06. hide and seek

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louis tomlinson

quando mamãe disse que podíamos brincar do lado de fora eu corri gritando por meu amigo, mal esperando ele terminar de vestir seu sweather para o levar ao jardim.

de certo a mãe nem percebeu que havia um pouco de gelo na grama, senão obviamente não teria deixado. harry achou melhor contar, eu lhe direcionei um olhar mandão e ele imitou uma chave, fechando a boca.

- você conta! - grito e saio correndo, para ter mais tempo de me esconder.

o mais velho vai para a parede da varanda e conta até dez, quando chega no último número eu mal posso ouvi-lo.

- pronto ou não, lá vou eu.

rio baixinho quando vejo seus sapatos azuis passar na minha frente, mas paro, porque o movimento faz os galhos da moita me penicar todo.

harry demora tanto que me encosto na parede, e ele só me acha porque ela estava molhada e por isso emito um som de surpresa.

- sua vez de contar. - o de olhos verdes arrasta a última palavra enquanto corre, eu faço o mesmo para que não dê tempo dele se esconder tão longe.

- tia jay! eu perdi o louis, eu não sei... - quase engasguei com o pedaço de bolo quando vi harry entrar chorando na cozinha, com uma mão tapando um olho e a outra secando na blusa.

- louis está aqui há um tempão, harry, não parou de me importunar até que eu lhe desse bolo. você quer? está quentinho.

- você esqueceu da brincadeira? eu pensei que você tivesse sumido. - os olhinhos verdes estavam quase sumindo no inchaço do choro, harry subiu no banco ao meu lado e ficou olhando para o nada.

- perdão, hazzy. eu sou muito distraído, muito bobo. - tossi, eu estava falando rápido demais. - você não vai deixar de ser meu amigo, vai?

o menino continuou fungando, olhando para a frente, ingnorando totalmente o amigo de olhos azuis.

- okay, é a sua vez. vou me esconder e pode me deixar a tarde toda sem sair do esconderijo, é o meu castigo.

o de olhos azuis balançava o braço do amigo, para ele aceitar a proposta, mas no fundo sabia que harry nunca guardaria raiva no coração.

- tudo bem. mas serei eu a procurar duas vezes! para compensar.

louis assentiu sem pestanejar. faria tudo que pudesse para tinhar o rostinho triste do amigo.

em seguida, correu para se esconder.

o primeiro local escolhido foi entre seus bichos de pelúcia, até mesmo pegou uma tiara com desenho de onça da sua irmã para o disfarce.

- uau. que animaizinhos fofos. - o mais novo abriu mais os olhinhos, harry poderia perceber a diferença já que os brinquedos sempre tem olhos enormes, mas que nem assustam nem nada.

- mas eu prefiro o que é de verdade. - o cacheado puxa o sapo gigante da minha frente. - achei você, lou!

- puxa, que rápido.

- eu sou o melhor em encontrar.

- é mesmo. - comento, dando um coçadinha no nariz, é muita pelúcia, acumulou pó.

- sou eu que conto de novo! - harry sai correndo, e eu também, para haver mais tempo de achar o próximo esconderijo.

eu corro para o quarto da mamãe, e tenho trabalho para alcançar o topo de uma sapateira, mas pelo menos fico confortável, meu corpo pequeno me permite ficar em perninhas de índio.

- loueeeh. - quase respondo, mas esqueço que é harry chamando.

ouço seus passos apenas no corredor, mas ele não entra no quarto, acho que porque pensa ser falta de educação.

conto os objetos no quarto, risco o dedo em formas invisíveis na parede, harry demora muito para me encontrar.

quando meus olhinhos estão quase se rendendo ao sono, o garoto abre a porta com tudo e me assusta, ele dá risada, mas me ajuda assim que percebe meu choque ter sido enorme.

- vem, lou. - o cacheado me faz ir para suas costas, e eu me prendo bem, contando seus passos demorados até o andar de baixo.

- quer brincar mais, harreh?

- oh não, eu cansei, principalmente de brincar de cavalinho.

harry se senta e eu fico atrás dele, mesmo que apertado, e ele liga a TV para que possamos fazer algo.

infelizmente o horário dos nossos desenhos já acabou, dá pra perceber também porque o carro do papai dele estaciona do lado de fora.

ao mesmo tempo vejo mamãe ir para a porta, ela a abre e beija papai na boca. eu olho para harry com uma careta na cara, ele faz o mesmo e a gente ri.

- não começa, mark. - olho para minha mãe e ela não está muito feliz, logo desvio o olhar, crianças não devem se meter em conversas de adultos.

ele passa por eu e meu amigo acelerado, nem me abraça e levanta do chão como é de costume.

me chacoalho para sair de cima do móvel, e corro para a mamãe.

- porque papai está bravo comigo?

a mãe olha para os degraus que ele termina de subir e depois se abaixa um pouquinho só.

- ele não está, é cansaço, mais tarde ele vai ao seu quarto para contar histórias e fazer cócegas.

sorrio para ela, e corro de volta para meu amigo de cabelo cacheado.

mesmo ele sendo mais velho, não deve ter brigas entre os pais, eles parecem se darem melhor que os meus. então eu invento qualquer coisa para que ele não ouça a discussão lá em cima, mesmo que eu, esteja prestando bem a atenção.

•••

louis no modo "harry vc quer o mundo? eu te dou." sz

demorei né, bicho perdão

logo volto 💓💓💓

boys things • l.s {shortfic}Onde histórias criam vida. Descubra agora