Capítulo único

4.6K 378 110
                                    

Vamos de one de natal?

Lindo...
Gostoso...
Chato...
Arrogante...
Insuportável!
Essas eram as palavras que definiam bem o jovem empresário Christian Grey, de vinte e sete anos. Pelo menos na visão da diretora financeira da Grey Enterprise Holding, Anastásia Steele, de vinte e cinco anos, era exatamente assim que ele era. 
— Isso é um absurdo! Onde já se viu trabalhar em plena véspera de natal? Só esse cara pra ordenar uma coisa dessas. - Anastásia resmungou entrando em sua sala. 
— Dizem que ele é um homem muito sozinho. Provavelmente nem sabe direito o que é passar um natal em família. - Katherine, uma das secretárias da empresa lhe contou. 
— Se ele é sozinho, problema dele. - Colocou sua bolsa na mesa. - Agora fazer os funcionários trabalharem é um tremendo absurdo. - A morena de lindos olhos azuis retrucou mexendo em uma pilha de papéis, quando Christian Grey entrou em sua sala e elas se calaram. 
— Bom dia, senhorita Steele e  Kavanagh! - Olhou para Kate que deu um sorriso amarelo. 
— Bom dia! Com licença senhor Grey, vou para minha mesa. - A loira saiu de fininho de lá deixando Anastásia e Christian a sós. 
— Bom dia, senhor Grey. - Ana disse secamente o fitando. 
— Preciso que organize essas finanças, são dos últimos seis meses. - E lhe entregou uma pilha de papéis. 
— Está brincando não é? Se eu organizar isso agora, acabarei apenas de noite. Hoje é sábado, senhor Grey. - Olhou incrédula para todos aqueles papéis. 
— Não sou homem de brincadeiras. - Ajeitou seu terno. - Segunda-feira terei uma reunião com empresários ingleses e eles querem a contabilidade da empresa. 
— Mas amanhã é natal e quero ficar com a minha família. - A morena argumentou. 
— Exatamente, amanhã é natal e você terá sua folga. Hoje não! - E saiu da sala da morena. 
— Que ódio, como esse cara é insuportável... - Reclamou revirando os olhos. - Mas o que tem de insuportável, tem de gostoso! - E mordeu os lábios sapeca.  
[...]
— Ana, já vou indo! - Katherine avisou entrando na sala da amiga. - Tenho que ajudar na ceia lá de casa, mas acho que vai ficar uma delícia! 
— Feliz natal Kate. - A jovem desejou desanimada. 
— Você não vai para casa? Já são 18 horas, o expediente acabou. - A loira olhou o relógio. 
— Sim, mas ainda estou fazendo a contabilidade da empresa. Aquele chato do Grey quer que eu  faça tudo hoje. Mandei mensagem pra minha mãe avisando que talvez, vou me atrasar. 
— Poxa, que pena! Boa sorte amiga, já vou indo então! - A loira se despediu saindo da sala de Ana que continuou mexendo naqueles papéis xingando seu chefe mentalmente de tudo quanto era nome. 
[...]
Christian estava em sua sala olhando para o horizonte. Já havia anoitecido e a cidade de Seattle estava iluminada pelas luzes de natal. A chuva começara a cair e o rapaz voltou para sua mesa e se sentou, dando um sorriso de canto de boca enquanto olhava para uma chave, mas ao ouvir passos apertou a chave na mão. 
— Senhor Grey, aqui está a contabilidade. - Anastásia disse entrando na sala do chefe e lhe entregando uma pasta.
Ele rapidamente, guardou a chave no bolso sem que ela visse. 
— Obrigado senhorita Steele. Está dispensada! 
— Sim, mas já são quase dez da noite. Nem sei se vou conseguir chegar a tempo da ceia com o trânsito que está lá fora. - Reclamou e ele a olhou de relance. 
— Lamento. - Limitou-se a dizer, fazendo-a revirar os olhos. 
— Arrogante... - Xingou baixinho entre os dentes. 
— O que disse senhorita? - A olhou novamente. 
— Nada demais. - Deu um sorriso amarelo e foi em direção a porta, mas parou e voltou até ele. - Senhor Grey, posso lhe fazer uma pergunta?
— Claro. - Afirmou e olhou para a janela, vendo alguns relâmpagos e trovões. 
— O senhor vai passar o natal aqui? Sozinho? - Colocou a mão na cintura. 
— Sim. - Desviou o olhar para a pasta. 
— Por quê? Não tem família?
— Tenho, mas gostaria de comemorar de outra forma, mas não sei se conseguirei. - Respondeu enigmático sem olha-la. 
Parecia incomodado e ela percebeu isso. 
— Ah... Boa noite, senhor Grey. - Foi até a porta. 
— Boa noite, Steele.  
[...]
Frio como uma pedra. 
Era isso que Grey era ou pelo menos, parecia. Mas Ana viu um olhar estranho em seus olhos, e aquilo lhe instigou mesmo ela não sabendo por quê. Um rapaz tão bonito passando a noite de natal sozinho? Era algo triste de se ver.
Anastásia guardou suas coisas em sua bolsa, apagou a luz, saiu de sua sala e caminhou até o elevador para ir embora daquele lugar, quando de repente ouviu um forte estrondo e tudo ficou escuro ao seu redor. 
— O que foi isso? - Levou as mãos ao peito. - Não acredito que acabou a luz! 
— Está tudo bem senhorita Steele? - Christian surgiu segurando seu braço. 
Ao sentir o toque dele, parecia que uma corrente elétrica percorria todo o corpo da morena que se arrepiou dos pés a cabeça e seu chefe percebeu isto. 
— Sim... - Ela se afastou rapidamente. - Só levei um susto ao ver que a luz acabou. 
— Pois é, a chuva está muito forte lá fora. - O homem pegou o celular e acendeu a lanterna do mesmo. 
— Droga, como vou poder ir? Sem luz, o elevador não funciona. - Passou a mão pelos cabelos aflita. 
— De escadas. - Ele respondeu indo em direção a sua sala. 
— Estamos no trigésimo sexto andar, são centenas de degraus! - A morena argumentou. 
— Ou é isso ou terá que passar o natal na empresa. Pelo que notei, é a última coisa que quer. - E entrou em sua sala. 
Anastásia ficou ali parada no escuro, tentando raciocinar.
O que poderia fazer?
Descer centenas de degraus ou aguardar a luz voltar para ir de elevador?
Sem contar que com a tempestade, era improvável que chegasse em casa a tempo de ceiar com sua família. 
Mas e se a luz não voltasse logo? 
A jovem então foi correndo até onde ficavam as escadas porém a porta de acesso estava emperrada ou trancada, não sabia bem, mas o fato era que a porta não abria de jeito nenhum. Verdadeiramente, estava presa ali.
Presa com o senhor Grey. 
— Por quê o senhor é tão frio comigo?! - Ana perguntou invadindo a sala dele sem nem bater. 
— Como assim? - Tirou seu terno e afrouxou sua gravata. 
— Parece não se importar com nada no mundo. Tem horas que é até grosso. - Jogou sua bolsa sob a mesa dele. - O elevador não funciona e a porta de acesso as escadas está trancada. Eu quero sair daqui! - Começou a dar chilique. 
— Desculpe se fui indelicado senhorita, mas posso ser quente se quiser. - E coçou sua barba rala. - Mas acho bom medir suas palavras. 
— Por quê? Vai me demitir só porque disse a verdade? - Provocou-o. - Eu só não quero ter que passar meu natal nesse lugar, ainda mais com o senhor! Mas se quiser me demitir, fique a vontade. - Cruzou os braços fazendo-o sorrir e se levantar. 
— Não, não pretendo te demitir. Mas gostaria de entender porque tem tanta implicância com  minha pessoa. - Aproximou-se dela que deu dois passos para trás. 
— Motivos não me faltam! O senhor é arrogante, presunçoso! Faz as pessoas virem trabalhar em véspera de natal, se acha o dono do mundo. 
— O dono do mundo não sei, mas dessa empresa sim. - A olhou nos olhos fazendo a morena engolir em seco. - Sabe o que acho? Que toda essa implicância tem um motivo. 
— E que motivo seria? - Perguntou vendo-o chegar cada vez mais perto dela, a ponto de sentir sua respiração descompassada. 
— Atração. - Respondeu puxando-a para perto dele. Ana deu um gritinho assustada com a atitude dele e quando deu por si, a boca dele já estava unida a sua. 
No ínicio, foi apenas um selinho demorado mas Christian pediu passagem com a língua e por mais que sua mente dissesse não, seu corpo clamava por aquele homem e por isso, Ana deixou que a língua de Grey invadisse sua boca completamente, provando seu sabor. 
As mãos do rapaz deslizaram pela cintura fina dela. Já as de Ana, acariciavam e puxavam os cabelos dele, enquanto ele mordia de leve e repuxava os lábios dela, antes de finalizar o beijo e ambos se olharem ofegantes. 
— Você... O senhor...  Enlouqueceu?! - Ela perguntou se afastando dele. 
— Sim e não é de hoje Anastásia! - Colocou o dedo sob os lábios e sorriu maliciosamente. 
— Como assim? - Ela indagou confusa. 
— Faz um tempo que estou desejando você. - Prensou-a na parede. - E eu sei que também me quer.
— Mas eu não quero o senhor! - Negou prontamente. 
— Ah é? Então por quê não me empurra? - Ela bem que tentou fazê-lo, mas suas mãos pareciam não querer lhe obedecer. - Anastásia, já está tarde e querendo ou não, você terá que passar essa noite aqui comigo. Você pode optar por passar a noite toda brigando e discutindo, mas se quiser posso lhe proporcionar uma noite bem prazerosa. - Sugeriu e Ana viu os olhos cinzas daquele homem se escurecerem de desejo.
No fundo, ele estava certo. 
Ela tinha duas opções e a segunda, lhe parecia bem mais interessante e provocante. 
Quando deu por si, já estava lhe beijando novamente com entrega e desejo. Suas mãos agora sim lhe obedeciam e desabotoavam a camisa de Grey para em seguida, joga-la em algum lugar do chão. Sem parar o beijo, Christian também removeu o casaco da mulher e logo depois, se afastou para ajuda-la a tirar sua blusa, deixando-a apenas com um sutiã preto e saia do mesmo tom. 
Anastásia envolveu suas pernas na cintura dele que a levou até sua mesa e deitou-a lá, ficando por cima dela. As mãos de Ana  passeavam pelas costas dele, lhe arranhando, tocando e sentindo sua pele quente. Christian desceu seus beijos pelo pescoço, o colo e a barriga dela,  deslizando sua língua pelo corpo da mulher, arrancando vários gemidos que o incentivavam a continuar com aquelas carícias. 
— Christian, isso é tão gostoso... 
Ele removeu a saia da mulher e logo depois, sua calcinha encharcada pela excitação. Christian mordeu de leve e repuxou o clítoris de Anastásia que jogou a cabeça pra trás e pôs a mão sob a cabeça dele, lhe guiando por sua intimidade. A língua dele passeava por toda a intimidade da mulher, que de olhos fechados aproveitava aquele momento como se não houvesse amanhã. Quando sentiu que ela estava perto de gozar, ele parou e ela abriu um dos olhos. 
— O que houve? 
— Quero que goze quando o meu pau estiver dentro dessa bucetinha deliciosa. - Ele disse tirando sua calça, cueca e revelando seu membro duro para ela. 
— Parece tão gostoso... 
— E todinho seu, baby. - E posicionou-se na entrada dela. 
Aos poucos, Christian entrou com seu membro dentro de Ana que gemeu alto e arranhou as costas dele. Grey ficou um tempo parado para que ela se acostumasse com o tamanho, mas logo começou a se movimentar enquanto acariciava o clítoris de Ana e beijava seus lábios. Após algumas estocadas, ele gozou e a morena o acompanhou e ambos ficaram um tempo naquela posição, até que suas respirações finalmente se acalmassem. 
[...]
Agora eles estavam no sofá que havia na sala do homem. Anastásia estava envolvida nos braços fortes de Grey. O sono já estava batendo a sua porta, quando ela foi coçar os olhos e ao olhar para os lados da sala, repletas de roupas dos dois, viu uma chave caída no chão. 
— Que chave é essa? - Perguntou apontando para a mesma. 
— É a chave de uma porta. - Acariciou os cabelos dela. 
— Que porta? - Questionou curiosa. 
— A porta de acesso as escadas. - Respondeu naturalmente. 
— Espera, você está dizendo que... Christian, você escondeu a chave daquela porta? Por quê fez isso?! - Se afastou dele. 
— Porque queria ficar sozinho com você. - Respondeu naturalmente. 
— Você... - Murmurou  boquiaberta. 
— Ah, e antes que me pergunte, pedi ao Taylor para cortar as luzes da empresa também para que você não usasse o elevador. - A cortou revelando tudo. 
— E você fala isso assim, naturalmente? Com essa cara de pau? 
— Exatamente. Não valeu a pena não? - Piscou para ela. 
— Christian, seu maluco! - Foi até ele e deu uns tapas em seu peito.
— Sim, sou completamente maluco. - Segurou delicadamente os braços dela e a olhou nos olhos. - Maluco por você, baby. E não é de hoje. - Ela sorriu com a resposta dele. 
— Isso não se faz. - Se fez de brava. 
— Foi só uma pequena brincadeira, baby. Uma brincadeira que tenho certeza que ainda vai muito longe, afinal, essa noite só está começando...  
— Disso não tenho dúvidas! - Sorriu provocante. 
— Esse vai ser o natal mais delicioso da sua vida. - Ele sussurrou no ouvido dela. 
— Eu sei que vai, Christian. - Sorriu sussurrando de volta.  

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

Oi meninas, tudo bom?
Espero que tenham gostado da one de natal, quando a escrevi (ano passado) foi com muito carinho, viu?
Votem, comentem...
Se vocês votarem bastante quem sabe não rola um bônus um dia, né?
Feliz natal pra todas vocês!!

Uma Pequena BrincadeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora