23. resumo do fim

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Toda uma grade curricular fazia-me lembrar de você. Isso foi antes. Agora, essa mesma grade ocupa minha cabeça, impedindo-me de pensar em ti e consequentemente deixando-me estudar Hobbes em paz.

Nem mesmo o velho Bukowski é capaz de trazer você novamente para os meus pensamentos.

Eu estava certa quando disse que éramos dinamite caseira, mas não iremos explodir juntos.

Você continua com esse maldito sorriso que já não causa efeito algum sobre mim. Porque você não é Heathcliff, eu não sou Catherine e este não é o morro dos ventos uivantes.

Utilizei-me do parnasianismo para falar que você é a arte pela arte, contudo, você não é, eu sou, pois sempre há arte no caos dos meus olhos castanhos.

Agora eu posso ouvir Taylor feat. Lana sem que as letras me façam recordar você e dos seus olhares.

Eu quero ter todos os cinco sentidos com alguém, e esse alguém não é você. E é com esse alguém que eu ouvirei alone together.

O nosso refrão de bolero continuará um devaneio que eu mesma criei, mas eu fui sincera como não se pode ser.

Junto com o meu amor, as minhas metáforas para você também se esgotaram. 

Eu quero ser uma constelação com um ano luz de distância de você, para evitar os nossos encontros.

Os quatro elementos foram testemunhas dos múltiplos infinitos que essa crush me fez sentir por você. 

Não restou uma faísca sequer do que um dia não passou de uma bela ilusão para ilustrar o nosso poema in(verso).

Um dia perguntei-me se você sabe como é estar tão apaixonado que chega a doer. Provavelmente não. Todavia, nem eu sei mais como é. 

Será que eu quero saber?

Esse é o resumo do fim. Nosso resumo, nosso fim.

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