A perdida na cidade

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Até que ela teve uma ideia...

A ideia era esperar que eles ligassem para ela, e então ela poderia perguntar onde eles estavam e enquanto ela esperava , iria andar pelas ruas procurando por eles.

Ela começou a andar até entrar em uma multidão de pessoas . Ela começou a se apertar entre as pessoas, pedindo licença . Pedrita então começou a lembrar de algo que Júlio havia dito sobre multidões naquela rua.

~Na rua 25 de março tem muitas lojas, roupas, pessoas e ...~ pensou Pedrita , ouvindo quase a voz de Júlio falando, porém ela não conseguia lembrar o final da frase.

Pedrita estava quase com o cérebro queimando de tanto tentar lembrar o que era, enquanto passava pelas pessoas, até que olhando para frente , ela viu um homem pegar a bolsa que uma senhora carregava e sair correndo.

A senhora com a voz cheia de medo gritou:

-LADRÃO!

Ao ver a cena , Pedrita lembrou do fim da frase de Júlio:

~Ladrões.~ pensou a menina

Pedrita continuou seu caminho , agora mais determinada a sair dali com medo de ser roubada. Até que ela finalmente conseguiu sair.

Pedrita pegou o celular e viu que era quase 12:00 , imaginado que os dois iriam almoçar em algum lugar por perto. Ela começou a olhar as lojas, a procura de achar algum restaurante , porém não  achou nenhum.

Pedrita ,  estava começando a perder as esperanças , quando passou pela sua cabeça comprar crédito. Ela então começou a procurar por mercearias e lojas que vendessem, e se alegrou quando viu uma placa ,em uma loja pequena, que dizia :

Vendemos crédito.

Pedrita correu para a loja e foi até o caixa. Cheia de esperanças ,ela perguntou da moça do caixa:

-Oi moça, tem crédito pra Claro?

-Poxa, meu amor , só tem crédito pra Escuro.- disse a mulher e começou a rir com sua piada

Pedrita imitou a mulher e riu junto com ela, mas por dentro ela tentava esconder a pressa que tinha.

-Ótima piada moça , mas tem crédito pra Claro?- perguntou Pedrita com um sorriso falso e agoniada.

A moça fez uma cara de pena e disse:

-Poxa, não tem meu amor, sinto muito.

-Tudo bem , obrigado.- disse Pedrita com um sorriso forçado mas chorando por dentro.

A menina saiu da loja , se sentou na calçada e ficou pensando o que ela poderia fazer.

Pedrita estava quase se desesperando, sua ansiedade a atacava com diversos pensamentos do que ela poderia fazer e onde eles poderiam estar. Sua mente doía um pouco de tanto pensar. Ela estava em um lugar que ela não conhecia, entre pessoas que ela não conhecia. Ela olhou seu celular , a bateria estava quase acabando. Se a bateria acabasse, suas chances de contatar eles iria por água abaixo. Ela bloqueou o celular e guardou.

Enquanto suspirava com tristeza , ela sentiu algo vibrar em sua bolsa. Ela abriu com pressa a bolsa , e pegou o celular que vibrava. Ela viu algo que restituiu suas esperanças : Júlio estava ligando, mas a bateria estava quase para acabar. Ela tinha que ser rápida e objetiva.

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