One-Shot: En Tierras Salvajes - Amparo y Arturo -

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- Amparo y Arturo -
- Noite de amor -

Após o regresso de Daniel e Isabel da lua de mel e para a casa deles, e a ida de Aníbal para a capital, Amparo e Arturo ficaram sozinhos na grande casa.

Era final de tarde, e ambos estavam na estufa conversando.

- E como lei da vida, só restou nós dois. - Amparo disse triste

- Pelo menos temos um ao outro. - ele sorriu a olhando

- Sim! - concordou - E imaginar que, talvez, nem isso eu iria ter. - o olhou - Por um momento, eu pensei que tudo se havia perdido. Ver- te sair de casa naquele dia acabou comigo. - confessou tímida enquanto mexia em um vaso

Arturo sorriu discretamente e em silêncio ficou. Amparo não resistiu e o olhou.

- Por que sorrir? Achou engraçado o meu sofrimento, ou acha que estou mentindo? -indagou séria

- Naquele momento eu pensei que de verdade você já não me amava. Foram tantos anos de acusação, de desprezo... quando você fez tudo aquilo pelo nosso filho, cheguei ao limite. Parecia que você já não se importava com ninguém, nem com o sofrimento alheio.

- Sou mãe, e tento proteger. E assim como toda mãe, eu errei. Achava que ocultando as coisas tudo iria se resolver e sumir, sendo que nunca é assim. - se lamentou

- O mundo seria perfeito se pudéssemos proteger quem amamos, e evitar os erros dos nossos filhos para evitar os nossos, mas nada é assim.

- É verdade! - concordou

- Mas, não vamos falar mais disso. - Arturo pediu e se aproximou - Estamos juntos, e isso é o mais importante. - lhe acariciou o rosto - Graças a carta da Mercedes, você pôde perceber que eu não iria fugir com ela, e que a única mulher que eu sempre amei e sigo amando, é você. - ele sorriu abraçado a ela

- Eu não mereço seu amor. - ela sorriu levemente e tirou as luvas, lhe acariciando o rosto - Eu não mereço que você me ame depois de tantos anos de desprezo.

- Não mandamos no coração, Amparo. Não podemos evitar quando amamos sem limites uma pessoa que apesar dos erros, continua sendo a pessoa mais incrível do mundo, e é isso que você é para mim. Por isso ainda te amo, assim como você me ama. Você acabou de confessar. - ele sorriu

- Sempre te amei. Apesar desse mal entendido, e de todos esses anos, eu sigo te amando. Tentei matar esse amor com cada palavra dita, mas as palavras doíam mais em mim que em você, por que eu ainda te amava, porém, estava magoada.

- É compreensível, mesmo eu sempre tendo negado essa fuga. - ele a olhou - Mas, o que importa agora é que o nosso amor sigue vivo dentro de nós dois, e agora temos muitos anos pela frente para vive-lo.

- Nem tantos, e nem com a intensidade de antes. - disse tímida o olhando

- O importante é o agora, o presente. Estamos na flor da idade, e podemos viver o resto de nossos dias como dois eternos apaixonados que brigam de vez em quando, mas que se amam incondicionalmente. - Arturo sorriu e a olhou nos olhos - E para começar, me beija. - ele pediu

Amparo sorriu e o olhou nos olhos, porém, os olhares de ambos se desviaram para a boca um do outro e em um passar de poucos instantes, eles uniram os lábios.

Amparo envolveu os braços sobre o pescoço dele, e ele a puxou mais forte pela cintura. O encaixe era perfeito, os sabores misturados era pura sensualidade. Como haviam sentido falta desses beijos. Foram anos sem encostarem os lábios, porém, o gosto um do outro jamais tinha sido esquecido.

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⏰ Última atualização: Apr 29, 2018 ⏰

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