Tarzan - AU Larry Stylinson

5 - New Laws in England

A movimentação na manhã de Natal da realeza britânica estava perturbada. Crianças corriam para cima e para baixo com caixas de presentes em seus braços, homens importantes chegavam cada vez mais na sala do rei e suas esposas tagarelavam na sala de estar com suas xícaras de chá.

Quem visse a cena, acharia um tanto machista. Os homens cuidavam dos negócios e apenas eles podiam decidir o que era melhor para a economia do reino, já as mulheres apenas tinham o dever de tomar chá e cuidar de seus filhos. Louis achava aquilo fútil e tolo, mas de fato era.

Faziam dois dias que o menino não ia para o bosque checar Harry e Liam, na última vez eles haviam ido ao museu de relíquias históricas e o cacheado quase borrou as calças assim que viu um esqueleto de alce, ele jurou que conversava com vários animais com chifres, inclusive os alces.
Algumas vezes, quando Louis teimava em levar os garotos para passear, era necessário correr para achar vestimentas decentes para eles usarem. Em um parque não é permitido homens pelados e peludos andando por aí, seria maluco.

Naquele dia, o príncipe estava esfregando a sola de seus sapatos no chão de madeira, o garoto estava tão nervoso e ansioso, seria a primeira vez que ele participaria de decisões políticas no reino.

Desde milhares de anos atrás, a Inglaterra foi tomada pela monarquia e apenas a família real poderia dar opiniões e decidir o que é o melhor para o povo, mas com a evolução dos anos, a monarquia passou a ser mais moderna. Nunca deixou de ser governada pela realeza, mas agora os homens importantes também poderiam opinar, bastava você puxar o saco do rei e sua ideia seria ouvida por todos.

O principal puxa saco era Albert. Ele vem enchendo o rei de riquezas desde o nascimento de Louis, sempre convidando a família Tomlinson para festas em ilhas privadas e presenteando os filhos do rei com jóias feitas em ouro puro, valia milhares de euros.

Louis nunca fora um menino fútil e toda vez que alguém lhe agradava com tais futilidades, ele agradecia e negava educadamente, dizendo que o melhor presente para dar a ele era a compaixão. Em alguns lugares do mundo, o príncipe seria chamado de good vibes, pois o essencial para ele sempre era a paz e o amor, nada além e nada menos.

— Todos sentados, o rei irá se pronunciar. – o braço direito de Mark bateu delicadamente com uma colher contra o cristal da taça, causando um barulho agudo para chamar a atenção dos homens barulhentos.

O rei afastou alguns centímetros de sua poltrona real, erguendo seu corpo e levantando lentamente por conta da coluna dolorida, fez um pequeno pigarro com sua garganta e começou a declarar as novas mudanças no reino:

— O fim deste ano está próximo e um novo começo vem em direção ao nosso povo. Como rei, devo dar do bom e do melhor para as pessoas que vivem neste país. Este mês andei fazendo gráficos e analisando o rendimento econômico da nossa Inglaterra, logo percebi que gastamos euro desnecessário com famílias que não há mais solução.

— Como assim, rei? O que quer dizer com famílias que não há mais solução?

— Pobres, meu caro. Mês passado, meu filho Louis, gastou em torno de 30 mil euros apenas para uma aldeia abandonada no começo do bosque, comprando brinquedos para as crianças e alimentos não perecíveis. Esse dinheiro deveria ser usado para famílias que têm condições de colocar seus filhos em escolas, não há necessidade de ajudar pessoas que já estão na miséria, devemos evitar a miséria e isso será evitado focando nos mais beneficiados.

— Essa é a maior merda que eu já ouvi. Sinto vergonha de ter sido nomeado em meio a esse discurso chulo. Os pobres também fazem parte da Inglaterra e você querendo ou não, eles precisam ser ouvidos e ajudados, mas você só se importa com quem divide uma ilha com o senhor, rei. – Louis cuspiu cada palavra com o maior tom de repulsa que ele poderia demonstrar. Estava incrédulo que o rei poderia ser tão nojento em achar que pobres não fazem parte da população, aquilo era de longe a coisa mais idiota que ele ouviu em toda sua vida.

Mas a pior coisa que passava pela cabeça de Louis, é que essa lei seria imposta de qualquer forma no reino, e a única desculpa que o príncipe dava para poder ver Harry, era as doações para as aldeias pobres no bosque.

Como ele iria ver o cacheado se as doações não serão mais permitidas? Como ele irá acender a chama desse amor proibido se agora havia novas leis na Inglaterra?