Capítulo 1

103 47 25
                                    

Acordo muito atrasada, então só me arrumo e saio correndo de casa, nem da tempo de responder a minha mãe que me grita de longe:
- Atrasada de novo Savanna?!
Do portão de casa eu vejo que perdi o ônibus e tenho que esperar mais meia hora pelo próximo, então hoje na certa levarei uma bronca.
Ao chegar no trabalho minha chefe já me chama direto para o escritório.
Trabalho em uma loja de calçados como vendedora, ultimamente as vendas não estão indo bem e não consigo bater a minha meta por dois meses seguidos, talvez três. Isso com certeza não agrada minha chefe e eu ainda ajudo chegando atrasada.
Sra. Carmen uma mulher linda, deve estar a beira dos 40 anos, mas ela aparenta nem ter seus 30. Cabelos pretos no ombro, pele muito branca, na certa não pega uma praia à uma década, olhos castanhos, muito comuns. Embora sua beleza parece ter sido herdadas das deusas gregas. Nascida por sorte em berço de ouro, nunca teve de passar por dificuldades, mas ainda sim se preocupa com a vida de seus funcionários.
Antes mesmo de a porta fechar ela já começa a falar:
- Savanna, o que está acontecendo com você? Não está batendo as metas e de uns dias pra cá está cada dia mais atrasada.
Fecho a porta atrás de mim.
- Me desculpa Sra. Carmen, esse atraso não irá se repetir e irei me esforçar mais pra conseguir bater as metas. Abaixo a cabeça e apenas olho os meus pés, ela segue para a sua mesa.
- Savanna eu vou te dar mais uma chance, mas quero que saiba que será a última. Pois estou te dando essas chances, porque eu sei que não anda fácil as coisas na sua casa. Mas você não as aproveita. Você sabe que o que mais tem aí fora é gente precisando de serviço não é?
- Sei sim, me desculpa, vou fazer de tudo para não perder essa chance.
- Então pode começar apartir de agora e tenha um bom dia.
Ela gira a cadeira, lê os e-mais e eu começo o meu dia de trabalho.
Luci como sempre observadora diz baixinho:
- Ela acordou de mal humor hoje foi?. E da o seu sorriso de lado para que ninguém perceba.
- Hoje ela está com a sua razão, nos últimos meses não consigo me concentrar nos meus afazeres. Antes de ouvir o que ela tem a dizer, vejo que um cliente chega a loja. Um que por sinal nunca havia passado por aqui, com toda a certeza está a passeio.
- Olá, bom dia! O senhor precisa de ajuda?. Então ele distraído nem me olha, apenas responde que não e eu fico por ali mesmo, mas não muito próxima. Pois como Sra. Carmen diz: " os clientes precisam respirar, mas esteja sempre por perto para o caso deles precisarem de algo".
Fico ali a observar e acho que fico observando até demais (esse pensamento me fez rir um pouco alto) então o cliente acaba que percebe, eu finjo ser um espirro, mas ele vai até mim assim mesmo.
- Algo de errado moça?
- Não perdão, eu só tenho alergia de poeira.
- Na minha percepção aquilo não foi um espirro.
Eu fico corada de vergonha, por sorte Luci percebe e vem me salvar.
- Savanna, eu preciso que vá arrumar as prateleiras lá de trás por favor, Pode deixar que eu termino aqui.
- É.... A.. Sim, estou indo.
E saio, meu Deus o que acabou de acontecer? Que vergonha! Como posso pensar nessas coisas com o cliente estando na minha frente?
Ele era lindo aparentava ter a minha idade. Moreno claro, olhos cor de mel e uma boca que nossa... Me fez respirar fundo.
Quando vejo que ele já foi vou até Luci para agradecer.
- Nossa você me salvou, muito obrigada!
- Não fiz isso por você, fiz por mim!. Ela faz um cara de safada e se dirige ao cliente que acaba de chegar a loja.
Luci uma garota bem comum, embora seja muito bonita, apenas alguns anos mais velha do que eu. Tem um filho de 4 anos Lucas, foi casada por 6 anos. Mas há uns 4 meses atrás se separaram, ele havia lhe traído com uma garçonete de uma pizzaria que eles frequentavam.
Embora casamentos sempre acabam sendo difíceis após seus términos, ela nunca aparentou estar abatida. Mas sabíamos que ela sofria, não por ela, mas por seu filho.
Termino o expediente e vou embora.

Do trabalho vou até a minha casa tomo um banho, descanso por algumas horas e parto para a escola, que para minha alegria é apenas dois quarteirões da minha casa.
Sou a única da minha sala que trabalha e estuda. Então eu meio que não faço parte de nenhum grupo de garotas, pois não tenho tempo para sair nas madrugadas com elas. Isso não me impede de conhecer algumas delas, até porque são alguns anos com a mesma turma.
Porém hoje a escola está agitada com a chegada de um aluno novo, isso não acontece a bastante tempo, então acaba sendo o acontecimento do ano.
Quando estou indo pra casa o tal aluno passa por mim daí que entendo o porque as garotas ficaram tão agitadas com ele. Era aquele cliente, ele me olha, mas me olha como se nunca tivesse me visto antes. Logo percebo que é daqueles Boys filhinhos da mamãe, que pensa ser a atração do momento (embora ela esteja sendo). Todos o estão olhando, até mesmo os garotos.
Finjo não repará-lo e vou embora.
Chego em casa tomo outro banho e me jogo na cama. Para o meu azar aquele menino não sai da minha cabeça, eu ao menos sei o seu nome. Isso pouco me importa.
Nem consegui falar com a minha mãe nem meu pai, cheguei tão cansada que nem parei para jantar.
Minha mãe é dona de casa, meu pai trabalha na polícia, então quando ele está em casa ou eu estou cansada ou é ele que já está no quarto apagado.
Nem pego no meu celular está noite, pois não posso perder a hora mais uma vez. Quando dou por mim o alarme já está tocando.

Caso goste da história deixe teu comentário ou voto e continue lendo esta história. Quero lhes surpreender ao longo da trama, então não deixem de me seguir e me ajudem a ter cada dia mais leitores. Obgdo!

Nas Mãos De Um FugitivoOnde histórias criam vida. Descubra agora