Steven

19 6 2
                                    

Estava tudo muito silencioso naquela noite, Steven um garoto de apenas 13 anos se recuperava da morte da sua mãe enquanto se acomodava no banco da praça principal de uma cidadezinha chamada Horizoncity , ali séria sua cama por aquela noite. Sozinho e com fome, tudo o que tinha naquele momento era um bilhete deixado por sua mãe. Já se passava da meia noite e ali estava ele, lembrando de todos os momentos que os dois passaram juntos.

Talvez dor fosse a palavra certa para descrever o que Steven estava sentindo naquele momento. Não é de se surpreender tal sentimento, afinal, perder a última pessoa que restava em sua vida não é nada fácil, ainda mais quando essa pessoa é sua mãe.

Durante toda sua vida, Steven e sua mãe, Maria, viviam sozinhos, viajando para vários lugares, como se estivessem fugindo de alguém. Eles mudavam tanto que não dava tempo se quer de conhecer pessoas e fazer amigos. Ele não sabia ao certo o porque, mas, Maria estava sempre preocupada com algo, mas sempre que seu filho tocava no assunto, fingia não ser nada.
Agora, Steven se vê oficialmente sozinho, e tudo por culpa de uma doença, doença essa até então desconhecida.

O garoto estava em um beco sem saída, não tinha para onde ir, não tinha dinheiro e tudo que sua mãe lhe deixou foi um bilhete onde estava escrito:
" vá até a biblioteca municipal e procure por Miguel, ele irá te ajudar, mas se apresse, você não tem muito tempo."

O que isso queria dizer? Estava completamente confuso, aquele horário com certeza a biblioteca estaria fechada, teria que esperar o dia seguinte para poder falar com esse tal Miguel, e como assim não tinha muito tempo? Como se não bastasse tudo o que estava acontecendo ele ainda tinha que acrescentar mais itens em sua lista de preocupações.

Com tudo o que estava acontecendo, foi muito difícil conseguir dormir, mas o cansaço vençeu e finalmente adormeceu.
...
Steven dormiu pelo que pareçeu 5 horas, até os primeiros movimentos da cidade o acordar. Tentando disfarçar a fome que sentia naquele momento e ainda segurando o bilhete de sua mãe ele seguiu em direção a biblioteca municipal, não sabia o que dizer quando chegasse lá, talvez: -Oi, minha falecida mãe me pediu para que você me ajudasse. Começou a achar a idéia ridícula, quando algo afiado rasgou seu braço esquerdo, não teve tempo para reagir e imediatamente estava cercado por criaturas esquisitas, algo como animais com cabeça de cachorro, corpos negros de foca, pernas curtas e grossas, meio nadadeiras meio pés e mãos humanas, com garras afiadas. Tinha pelo menos uns 20 deles, todos avançavam lentamente em direção ao garoto, quase como se temesse que o garoto pudesse reagir e acabar machucando-os. Steven estava paralisado de medo, tentava gritar, mas a voz não saía. O quê era aquilo? Estava delirando por causa da fome? Os bichos resolveram deixar a cautela de lado e atacar de uma vez, metade deles saltaram em direção ao garoto, mas em um piscar de olhos os bichos haviam se desintegrados, os outros que restaram, também pareceram não saber o que aconteceu e ficaram com cara de tontos olhando de um lado para o outro, na tentativa de encontrar a origem do ataque. No instante seguinte uma rajada de flechas atingiu o restantes dos monstros marinhos.

Steven se sentiu agradecido por quem quer que seja, que fez aquilo, ja ia seguir seu caminho quando um homem alto, magro e de pele clara apareceu para recolher as flechas em meio a poeira deixada pelas criaturas.

-Telquines. esses bichos feios fazem muito barulho, não sei como os humanos não os ouvem.- disse o homem ainda recolhendo as flechas.

-Quem é você?- conseguiu dizer o garoto.

O homem arqueiro olhou para Steven como se estivesse avaliando-o e disse

-Eu sou Miguel, e quem é você?

Seria esse o cara de quem sua mãe falou no bilhete, porque se fosse, ele seria realmente de grande ajuda, tendo um arqueiro com aquela mira do seu lado, não seria nada mau.

-Meu nome é Steven, eu tenho que ir, eu presciso ir até a biblioteca.

-Bom, vamos, eu também tenho que ir para lá. A biblioteca não vai se abrir sozinha.

Então era ele mesmo, mas
porque sua mãe pediria para ele falar com um cara arqueiro/bibliotecário?

- Eu... Eu acho que é você - gaguejou o menino.

- Sou eu o que?

- Minha mãe deixou esse bilhete antes de... antes de morrer -disse o garoto estendendo a mão para entregar o bilhete.

-Sua mãe é a Maria? Disse Miguel após ler o bilhete -eu sinto muito por ela. -Agora tudo faz sentido, venha vamos entrar, não vai demorar até que mais desses bichos apareça.

Muitos pensamentos passavam pela cabeça de Steven, um mais louco do que o outro, não aguentava mais tanto suspense.

Chegando na biblioteca, Miguel não parou até chegar em uma porta que dava a um cômodo, onde cozinha, quarto e sala era um só.

- Bom não temos muito tempo agora que sua mãe morreu, o encanto foi quebrado e logo logo te acharão.

- Que encanto? Quem vai me achar? Dá para me falar algo mais claro?

- Eu vou te falar tudo, mas sugiro que sente e coma alguma coisa enquanto eu te conto. Disse o homem enquanto servia café em uma xícara e alguns pães -algum tempo atrás, quando sua mãe ainda estava grávida de você, surgiu uma profecia, na qual dizia que você ajudaria trazer a paz para nosso mundo.

- Como assim trazer paz para o mundo? -falou o garoto ainda de boca cheia.

-por favor sem interrupções. Não me refiro ao mundo dos humanos, me refiro ao mundo mágico. A profecia dizia que você séria o responsável por destruir o gigante Tifão e seus aliados eles, é claro, não ficou satisfeito com isso, já quê ele está no poder. Tifão, imediatamente pediu para que te matasse, mas sua mãe foi até a deusa Hecate e pediu sua ajuda; Hecate usou um feitiço para que todos os monstros não à encontrasse.

Miguel parou um momento de falar. Aquilo tudo não fazia sentido, esse homem só podia estar brincando com sua cara.

- Mas o feitiço estava ligado à sua mãe; enquanto ela estivesse viva e você estivesse perto dela, os monstros teriam muita dificuldade de te encontrar. Quando você fizesse 13 anos o feitiço acabaria e sua mãe infelizmente morreria.

Aquelas palavras doeram muito. Sua mãe morreu para salva-lo. Todo esse tempo indo de um lado para outro foi para impedir que o encontrassem.

- Então quer dizer que aquelas coisa quer me matar por causa de uma profecia, eu posso ajudar a salvar o mundo e minha mãe se sacrificou por mim?

- Isso. Seu pai foi pego na tentativa de atrasar os monstros enquanto sua mãe fugia. Não sabemos se ele morreu ou se ainda está vivo.

Era a primeira vez que ouvia falar do seu pai, durante toda sua vida imaginou que seu pai estivesse morto e agora descobre que ele ainda pode está vivo. Era muita informação para um dia só.

- Então se meu pai ainda está vivo, podemos salvar ele?

- Bem, não será muito fácil, mas precisamos tentar. Eu passei muito tempo tomando conta dessa biblioteca, sem ter coragem de lutar, mas agora precisamos agir.

Nesse mesmo instante ouviu-se um barulho muito alto. Estavam tentando derrubar as portas da biblioteca.

- Rapido, temos que ir -disse Miguel se levantando de um salto e agarrando seu arco e aljava. -Tome, leve isto, você vai prescisar. Ele tirou uma espada de ouro que estava em
um suporte na parede e entregou na mão do garoto.

Os dois saíram correndo em direção às portas do fundo. Steven só teve tempo de olhar uma vez para trás, mas se arrependeu de ter olhado. Criaturas gigantescas com apenas um olho, ciclopes. Todos carregavam pesados bastões e o garoto não estava nem um pouco afim de ser atingido por um daqueles.

Quando conseguiram enfim sair da biblioteca, Miguel assobiou, um assobio muito alto e derrepente um cavalo alado desceu do céu, um Pegasus . Ele fez uma reverência indicando para subirem em suas costas, Steven e Miguel obedeceram a ordem e o Pegasus decolou em uma velocidade incrivelmente rápida.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Aug 19, 2018 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Guerra MágicaOnde histórias criam vida. Descubra agora