Supernatural - Minha pequena caçadora

Capítulo 3

- Mili! - gritei desesperado, mas não adiantava, ela estava desacordada. - Seu desgraçado! - xingo o vampiro que estava com ela nos braços. Sem pensar duas vezes, parto para cima dele.

- Quem é você, garoto? - pergunta o maldito, desviando facilmente do meu golpe. - É melhor ir embora, é melhor para você!

O ódio tomou conta de mim. Eu sabia que enfrentar um vampiro sem os equipamentos necessários seria imbecilidade, mas naquele momento não pensei em nada. Minha mente estava focada em matar o desgraçado.

Começamos a brigar, mas como o esperado ele é mais forte, e me empurra para um dos mictórios. Sinto uma dor horrível nas costas. Vejo Mili abrindo os olhos lentamente, logo percebe os olhos demoníacos sobre si e começa a se debater.

- Por favor, me solte! Por favor! - ela gritava. - Sam! Me ajude!

-Dean! - Sam entrou no banheiro com várias armas, uma delas era uma faca enorme.

Não perdi tempo, assim que Mili conseguiu se soltar dos braços do vampiro, agarrei a faca e corri para o vampiro, cortando sua garganta, o decepando.

Me viro para as crianças que estavam sentadas no chão do banheiro. Milena se afastou de Sam e correu em minha direção, circulando minha cintura com seus pequenos braços.

- Você está bem? - perguntei a ela. - Mili?

- Eu fiquei com tanto medo... - senti seu aperto em volta de mim mais forte.

- Calma, princesa. Nada mais vai te acontecer. - acariciei seus cabelos ruivos.

- Dean, o papai chegou... - escutei Sammy, ele encarava o celular em suas mãos.

Olhei para baixo, encarando os olhos verdes de Mili. Ele estava confusa.

- Então, princesa - me abaixei, ficando da sua altura. - Temos que ir.

Meu coração se partiu quando vi sua expressão de tristeza.

- Vocês vão voltar? - Perguntou, enxugando algumas lágrimas que escorriam de seu pequeno rosto.

- Quem sabe... - disse Sam, tocando seu ombro. - Podemos vir te visitar. O que acha?

Eu sabia que Sam estava falando isso apenas para confortá-la. Tanto eu como ele sabemos que é meio impossível voltar aqui, tudo depende se tiver algum caso por perto.

- Acho ótimo. Vou sentir saudades! - ela o abraçou.

...

Saímos do banheiro indo em direção ao impala que estava estacionado do outro lado da rua.

- É o papai. - sussurou Sam. - Até logo, Mili. - olhou para ela, como se fosse a última vez.

- Até, Sam! - Mili se jogou em cima de Sam, o abraçando com vontade. - Eu adoro seu cabelo, por favor, não corte. - sorriu.

Vejo ela me abraçar um pouco tímida, mas logo me aperta em seus braços.

- Até, Dean.

- Tchau, princesa. - sorri, dando tapinhas em suas costas. Não gosto de despedidas.

Assim que entramos no carro, Sam se virou no banco de trás e ficou acenando.

Eu não consegui me virar, apenas olhei pelo espelho do lado de fora  que dava a visão da figura ruiva atrás do carro. Ela acenava sorridente, com uma possível esperança de nos ver novamente.

Mas isso era quase impossível.

Bom... quem sabe um dia, talvez.