Prólogo.

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- Só aconteceu.

- Quando aconteceu?

- Acho que sempre existiu, mas… Foi quando naquela tarde de verão, o sol batendoem seu rosto e aquele sorriso… Aquela droga de sorriso… Foi aí que percebi que eu sentia alguma coisa por… Ele.

Meses Antes.

Já ouvi falar que mudamos algo fisicamente ou até mesmo de cidade, casa, etc., porque estamos numa fase ruim, se sentindo mal, ou passando por circunstâncias nada boas, ou seja, quando tudo está dando errado. Odeio mudanças.

- Vamos filha! - minha mãe me chama pra entrar no carro.

Nesse exato momento estou deixando tudo para trás, amigos, casa, escola, parentes, e até mesmo meu cachorro que ficou na casa da minha tia. Odeio mudanças pelo motivo de deixar tudo pra trás e ter que conhecer tudo novo, principalmente pessoas e conhecer pessoas não é o meu forte. Além disso, terei uma casa nova, vizinhança nova e escola. Minha mãe tenta me convencer que a ideia é super boa, que chega certo momentos da vida que temos que nos adaptar ao novo, complementou dizendo que a oferta de emprego que ela recebeu é irrecusável. Bom, ela conseguiu, não completamente, mas conseguiu depois de muito esforço. Ela me convenceu. Na verdade, eu faria de tudo pra ver minha mãe feliz, e ela fazia o mesmo por mim, eu estou indo para o melhor colégio particular da cidade, indo morar numa das melhores casas da vizinhança, esse era o jeito dela querer me agradar. Isso não era um sacrifício para ela, já que seu trabalho disponibilizava todo esse direito. Eu não ligava por ter tudo do bom e do melhor, pra mim não fazia diferença e eu não fazia questão de ter, mas ela sim, não que isso a tornava uma pessoa ruim. Porém tornava outras pessoas ruins. Outro motivo para não querer estudar numa escola particular, todos lá seriam orgulhosos, se achando as melhores pessoas do mundo, se sentindo superiores.

- Nada mal, não é? - fala ela parando o carro na frente de uma casa. Enorme, com cores nada chamativas, o que chamava a atenção mesmo era o tamanho. O quintal que ficava logo na entrada era lindo, bem cuidado,verde e nada de portões, tinha um caminho, como uma trilha de pedras, que passava da calçada pelo gramado até a escada, que dava na varanda e assim a porta de entrada.

- É! - foi a única palavra que saiu da minha boca.

- Eu prometo que você vai gostar. - ela falou animada saindo do carro, tentando me passar o mesmo sentimento e me convencer que tudo foi uma ótima ideia.

Antes de tirarmos qualquer coisa do carro, optei para conhecer a casa. Essa era a hora de conhecer a casa nova, o começo do novo. Abri a porta. Logo na entrada havia uma escada, bem na minha frente. Nos meus lados haviam aberturas maiores do que uma porta. Na direita levava a cozinha bem moderna no caso, com um balcão separando a mesa de jantar dos instrumentos de cozinha. Na esquerda, a sala. Subindo as escadas, outro corredor com seis portas. Pra que tanto quarto? A última porta da direita era o banheiro, o que resta 5 quartos. Minha mãe ficaria com o quarto da suíte, como ela disse: Nada mais justo. Um quarto seria meu. E o outro seu escritório, sobrando dois quartos. Enfim, nada que me interesse no momento. Fui para baixo, reparei que no fundo da sala, havia outra abertura de porta, que dava continuação do corredor, a traseira da escada, que fazia encontro com a abertura do fundo da cozinha. Bem na costa da escada, havia uma porta que levava para o porão. E ali naquele mesmo corredor a porta dos fundos, era de vidro e de correr, era oposta a de entrada, que levava a outro quintal, com uma churrasqueira e mesa de piqueniques. Se por fora a casa era chamativa pelo seu tamanho, por dentro era pelas suas decorações. Não posso esconder que é bonita demais.

Vou até o carro, pego as minhas coisas e arrumo tudo ao meu gosto e jeito. Ajudo minha mãe com algumas coisas também. Até enfim terminar. Exaustas. Mudança é cansativo. O bom é que essas casas já vem mobiliadas, assim o que resta trazer são utensílios pessoais.

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