Essa história acontece na noite em que Harry e Hermione usam o vira-tempo para salvar Sirius e Bicuço.
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Se há 15 anos falassem a Sirius Black que ele seria a primeira pessoa a fugir de Azkaban ele riria e diria que a pessoa havia enlouquecido, mas, agora, ele tinha todo o mundo bruxo e parte do mundo trouxa também atrás dele.
Em 31 de outubro de 1981 ele perdeu o resto de sua família, os amigos e sua tão amada liberdade. Os Black não haviam morrido todos, mas essa não era a família dele. Fora queimado da tapeçaria da Muy Antiga y Nobre Casa dos Black aos 16 anos, quando, no verão, fugiu de casa e foi viver com os Potter, sua verdadeira família.
Euphemia Potter era tia dele e, consequentemente, irmã de Walburga Black (sua mãe) e sempre cuidou dele como um filho, principalmente quando ele chegou á sua casa cheio de ferimentos feitos pela mãe do garoto com feitiços como a imperdoável Maldição Cruciatus, ela morreu um ano após ele e James terminarem Hogwarts. Fleamont Potter, seu tio, sempre gostou muito do garoto, especialmente a partir que James entrou para Hogwarts e Sirius se tornou seu melhor amigo, ou melhor, seu irmão, e passava mais de metade das férias na casa dos tios, ele morreu junto com a esposa, um ano após ele e James terminarem Hogwarts. James Potter sempre foi seu irmão, e em 31 de outubro de 1981 Voldemort tirou ele e sua cunhada de Sirius.
Eu disse também que ele perdeu seus amigos: Lily Evans (Potter), a garota que deu mais de 20 foras em James e que acabou casando com o maroto de cabelos rebeldes, tornando-se sua cunhada. Remus Lupin, o lobisomem que havia feito ele se tornar um animago ilegal e que ainda acreditava que ele era o Fiel do Segredo dos Potter e que havia os traído. Peter Pettrigrew o verdadeiro traidor, que ele considerou um de seus melhores amigos na escola e que vendeu seu irmão e sua cunhada á Voldemort por medo e se mostrou um verdadeiro rato nojento, mas o mais doído na traição dele é que ele foi amigo, riu junto, chorou junto, brincou junto e acabou outro servo do Lord das Trevas.
E sua sonhada liberdade. Ele achou que sentiria mais falta dela, mas ela lhe pareceu insignificante quando foi preso por matar o traidor. Ele nunca havia sido bem tratado pelos Black, nunca fora o filho perfeito, recebia as mais diversas punições e desafiava constantemente a família que ele tanto odiava. Em Hogwarts, com a Capa de James e o Mapa deles, ele era livre, assim como na casa dos Potter que sempre gostaram daquele menino tão problemático. Quando foi para a temida prisão dos bruxos com os dementadores, em 31 de outubro de 1981, se viu sem ela novamente.
Mas, nada disso foi o que mais o machucou em 31 de outubro de 1981. Na verdade, foi aquele garotinho tão parecido com o pai, mas com os olhos da mãe: Harry Potter. SEU afilhado, que sobrevivera ao bruxo mais temido do mundo, e que iria sofrer pelos outros 16 anos na casa dos tios Vernon e Petúnia Dursley em que fora obrigado a viver miseravelmente, quando todas as crianças do mundo bruxo sabiam seu nome.
E, aquele dia, o pior dia de sua vida, foi precedido por vários dias que contaram a morte de vários amigos e do amor da vida dele. Marlene McKinnon e toda a sua família haviam sido assassinados por Comensais desprezíveis bem no dia em que Sirius iria pedi-la em casamento, fato que apenas James e Lily sabiam. Ele se hospedara com os Potter por duas semanas, inconsolável, até que decidiu voltar a seu antigo apartamento, onde varias das coisas dela já tinham lugar, e, seu perfume parecia grudado nas paredes. Na semana que se seguiu a volta dele, o irmão ou a cunhada o visitavam todos os dias pelo menos duas vezes por dia com desculpas esfarrapadas, querendo realmente ver como ele estava.
Quando os Potter se esconderam Sirius estava melhor e os visitou várias vezes. Perdeu o primeiro aniversário de Harry em missão da Ordem, e, por muitas vezes, se arrependeu amargamente disso por muitos anos depois.
Mas, essa história não é para falar sobre tudo que o Black perdeu na guerra e, sim, sobre o que ele fez após a fuga da prisão. Sabemos que ele viu Harry na Rua Magnólia antes do mesmo entrar no Noitibûs Andante, e que ele foi para Hogwarts e acompanhou a temporada de Quadribol do afilhado, como bom fanático que era, e mandou ao mais jovem Potter a melhor vassoura do mundo, mas eu também não irei falar disso.
O grande cachorro preto com patas que pareciam almofadas de tão macias vigiou as férias de verão de Harry Potter, como sabemos, mas não foi contado que ele também fazia constantes vigias na casa de seu único amigo vivo, Remus Lupin.
Ninguém poderia culpa-lo por sentir falta da escola, ou dos amigos, mas ele se culpava por seguir Lupin para todo canto, e, se esconder quando o velho amigo estava olhando em sua direção. Incontáveis dias ele ficava na porta do amigo até o amanhecer e, só saía quando se certificava que tudo estava bem.
Ele também não contou a ninguém que viu a reação vergonhosa do professor ao descobrir que voltaria a Hogwarts, como professor do que sempre fora sua matéria favorita e que reencontraria o filho de um de seus melhores amigos, e por respeito a memória dos dois marotos eu não contarei aqui o que foi visto pelo fugitivo (N/A: talvez um dia eu conte, não nessa história).
Ele fazia isso, pois sentia falta dos dias em que a sua única preocupação eram provas, garotas e as luas cheias. Falando em lua cheia, ele só contaria a o Lupin daqui a algum tempo que, ele havia ajudado o amigo nas transformações das férias, em nome dos velhos tempos.
Agora o Black já não acreditava em sua sorte. Estava voando em um hipogrifo (algo que ele gostava quando adolescente), fora salvo por Harry de um beijo de dementador, seu afilhado queria morar com ele e o último maroto (pois Peter perdeu seu título de maroto quando vendeu o amigo) acreditava nele. Pela primeira vez em 12 anos ele acreditou que tudo poderia ficar bem. Pela primeira vez em 12 anos ele teria alguém para se corresponder, e aguardar ansiosamente por respostas. Pela primeira vez em 12 anos ele não precisava se preocupar, pelo menos não por enquanto, pois ele estava no ar, aonde ele sempre se refugiava, e aquele jovem de 13 anos, uma mistura perfeita de James e Lily, trouxe um pouco de paz para o coração dele. Pela primeira vez em 12 anos falou com Remus e abraçou o amigo e com ele viu um pouco de seu irmão falecido na criança protegendo a honra dele e do professor ao impedir que eles matassem o rato asqueroso.
Ele viu ele, James e Remus mais novos em Rony, Harry e Hermione, respectivamente, e pode sorrir aliviado novamente, quando percebeu que seu afilhado tinha amigos tão bons quanto aqueles que ele próprio tivera, e novamente pensou que tudo ficaria bem.
Infelizmente, nós sabemos que ele estava enganado.
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Apenas Um Momento Em 12 Anos
FanfictionQuando Sirius Black saiu da prisão e por um momento achou que tudo ficaria bem.