Promessa

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Gabriel e Ariela andavam por aquelas ruas quase desertas de Juiz de Fora com medo. Medo, talvez, de Willian estar lá e acabar com eles.

As aparências podem enganar sabe? Por quê? Bom, um homem da altura de Gabriel, super bem vestido passou por eles, porém puxou um canivete do bouso e ameaçou os dois.

- Olha aqui, isso é um assalto! Passa o celular, dinheiro, tudo ou enfio essa faca na garganta da garota! - disse o homem.

- Vei, pra que assaltar se você tem dinheiro pra usar terno? - encarou Gabriel.

- Corajoso você, hein!

Antes que o homem pudesse fazer algo, Gabriel desferiu um chute em suas partes baixas o que o atordoou.
O assaltante até cortou levemente o braço do garoto que, deu a mão para Ariela e saíram correndo. Quando pararam, já estavam em frente ao prédio da menina.

- Por que você fez aquilo? - perguntou Ariela.

- Porque eu fiz uma promessa... de que protegeria você ao máximo! E que também vingaria todos que Willian Afton matou! - respondeu Gabriel.

- Por que você quer me proteger ao máximo? - perguntou ela, enquanto subiam no prédio.

- Porque.......

- Diga..

- Uh... você é especial para mim...

- Como assim?

- Olha! Chegamos no seu apartamento! Vamos entrar?

Eles entraram no apartamento, porém, enquanto adentravam nele, viram sangue.. muito sangue. Um corpo de um homem se encontrava lá, inerte e ensanguentado. Logo, os olhos de Ariela se encheram d'água e a garota abraçou a cabeça do cadáver.

- Pai! Me... desculpe... - disse a menina em meio aos soluços.

- Ari... sinto muito...

- Como vou viver agora?

- Você pode morar comigo...

- Não quero te incomodar.

- Eu quero companhia... ando muito sozinho desde a morte do Henrique... . Sabe, no momento em que você perde uma pessoa, você nota o valor dela pra você... saber que eu briguei com ele um dia antes de seu assassinato... é complicado. Então... por favor... fique comigo.

- Está bem... eu fico..

Naquele momento, um sorriu para o outro, uma cena linda. Porém, Ariela entristeceu novamente, desta vez, porque viu o corpo de sua mãe. Havia um corte no pescoço da mulher o que lembrava Mia ao garoto. Gabriel sentou-se ao lado da garota e a abraçou. Ficaram naquela posição por dez minutos. Quando Ariela parou de chorar, pediu ajuda a Gabriel para arrumar a mala.

Ao acabarem, desceram e, logo que Gabriel viu um táxi vago, deu sinal e entraram.

- Você mora na mesma rua dos Hudson? - perguntou Ariela.

- Não só na mesma rua, como no mesmo prédio e apartamento.

- Que doido!

- Eu diria assustador...

- Por quê?

- Eu ainda nasci no mesmo dia que eles... - o olhar de Ariela fica ainda mais assustado - No mesmo dia do ano.. calma haha.. eles nasceram em 1998!

- Ahhh... mas.. você e o Henrique são gêmeos?

- Sim, mas... não éramos iguais... .

Sete minutos se passaram e eles chegaram no apartamento. Claro que Gabriel ajudou a menina a levar a mala até o último andar. Ele mostrou a cama dupla para ela e falou:

- Pode dormir na cama do meu irmão...

- Não... a cama é do seu irmão... não minha!

- Ele faria a mesma coisa, caso o contrário... por favor.. aceite a oferta..

- Tudo bem.. eu fico.

- Obrigado! Eu me sinto melhor assim...

Continuaram conversando até o telefone tocar. Era o Gabri.

- Alô, Gabri?

- KK eae man!

- Bão uai! Qualé!

- Olha, eu vou viajar pra Lavras às 19:00 PM hoje, meu! Até tentei convencer minha mãe a ir amanhã, mas... não deu... malz! E o Iago está de cama queimando em febre! Desculpe, agora é só você e a Ariela. Boa sorte e... mate aquele desgraçado!

- É uma promessa! Obrigado e falow!

- Sério! Volta! Não aguentaria perder mais um amigo. Falow!

Ao desligar, olhou no fundo dos olhos da garota, respirou fundo e disse:

- Você não vai hoje!

- Eu vou sim! Tenho que vingar a morte da minha família!

- Quantas vezes terei de dizer que se eu morrer é uma coisa, mas se você morrer eu nunca me perdoaria!

- Nós não vamos morrer! Temos que libertar minha família, seu irmão e seus amigos! Temos que voltar e ver Mia e Anny despertando.

- Ok, ok, nós dois vamos... para a última noite, a Noite 5.

- Obrigada!

- Não me agradeça!

Ficaram conversando, almoçaram e foram dormir. Acordaram 20:00 PM e se divertiram um pouco no PlayStation 3 e, finalmente, ou melhor, infelizmente chegou a hora de enfrentar a Noite 5.

Pegaram um ônibus e pararam em frente ao portão terciário do colégio.

- É agora ou nunca! - disse Gabriel, abrindo o portão e entrando no colégio, acompanhado de Ariela.

Continua...

Five Nights at Freddy's- School Project (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora