one

10 0 0
                                    

27/12/17
10:46am

A manhã era cinzenta, nas ruas habitavam pequenas poças de água da chuva que acontecera pela madrugada. Virei e me deparei com uma flor branca, era a mais bela que já havia visto, de repente, suas pétalas estavam agora habitadas por pequeninas gotas cristalinas chuva que retornara. O que poderia me impedir? Pra que guarda-chuva se podemos dançar na chuva? Era como se cada gota despertasse felicidade. Como uma garota completamente feliz, rodopiava entre as gotas. Meus longos fios cortavam o frio da manhã e eu podia sentir cada gota deslizar sobre a minha pele, e como marca de sua existência, a chuva fez com que os sapatos de veludo se elameassem, mas nada que me estressasse no momento, mais tarde, talvez. Ninguém poderia dizer que eu estava louca ou coisa do tipo, as ruas estavam desertas, ou pelo menos eu pensava que estavam. O sol dourado, se escondia entre as nuvens que se descarregavam, e então, a chuva parou. Mas eu sei que ela voltará, pois o que é nosso, de alguma forma sempre volta.
A chuva parou. Eu parei.
Eu não sabia de onde ele havia saído, mas sabia que estava rindo do que acabara de ver. Um rapaz magro e alto, seu sorriso era quadrado e seus olhos, mesmo que quase cerrados, tinham cristais de brilho. Meu sorriso se abriu e foi se tornando uma risada. Agora tudo o que se ouvia eram nossas risadas. Juntas. Uma melodia que mesmo desafinada, era a melhor.
As risadas foram chegando à seus fins, junto com o fôlego que ambos possuíam.
- Você precisa de um guarda-chuva? - sua voz rouca, e ainda assim doce ecoava nas ruas que até minutos atrás eram silenciosas, pedindo por uma resposta além de meu sorriso.
- Eu não gosto do que me impede. Guarda-chuvas só servem para me impedir de sentir a chuva. - o vi se aproximar com o guarda-chuva acima da cabeça, o qual ainda estava aberto pela chuva de minutos atrás.
- E de pegar resfriados. - ele pôs o guarda-chuva acima de minha cabeça. Afastei seu pulso com uma das mãos e ri de seu dito.
- Eu sou feita de chuva. Não pego resfriados. - sorri e me afastei indo em direção à minha casa. Senti seus olhos pesarem sob minhas costas. Dei um riso soprado e tentei me concentrar apenas no ambiente e no caminho para casa.

🌸

27/12/17
13:38am

Estava sentada na minha cama com os fones ligados no computador e uma música aleatória tocava enquanto eu fazia meu currículo. Meu celular tocou e eu o atendi.
- Alô? - Disse ligando o viva voz e pondo o aparelho sob a cama enquanto continuava o que fazia no computador.
- É... alô. Eu sou o guarda-chuva. - Reconheci sua voz e me perguntava como ele havia conseguido o meu número. - Lembra de mim? Mais cedo você estava... é você sabe.
- Dançando na chuva? - Disse e ouvi sua gargalhada baixinha do outro lado da linha. Ri soprado e curto como resposta. - Como você conseguiu meu número? Ou melhor... com quem?
- Kim ChaeSong, certo? Conheço o Namjoon. E ele disse que você dança na chuva sempre que pode. - Ele disse e então ouvi a risada de Namjoon. Aish. Que idiota. Ele é meu irmão e não deveria fazer essas coisas.
- Nammie. Eu vou te matar. Qual o seu nome, hein? E o que você quer?
- Sou Taehyung. Kim Taehyung. - O silêncio durou apenas alguns segundos até que ele respondeu a segunda pergunta. - Eu quero um encontro. Aceita?
- Tá me zoando, né? Olha eu não sei nada sobre você e o Namjoon pode ter feito amizade com algum assassino por aí, então... - Ele me cortou e deu início a uma breve apresentação.
- Já sabe meu nome. Tenho 22 anos, trabalho em uma loja de conveniência. Não ganho mais que um salário mínimo e só quero sair para tomar um café e jogar conversa fora. E não. Eu não sou assassino. - Suas palavras me fizeram gargalhar um pouco e quando percebi meu sorriso de quem se divertia me tornei séria novamente.
- Um assassino nunca revela ser um. Mas como eu confio no Namjoon... eu aceito. - Combinamos o local e eu teria que sair daqui à vinte minutos de acordo com o horário combinado.

Desligamos e, mentalmente, xinguei bastante Namjoon.
Me levantei e fui em direção ao banheiro. Tomei uma ducha rápida e lavei o cabelo. Saí do banho e fui para o quarto, vesti uma roupa qualquer e, como de costume, não passei maquiagem nenhuma. Existe uma vantagem nisso, pois as pessoas não te acham estranha já que estão acostumadas com suas olheiras e manchinhas, e quando você decide passar, é super elogiada.
Peguei minha bolsa, o celular e as chaves indo em direção à cafeteria.
Namjoon estava trabalhando agora, então eu não teria como agredí-lo, xingá-lo ou me vingar da forma que queria.
Depois de uns minutos andando cheguei a cafeteria que combinamos e entrei. E lá estava ele, tentando de alguma forma parecer descolado já que não havia me visto. Segurei o riso e me aproximei da mesa onde ele estava o vendo se sentar normalmente. Me sentei na cadeira à sua frente e o olhei séria.















Não tenho certeza se continuo a fanfic. Particularmente eu gosto da história que montei, porém, vocês é quem decidem.

Lost Stars - Kim TaehyungOnde histórias criam vida. Descubra agora