. Algumas garotas com os olhos maquiados demais riem achando a maior graça. Louis olha para Niall em busca de compreensão. Horan também, no entanto, parece perfeitamente integrado no grupo. Chega a salada mista com pouco azeite. A situação não é de fato das mais alegres. O Siciliano começa a falar. Conta a triste história de um tal Francesco Costanzi que teve a infeliz ideia de se meter com uma antiga namorada sua. E olha que a garota nem era mais namorada dele, pensa Louis. Era apenas uma ex! Nem dá para acreditar...

Mas todos ouvem atentos, e ninguém parece reparar nesse detalhe, o que leva Louis a pensar que talvez ele esteja certo. O louca deve ser ele mesmo.

— E sabe então o que eu fiz? — O Siciliano engole um trago de cerveja. — Fui com o Hook até a casa da Megan, que estava sozinha.

Na outra ponta da mesa, Hook, com o tapa-olho no rosto, sorri. Está no centro das atenções e aproveita o momento de glória. O Siciliano continua:

— Mandei a garota ligar para aquele babaca de Costanzi. Ela perguntou se o cara podia dar uma passada lá na casa dela e sabem o que o filho da puta fez?

Louis olha incrédulo para o grupo. Parece que de fato não sabem. Decide arriscar um palpite.

— Ele foi.

O Siciliano vira-se para Louis. Parece um tanto irritado.

— Isso mesmo, Louis. O filho da puta foi mesmo!

Ele sorri, mas logo acaba cruzando com o olhar chateado de Harry e — amarra a cara. O Siciliano não repara e continua alegremente o seu relato.

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