Quarta

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* Eu tinha esse cap perdido aqui, e resolvi postar, além disso pensei em reajustar a história e continuar escrevendo. O que vcs acham? (só vou continuar se vcs quiserem) *
Que sol do demônio é esse na minha cara tão cedo? Tento levantar da cama pra fechar minhas cortinas, mas só tento mesmo. Minha cabeça dói e tudo ao meu redor gira. Sem contar meu corpo que não quer se mover. Meus pés doeeeeeem. Meu deus! Eu por acaso levei uma surra enquanto dormia? Enquanto dormia... Enquanto... EU TAVA VOANDO? Aquilo não foi uma sonho. EU tenho certeza. Mas porque eu iria voar nua no meio da noite? Ainda mais na chuva?

Aos poucos as lembranças do bar/lanchonete/boate de ontem a noite começam a voltar fazendo minha cabeça doer mais a cada copo de Vodka q lembro ter tomado. Estremeço só de lembrar da queda. Mas como eu vim parar aqui de pijama? 

AAAAAAAAAAAAAA não não não não. Alguém por favor me diz que eu não transei com o Aiden. Não posso ficar perto desse demônio que chamam de homem. Pego meu celular no criado mudo e já está no meio da tarde. Meus pais já devem estar voltando. Com muito esforço consigo me levantar. Tomo um banho, faço minhas higienes e coloco um biquini bem pequeno. Já que não dá pra disfarçar a cara de ressaca, passo um brilho labial pra não aparecer o ressecado da boca e coloco um óculos escuro.

Agora só preciso comer alguma coisa e ir pra piscina. Desço as escadas indo pra cozinha onde consigo ouvir a voz do Aiden ficando mais alta. Ele está no telefone com certeza falando com alguma puta.

- Ela ainda ta dor-dormin meu deus. - ele ta falando de mim? Com a puta dele? Ele deveria pelo menos não gaguejar ao me ver.

- Então, tia. Ela acabou de acordar. - meu pai do céu. É a minha mãe. Desculpa, mãe. Mil desculpas. Ele afasta o celular do rosto abafando o som. - É a tia Amara. Ela disse que só volta sábado e quer saber se você quer ir pra casa da Alicia. - me aproximo dele chegando o celular pra perto da minha boca.

- Já tô grandinha, mãe. Posso me cuidar e ficar em casa. - solto o pulso de Aiden e vou pra geladeira. 

- Pois é... Você ouviu... Que isso, tia... Não vai ser incomodo... - sonso - Tchau, beijo... também amo vocês.

- Ama é? - pergunto ironicamente sentando no balcão e mordendo eu sanduiche natural.

- Você também deveria amar depois de ontem - imediatamente eu engasgo. Levanto os braços ao tossir na tentativas de conseguir respirar. 

- O que aconteceu ontem? - pergunto com dificuldade.

- Eu preciso dizer que eu estou completamente apaixonada por esse teu corpinho. - ele fala jogando a cabeça pra trás.

- Aiden, não se atreva a... - cancelo a frase e solto meu sanduiche. Vou direto pra piscina mergulhando fundo. Consigo prender a respiração por mais segundos que o normal. Deve ser o alcool anestesiando a dor dos meus pulmões. 

Não tem como ter rolado algo. Eu não tô sentindo nada. O que exatamente eu deveria sentir? Ele deve estar só me zoando. Com certeza. Fico debruçada sobre a borda da piscina com o óculos no rosto, de olhos fechados, tentando relaxar e pensando na vida ( no caso, no Aiden).

Começa a escurecer e a minha barriga começa a roncar. Não sei que milagre o insuportável não veio até aqui me encher o saco. Mas é falando no demônio que aparece. O deus grego/demônio/insuportável/babaca passa pela porta só de sunga com uma caixa de pizza, equilibrando copos em cima e com um litro de refrigerante na outra mão. Ele senta na borda da piscina ao meu lado e coloca refrigerante nos copos. Depois abre a caixa de pizza e tira uma fatia que me entrega, tirando uma pra si logo em seguida. 

Comemos em silêncio absoluto, até que... - Não vai falar a verdade sobre ontem? - pergunto entre uma mastigada e outra mordida.

- Mas eu falei a verdade. Adorei ver teu corpo. Você nua consegue ficar exponencialmente mais linda. - Se eu tô surpresa com o elogio? Nem um pouco. Surpresa eu to mesmo por ver que ele sabe o significado de exponencialmente. 

- Nós...? 

- Que saber se nós transamos? Não! - me bate um alívio enorme carregado de decepção. Não era pra eu me sentir assim. - Você caiu e eu te coloquei nos ombros, te trouxe pra casa, tirei tua roupa e eu juro que se eu tivesse tomado toda minha bebida eu teria feito uma besteira, mas apenas te dei um banho, te vesti e deixei dormindo.

- Por que exatamente você não tentou nada? - Eu tenho algo de errado?

- Como assim, maluca? Você estava desacordada de tão bêbada. 

- E daí? Se fosse outra você não teria pensado duas vezes. O que eu tenho de errado? - o problema só pode ser eu. Ele joga meu cabelo molhado pra trás e me entrega o copo com refrigerante. Se levante e antes de começar a andar me olha mais uma vez.

- Realmente não teria. Mas não era qualquer uma ali. Era você! - só então ele sai sem olhar pra trás

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⏰ Última atualização: Jul 24, 2020 ⏰

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