Três vultos rápidos irromperam o escuro beco de Londres. Suas respirações ofegantes ficavam ainda mais pesadas com o vento gélido do inicio da primavera.
-Entrem na rua a esquerda. –Taron parou os dois bruscamente. –Eu vou despistar eles.
-Mas nós... –Josh tentou falar, mas foi interrompido.
-Vão logo! –ele disse correndo para o outro lado.
Dylan e Josh correram até verem que ninguém mais os seguiam. Eles diminuíram o passo e Dylan pegou seu celular para checar se estavam muito longe do ponto de encontro, mas a ação fez com que os dois abaixassem a guarda então não notaram a sombra que apareceu no final da rua. Segundos mais tarde o som de uma arma sendo disparada inundou a noite até então silenciosa.
♦♦♦
-Eu ainda não acredito que você deixou uma câmera te pegar. –Dylan balançou a cabeça negativamente.
-Foi sem querer, Dylan. –Josh deu de ombros. –Eu esqueci que estávamos sem apoio técnico.
-Você sabe como é difícil invadir a Scotland Yard? –Dylan bateu no volante do carro.
-Na verdade não. –ele olhou pela janela. –Nunca tentei invadir a Scotland Yard.
-Hilário. –ele ironizou levantou uma sobrancelha. –Vamos! O Taron já deve estar chegando.
Josh e Dylan desceram do carro e foram na direção da sede central da polícia de Londres.
♦♦♦
-Posso ajudá-lo senhor? –a secretária perguntou ao homem que estava parado a sua frente.
-Somos da Interpol. –ele e os três parceiros mostraram os distintivo a ela.
-A Sra. Kolling está aguardando. –ela saiu de sua cadeira e os acompanhou até o escritório principal.
A morena abriu a grande porta de vidro fosco revelando lá dentro uma mulher de estatura mediana loira com seus 66 anos de idade.
-Obrigada Jane. –ela sorriu para a secretaria.
-Com licença. –ela também sorriu.
–Sentem-se, por favor. Meu nome é Katherine Kolling, sou a chefe dos detetives da Scotland Yard.–ela se afastou de sua mesa pegando em mãos uma pasta com relatórios.
-É um prazer. –o mais velho sorriu educado. –Meu nome é Louis Green.
-Niall Martin. –o loiro deu um sorriso largo.
-Harry Wilson. –disse o moreno com cabelo cumprido.
-Liam Hill. –o de olhos castanhos sorriu de lado.
-Bom, é um prazer conhecê-los. –ela sorriu. –Desculpem-me pela falta de mais formalidades, mas nosso tempo é curto.
-Desculpe senhora, mas não fomos informados sobre nada do caso. –Louis comentou.
-Não se preocupe, vou explicar tudo a vocês. –ela encostou-se à mesa.
"Há um ano nos deparamos com vários casos de desaparecimento, todos eles de jovens de dezoito a vinte e um anos que vinham para a cidade em visita. As famílias apareciam desesperadas no país dizendo que os filhos nunca mais mandaram noticias. Os investigadores não chegaram a lugar nenhum então mandaram tudo o que tinham para nós. Nós analisamos os pertences dos garotos e nos notamos um padrão, todos os celulares continham mensagens enviadas para os pais dizendo que haviam decidido fazer um mochilão com alguns amigos que havia feito aqui e mandariam noticias sempre que pudessem. Mas nenhum dos meninos voltou a aparecer. Entrei em contato com alguns países mais próximos de nós e a história se repetiu. A cada cinco meses eles recebiam queixas de desaparecimento de adolescentes, todos eles homens. Começamos a desconfiar de trafico de pessoas. Como não conseguimos informação nenhuma, decidi ligar para a Interpol."
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Obscure Innocence
ActionTrês vultos rápidos irromperam o escuro beco de Londres. Suas respirações ofegantes ficavam ainda mais pesadas com o vento gélido do inicio da primavera. -Entrem na rua a esquerda. -Taron parou os dois bruscamente. -Eu vou despistar eles. -Mas nós...