Prólogo

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Duas essências que estão separadas nesta noite, não apenas hoje, mas sim por anos. Porém hoje elas estavam fazendo um marco em suas vidas. Elas se chamavam Elizabeth e Agnes Moore, eram meio irmãs e tinha uma vida separada sem nem ao menos saber da existência uma da outra, entretanto estavam interligadas. Sim, além de meio irmãs algo a unificava, mas os seus dias a dias eram muitos movimentados para realmente conseguir focar isso ou em sua linhagem familiar que faltava. Ellie tinha terminado seu colegial e já estava no seu primeiro ano de faculdade de moda, tinha amigos, sua mãe e seu namorado, Noah McLean, que estava conseguindo se estabilizar em uma rede policial como estagiário de Toronto. Ela estava conseguindo ter um início de vida adulta ótima até tudo cair, esfarelar enquanto a pobre garota observava isso, a sua base estava desmoronando quando soube de uma notícia que sua mãe lhe contou toda ansiosa que a deixou atônita diante disso por que esse próximo passo iria dar novos caminhos que não poderia seguir com os traços de sua vida.

Agnes estava belíssima no palco diante toda aquela multidão de alunos e funcionários da escola, naquela noite todos estavam comemorando o aniversário de sua escola; Clarity. Aquele lugar completava setenta e oito anos. A garota se sentia orgulhosa de si mesma por ter sido convidada para ser a pessoa que fosse apresentar os shows que os alunos que se inscreveram para essa noite de deveria ser tão memorável para cada ser presente naquele lugar. Agnes vestia um lindo vestido vermelho sangue tomara que cai, deixava todo seu cabelo ruivo caído sobre um de seus ombros enquanto sorria com os braços a frente de seu corpo.

― Boa noite! Sejam bem-vindos! Estou muito grata de ser a pessoa que vai abrir essa apresentação. A nossa escola, está tendo o seu septuagésimo oitavo aniversário e com isso esse baile vai ter a coroação da rainha que teve o melhor desempenho para a reinauguração desse lugar! ­― a quadra, o lugar que estavam festejando nesse momento foi restaurado por causa da deterioração, as alunas se empenharam a concorrer em como ajudar da melhor forma a arrecadação de fundos para estar pronta para esse grande dia, era uma competição dura para conseguir essa coroa. ― A garota que motivou todos a revivenciar todas qualidades desse lugar, que trouxe momentos como uma retrospectiva, mais tarde teremos o resultado para poder total. ― Agnes olhou para alguns rostos diretamente, reconhecendo o Olly, Jannet e entre os demais. ― Enquanto isso... aproveitem a noite.

Uma delas iniciava uma bela história enquanto uma finalizava uma. Ellie se agonizava naquele silencio torturante no jeep, a garota encarava um ponto inexistente no vidro do veículo enquanto seu namorado a olhava, ele esperava alguma palavra que saísse de seus lindos lábios que ele tanto desejou por todo esse tempo que namorava. Mas nada saiu, ela não queria dizer nada, ela não sabia o que dizer. Ellie queria deixar um momento bonito em sua despedida e não ter palavra que cortava seu coração.

― Ellie... ― ele esperou que ela o olhasse.

E assim ela fez.

― Noah, eu não tenho outra escolha... eu vou partir amanhã de manhã, temos...

― Não! ― Ele a cortou deixando claro sua magoa e negação ao ver que ela havia aceitado tão facilmente sua partida que nem pensou em algo. ― Ellie, você precisa insistir! Sua mãe tem que entender que você tem uma vida aqui. Você cresceu aqui, teve uma vida no qual passou por muitas coisas... ― Sua voz era doce, melancólica e nostálgica como se Ellie pudesse ver em seus olhos o filme de toda sua trajetória desde sua infância. ― Você tem a mim! ― As palavras certa para o que ele dizia era clara, ele falava que ela não precisava fugir pois tinha tudo ali. Mas não funcionava assim, tinha consequências. ― A gente tem que pensar em outra coisa, algo...

― Noah ― Sua voz arranhou sua garganta, seu corpo lutava com todas suas forças para não ter que dizer mais nenhuma palavra e sim o beijar até o momento de sua partida. Ter uma memória para recordar de como foi boa sua partida, porém no fundo ela sabia que ele não iria aceitar, ele era um McLean, nascerá teimoso e não aceitará um não, então pensou em algo necessário. ― Não tem nada que possa fazer. ― Ela pode sentir a mão dele tocar a sua e assim entrelaçar seus dedos, um aperto, uma reposta. ― Vá viver sua vida, você perdeu muito tempo comigo. Eu não quero mais ficar, o que você precisa fazer é... me deixar ir. Porque isso é um ponto final.

A força de Noah foi perdendo gradativamente com cada palavra fria que ele pode ouvir claramente da boca de sua amada, sua expressão se endureceu como se seu coração estivesse fazendo o mesmo, ele escondeu a chama que Ellie tanto adorava sentir. O seu amor era fora do comum, era surreal. Ele dava a sensação de tudo ser fácil. Mas naquela noite, a garota Moore descobriu que não era tudo tão fácil como viveu seu ex-relacionamento.

Doeu? Doeu. Cada palavra que saiu de sua boca era como se vinha acompanhada de navalhas pela sua garganta que agora estava toda machucada assim como seu coração que sangrava. Ela soltou um suspiro ao ver que a força da mão de Noah não correspondia, então ela se desenvencilhou e desviou o olhar sabendo que se ficasse encarando aquele par de olhos castanhos claros, iria quebrar e lágrimas iriam estragar. Então o deixou livre, pois o amava demais para fazer isso. Não havia mais nada para fazer ali, ela já quebrou seu coração e o garoto deixou claro que não aguentava mais olhar sua face assim virando seu rosto para a direção contraria da garota. Ela se virou e saiu do jeep assim o fechando e entrando em sua casa por mais uma longa e triste noite.

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