Pego o papel e a caneta
Sem inspiração escrevo
Ranjo os dentes, pisco os olhos, penso na morte,
Nas minhas tristezas e na má sorte.
A caneta falha, os dentes trincam e os olhos fecham.
Paro por um segundo, revivo os flash.
Cravo a caneta sobre o papel,
Roubei os últimos segundos para me despedir.
Me despedir da vida,
Me despedir de viver.
A luz celestial está tão forte,
Creio que seja hora da morte.
As rangidas já não importam,
Olhos fechados já não são problemas.
Já não sinto medo, desespero, raiva ou dor.
Sinto paz felicidade e amor.
Me desintegro como se fosse um papel,
E a ultima palavra escrita e inacabada
Seja talvez a chance de um novo começo.
De uma nova jornada,
De um novo fim.
Sinto felicidade, paz e amor.
AUTOR: J. Soriano
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POESIA REFLEXIVA
PoésieConjuntos de poesias e pensamentos de um eu lírico que não é maluco, romancista ou poeta. Sou o eu lírico que sofre, que chora e bota tudo pra fora... e do nada vive rimando, sonhando acordado bem longe da realidade.