O Cajado de Quione ● Pjo/Hdo.

❦ 乇special ∂e ɳatal/ɑno novo

Gente, gostaria de dar uns avisos antes de começar esse capítulo.

1- Se passa 3 meses antes da missão da Luíza.

2- O cajado tinha acabado de ser roubado.

3- Escutem essa música durante todo o capítulo e se for preciso, repitam:

*Real Friends -Camila Cabello.

(Vou colcoar o vídeo da música na mídia pra quem não tiver)

Boa leitura...

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❝Não espere tanto dos outros, nem todo mundo tem o mesmo coração que você❞ - Charles Dickens

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CAMILA SANCHES COSTUMAVA repetir para si mesma que não iria deixar ninguém, nunca, saber o que acontecia dentro de sua casa. Ela temia que se as autoridades soubessem que seu pai era um alcoólatra, iriam querer separa-la de seu pai então para todas as ocasiões, seu pai apenas trabalhava de mais e não gostava de receber muitas pessoas em casa. Mas já haviam completado sete dias inteiros que Tom Sanches não colocava o pé dentro de casa, e Camila tinha certeza que os vizinhos já haviam percebido isso.

Mesmo Camila sabendo se virar, ela ainda era menor de idade e não podia exatamente morar sozinha, não com um pai alcoólatra que costumava passar dias sem por o pé dentro de casa. Bem, ao menos era isso que os vizinhos começaram a comentar desde que começaram a perceber a casa de Camila estranhamente silenciosa.

Mas para alguém que já estava acostumada com os sumiços do pai, Camila sabia que podia se virar muito bem sozinha. Afinal de contas o que era passar umas noites sozinha em casa comparado a lutar com monstros que quase sempre atacavam Camila? Pois é, ficar sozinha não era nem de longe a coisa mais...hum..."perigosa" que Camila já havia feito.

— Sanches? — a garota levantou a cabeça do livro de história ao ouvir seu sobrenome. — Está se sentindo bem?

Camila franziu a testa com a pergunta da professora mas achou que aquela poderia ser uma oportunidade para ir pra casa e ver se o pai havia dado as caras por lá, ela estava ficando realmente preocupada com o sumiço do mesmo.

— Ahn...não muito, me sinto fraca...

A filha de Nice torceu internamente para que a sra.Dickinson acreditasse no que ela falava. E por sorte, a senhora acreditou e acabou — para a surpresa de Camila —  esboçando um sorriso simpático na direção da garota.

— Você está liberada. —Disse sra.Dickinson —Vá a secretaria pegar a autorização e não se preocupe, você não ganhará falta na segunda chamada.

Camila sentiu-se mal por mentir para Dickinson, a mulher era uma das professoras mais legal que Camila tivera em toda sua vida e mesmo sendo por uma boa causa, não podia deixar de sentir que a qualquer momento a mulher descobriria a mentira e nunca mais iria acreditar em Camila.

Com um suspiro, a garota se levantou e abriu um sorriso minúsculo na direção de Dickinson e saiu da sala.

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