Intro

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Ora, ora, meu querido ser vivo! Então você precisa continuar a ver e sentir o gosto da carnificina e não bastou aquele banho de sangue todo, hã?!

Logo você, que se julga uma boa pessoa, com toda aquela baboseira de ética e conduta e o caralho, ainda quer seguir em frente e ver como um cara, oposto a tudo isso, segue em sua vida pós-morte, não é?

Pior, torcendo por este "bicho maldito" que caga para as leis e toda essa falsa moral que se prega por aí.

Curioso, não?

A maioria das pessoas diria: "Absurdo isso! Como um sujeito pode ser tão frio?! Merece o inferno!", mas basta acompanhar a vida desse sujeito ser toda fodida que a opinião logo muda para um: "Georginho, vai lá, dá o troco!".

Mas, quem sou eu para julgar qualquer um aqui, afinal?

Então, vamos a outra historinha deste morto-vivo fantástico aqui.

Ah, é! Ia esquecendo. Preciso deixar algumas informações sobre o que ocorreu logo após ter queimado o bar do EdGor...

Ok, você lembra disso, né?! Se não lembra é porque não leu os relatos anteriores, ou precisa reler.

Enfim!

Após reduzir a espelunca a cinzas e matar o penúltimo dos larápios, garanti a sobrevivência do cabeça dos bandidos e de Ed por uma simples questão de interesses. Através de métodos não muito convencionais de persuasão, descobri onde o bando havia enterrado o tesouro, de modo que a grana roubada por anos com tanto esmero agora me pertencia — e que fique claro, era grana pra cacete!

O que aconteceu a ele em seguida? Preciso mesmo dizer?

O fato era que havia ficado bem satisfeito com os trabalhos de EdGordo e resolvi ampliar nossa... ãããã... bem... "amizade verdadeira".

Comprei um estabelecimento na zona nobre da cidade e abri uma casa noturna digna de se visitar, onde Ed é administrador e proprietário. Não seria nem um pouco interessante pôr a propriedade em nome de alguém que tem um atestado de óbito registrado em cartório, alô! Também não me importava; graças às minhas habilidades ilusórias meu patrimônio só ampliava, então sem problemas em deixar Ed ser feliz.

Mas sim, ele ainda trabalhava para mim!

Aqui, narrarei algo que aconteceu quatro meses depois de todo aquele festival de sangue e tripas que me trouxe ao outro lado da existência.

Pronto?

Não?!!

Ah, foda-se!

Lá vamos nós...




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Bem, você já sabe como funciona, né? Se gostou e tal, deixa aquele voto, não te custa nada e ainda ajuda a esta pobre alma nesta caminhada pela escrita.

Não esqueça também do feedback, mesmo que seja pra dizer que tá péssimo, isso só me fará ir em busca de melhorias. Como já dito: Ninguém escreve uma história sozinho, não é mesmo?!

Abraços.

UeQ

Memórias Rubras. Episódio 2 - Lança.Onde histórias criam vida. Descubra agora