Estava escurecendo, e eu sentia que tinha que sair dali. Só não sabia como, estava sozinha em uma floresta obscura e medonha, só se ouvia minha respiração ofegante e o barulho das folhas das plantas topando uma nas outras,soando calmamente o som de ''doss'' podia até ser inspirador, mas não naquele momento, não naquele labirinto de arvores, naquele escuridel intenso. Eu precisava sair dali, não podia mais esperar por ele, afinal quem eu estou esperando? Ele quem? O que eu estou fazendo aqui? Como eu vim parar aqui? Alguem me ajuda!
_ Filha, pela amor de Deus, acorda! - minha mãe não parava de me balançar, abri os olhos com dificuldade pois estavam dormente - Por que você estava gritando?
_ Eu gritando mãe? Quem ta gritando aqui é voc..ai! - senti uma dor intensa invadindo a minha cabeça, não sabia o que era, não estava entendendo nada, só sentia tudo se afastar lentamente, um clarão se voltou contra mim, e derrepente tudo voltou ao normal. Minha mãe continuava gritando ainda feita uma louca - Mãe, se acalma não foi nada só foi uma dorzinha de cabeça, acho que é porque eu dormi demais, fica tranquila - olhei pra ela, tentando inspirar confiança.
_ Eu vou marcar uma consulta pra você, no psicologo, em um neurologista, psicanalista, seja o que for, não da mais o seu caso ta ficando sério filha, toda noite é a mesma coisa, os mesmos gritos, as mesmas perguntas, afinal por quê não me conta o que você sonha? - Ela segurou minha mão - Filha eu quero te ajudar, eu sou sua mãe e eu te amo.
_Mãe, como a senhora é teimosa, eu já cansei de dizer pra você, eu não lembro de nada do que eu sonho, eu apenas vejo uma... floresta - é estranho, sim é mas se nem eu entendo o que eu sonho, imagina minha mãe.
_ Tudo bem - ela me olhou desconfiada - só quero que você confie em mim. - ela desviou o olhar pra o relogio digital que estava no criado mudo - Olha só, ainda dá tempo de você dormir mais um pouco antes de ir pro colégio - Ela beijou minha testa, e fez com que eu deitasse de novo na cama, e saiu do quarto, ela estava muito preocupada, e agora eu tenho certeza, que ela vai falar tudo pro papai, e agora mais do que nunca, vou precisar ir a um psicologo. Talvez eu precise mesmo de um psicologo.
