— Já chega! Eu não quero um filho vagabundo! — gritou a velha, descabelada.
— Eu já disse, mãe! Eu só quero seguir a carreira de cantor! É o meu sonho! Eu já sou adulto e não tenho mais que pedir a permissão de vocês pra nada! — eu me controlava, para não chorar, não iria dar esse gosto para meus pais. Tenho que mostrar ser forte. Pelo menos nesse momento.
— Olha só como ele me trata, Yejun! Eu não criei essa criança pra ela me dizer que quer ser um vagabundo de um cantorzinho de merda. O que eu vou dizer pras minhas irmãs? Onde já se viu! Uma família de advogados e engenheiros, trabalho de verdade, e você aí querendo uma vida pra ganhar esmolas na rua!
— Ei... Nari, já chega, acho que ele já ouviu o suficiente... — A voz rouca de meu pai falhava um pouco.
Um choque de realidade parecia ter percorrido pelo corpo da minha mãe, ela estava cegada pela raiva, sempre tendo esses transtornos súbitos, sempre brigando por nada, eu já estava cansado dessa mulher.
— Filho... Acho que o que sua mãe quis dizer... é que a gente tá preocupado, porque o que você quer é difícil... Nós estamos receosos de que você possa não ganhar tanto dinheiro ou o sucesso que você merece...
— Eu não me importo, é isso que eu amo, é isso que eu vou fazer, se vocês não conseguem me aceitar do jeito que sou, então acho melhor eu ir embora.
O olhar de meu pai entristeceu-se, eu o amava muito, mas eu nunca pude entender por que ele se apaixonou por minha mãe... Ela era fria, parecia nunca exalar sentimentos bons... Apensa raiva, ódio, tristeza...
Desde pequeno, minha casa sempre foi vazia de amor, principalmente por parte dela, nenhum espírito materno existia. Meu pai, mudou com os anos. Antes, um adulto rabugento, cansado da vida, do trabalho, da família.
Acho que, o que o mudou, foi a morte da minha irmã, Hyerin, ela morreu faz 4 anos, com 8 de idade, ela era a alegria da casa, era a razão pra eu ter enrolado pra ficar aqui, eu queria que, pelo menos ela, fosse criada com carinho, com amor. Infelizmente, ela desenvolveu um tumor no pulmão, que não havia sido tratado a tempo, minha mãe achava que era apenas teatro para faltar ao colégio, e meu pai nem sequer se importava. Eu sabia que ela não estava mentindo, mas... naquela época, eu não podia fazer nada. Agora eu sei que eu devia ter insistido mais.
— Seu... menino ingrato! Eu te dou casa, educação, roupas e mais um monte de coisas pra você jogar tudo fora pra ir atrás de uma carreira de bosta. — A mulher chegava a ranger os dentes, não era à toa que eu queria sair de casa o quanto antes.
Saí da sala entre passos rápidos pra entrar no meu quarto, e tranquei a porta às pressas. Eu precisava de um tempo sozinho. Dava pra escutar os dois brigando lá fora. Eu não aguentava mais.
Comecei a fazer minha mala, ou melhor, uma pequena mochila, os suficiente para levar algumas roupas, bastantes cuecas, algum dinheiro que eu tenho guardado e outra mala para meu violão.
Assim que terminei de arrumar minhas coisas, a casa já estava escura, minha mãe já estava dormindo.
Passei pela sala, e dei uma última olhada naquela casa, as cortinas brancas, o chão de madeira, o sofá marrom, totalmente clichê e feio, mas confortável, perfeito pra passar a tarde toda jogando videogame e continuar confortável, sem dor nas costas. Olhando por outro lado, era uma casa melancólica, e triste... Eu só conseguia lembrar das brigas que aqui aconteciam quase toda tarde, mal podia esperar pra me livrar deste lugar, assim que saísse por aquela porta velha e que rangia, nunca mais eu iria voltar...
De repente, meu pai aparece, tomei um pequeno susto pela luz que ele acendeu e minha cabeça doeu, por um pequeno instante, por causa do brilho intenso daquela lâmpada.
Olhei pra trás e ele vinha lentamente em minha direção.
— Ah... Filho... tem certeza do que está fazendo? — seu olhar era disperso e triste, o sentimento de arrependimento era notório.
— Sim, pai, eu preciso fazer isso.
— Nesse caso, toma aqui um dinheiro que estava guardando, eu espero que você fique bem, meu filho. Eu me arrependo muito pela pessoa que eu era, por favor, filho, me perdoe por tudo que eu fiz, deveria ter cuidado mais de você... E deveria ter prestado mais atenção à Hyorin... — Ele continha suas lágrimas. Nós nunca superamos Hyorin, em uma das brigas, eu disse aos meus pais que eles eram os culpados pela morte dela, desde então Yejun começou a mudar... Virou um homem melhor, mas, infelizmente, só conseguiu mudar quando alguém já estava morto. Depois daquela conversa, ele começou a se culpar e tornou-se mais exigente quanto a si mesmo. Uma vez, o peguei chorando enquanto segurava um retrato de Hyorin, balbuciando "me desculpe".
— Pai... eu... Obrigado.
Peguei o dinheiro e saí.
Aquelas foram as últimas palavras que eu lhe disse, sem saber que nunca mais o veria novamente.
— Adeus, Busan. Agora meu destino é Seul.
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Oieeeee
Por favor, peguem leve, essa é minha primeira fanfic Jikook (ou de qualquer outro shipp), espero que tenham gostado e, por favor, deixem sugestões, dicas e críticas pra que eu possa melhorar minha escrita.Sério, me digam o que acharam :3 plz
Beijos de luz
~K-chan
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Forbidden love [jikook] Jjk+Pjm
Fanfiction" O que é amor pra você? Eu não sabia o que era, nunca tinha sentido na minha vida, nem mesmo pelos meus próprios pais. Desde que fui expulso da minha casa, minha vida ficou totalmente vazia, mais do que já era... Sem casa... sem dinheiro... sem am...