1° Dia.

11 2 0
                                    

Uma música chata ia aumentando de volume cada vez mais: despertador. A preguiça veio, mas não podia perder o 1° Dia de aula. Me expreguicei. Logo me pus a levantar e me arrumar.

- Kerry, você vai chegar atrasada. - grita minha mãe no andar de baixo.

Como já estava pronta, desci, ignorando completamente o que ela falou.

- Estou indo, beijos. - ela sai apressadamente. "Depois fala que sou eu a atrasada".

É incrível como minha mãe conseguia ser tão elegante, até nos momentos menos formais ela estava produzida. Hoje foi uma blusa branca, dentro da saia de mesma cor que seu terninho cinza, um salto, e o inseparável batom, de cor forte, sempre chamativa. E eu, aqui de calça jeans, AllStar e uma blusa colada da cor azul escuro. Fui até a cozinha e peguei uma maçã. Peguei a minha mochila e sai rumo ao meu novo Colégio. Decidi ir a pé, minha mãe até me ofereceu carona, mas recusei, pois quando eu estava caminhando no dia anterior, pude ver onde ficava o Colégio, não era longe da minha casa. Além de que caminhar é bem mais relaxante.

Certeza que seria toda aquela baboseira de 1° Dia de aula, só ouvindo pessoas falarem. "Isso vai me dar sono". Chegando perto do Colégio, já conseguia ver o movimento de pessoas, de ônibus, carros. Ainda mais perto, pude ver vários grupinhos de pessoas, eles riam, estavam felizes, pareciam que tinham muito papo pra por em dia. Era totalmente Heterogêneo. Cada um com seu estilo. Havia umas meninas fazendo de tudo para os meninos as notasse, o que era cômico. Eu estava atravessando quando com ato de reflexo dou um pulo pra trás e o carro que quase me atropelou parou, fazendo barulho de freada. Olho, era uma menina de cabelos castanhos mais claros que o meu, estavam presos, e seus olhos azuis estavam arregalados. Ela estava assustada.

- Ei! Presta atenção. Não sabe dirigir não?  - grito brava, fazendo todos olharem. Ela sai do carro, o deixando ali parado no meio da rua. A sua expressão de espanto havia sumido, no lugar uma expressão de raiva, provavelmente foi pelo o que tinha acabado de dizer ou fazer.

- O que você disse? Eu tenho que prestar atenção? - fala apontando pra si mesma. - Sabia que existe faixa? Se não quiser morrer da próxima vez, é melhor usar ela. - grita no mesmo tom que eu, apontando o dedo bem na minha cara.

- E se você prestasse atenção, isso não teria acontecido. - antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, buzinas começaram a soar. Ela me olhou, mas hesitou em falar algo. Bufou e foi até seu carro para tira-lo da passagem de outros, batendo a porta do mesmo, fazendo questão que eu escutasse. E eu por fim, continuei meu caminho, com uma cara fechada, estava brava, ela nos fez fazer todo um show na frente do Colégio, sendo que ela que estava errada, certo?

Fui a passos largos pra dentro da escola, precisava achar a sala do diretor antes que batesse o sinal. Vi um menino encostado na parede mexendo em seu celular. Então, resolvo perguntar:

- Pode me dizer onde fica a sala do diretor? - pergunto.

- Vira a terceira direita, final do corredor. - responde sem tirar a atenção do dispositivo.

- Obrigada. - agradeço mesmo sabendo que ele não se importava.

Sigo o caminho indicado e chego onde queria chegar. Bato na porta esperando uma resposta.

- Entre. - fala. Entro e o homem de cabelos grisalhos olhava alguns papéis em cima da mesa, até que se encontrou a mim que se levantou imediatamente. - Senhorita Mendes, é um prazer conhece-la. - estende sua mão e eu correspondo. O homem não era velho, o cabelo era mais um charme do que idade.

- O prazer é todo meu. - sorrio.

- Eu sou o diretor Herrys. Peço que se sente… - aponta para uma cadeira na frente de sua mesa. - aguarde um momento. - pediu e pegou seu celular.

Tudo Novo.Onde histórias criam vida. Descubra agora