Capítulo 1 -

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Ponto de vista - Melanie

Aqui estava eu, dentro do quarto de Adrian, dormindo. Quem entrasse naquele quarto, iria nos confundir, provavelmente, como sempre fazem.
A única diferença entre eu e o meu irmão gêmeo é a altura. Ele tem um metro e oitenta e dois e eu tenho um metro e cinqüenta e cinco.

Sempre passamos a maior parte do nosso tempo brigando, mas no final fazíamos as pazes.

Ontem, eu resolvi dormir aqui, pois tinha tido um pesadelo, como todas as noites, e o Adrian aceitou. Eu tenho certeza que ele não gostava de me ver triste.

Ainda com meus olhos fechados, sinto alguém me observar, alguém que deve ter os mesmos pares de olhos cinzas que o meu. Alguém que eu compartilho o meu dna. Ouço uma risada anasalada, e depois um peso no meu couro capilar. O mesmo estava fazendo cafuné em mim. O que fazia com que minha vontade de abrir os olhos escorresse pelo vaso.

- Tão fofa. - Ele falou, acariciando ainda mais os meus cabelos. - Nem parece que é o diabo em pessoa!

- Cala-te! Quero dormir. - Resmunguei enquando virava-me para o outro lado. Ele começou a rir. Como sempre faz: Rir da desgraça dos outros.

- Hoje tem aula, Mel. - Ele murmurou, enquando se levantava da cama. Abri os olhos e comecei a olhar os seus movimentos. Ele foi ao closet. Voltou com uma roupa qualquer na mão. Foi ao banheiro. Saiu do banheiro. E eu posso dizer que eu tenho orgulho de ser a irmã gêmea dele! Ele fica tão lindo em qualquer roupa.

- Vai se arrumar, Melanie! - Ele ordenou enquando fazia careta. Levanto-me da cama e fui para o meu quarto. Lá eu fiz as minhas higienização matinal e vesti uma saia - que batia no meio das minhas coxas - preta, e uma blusa de manga curta social branca. Deixei os meus cabelos - que bate até os meus ombros - soltos, e peguei os meus óculos, que eu gosto de usar mesmo não precisando.

Saí do meu quarto após vestir a minha meia calça preta, só faltava calçar o sapato. Mas isso fazíamos quando saíamos.

Ao chegar na sala de jantar, todos já haviam começado a comer. Sentei-me na cadeira, perto do meu pai e os cumprimentei.

Comi apenas uma torrada e bebi o suco de frutas vermelhas. Desde esse sábado, o meu apetite diminui após ver a minha mãe naquele caixão. Agora posso ter certeza! Se antigamente eles eram chatos, por causa dos ciúmes, eles devem estar mais chatos ainda, pois agora eles vão sentir-se obrigados a proteger a única mulher da família Real e os ciúmes excessivos.

Todos conversavam animadamente entre si, o que me fazia sentir sozinha. A única pessoa que conversava comigo, quando o assunto não é política, era a minha mãe. Sempre falávamos nos países vizinhos, sobre o que aconteceu naquele dia, e assim sucessivamente.

O meu melhor amigo Jacson não pode falar comigo, pois está trabalhando como sempre, sendo o meu guarda particular. O que não era tão ruim assim.

Assim que saímos de casa, colocamos nossos sapatos e entramos naquele carro blindado preto, que estava a nossa espera.

Hoje irei sentir como as pessoas normais vivem e agem.

Enquando o carro andava, eu dormia no colo de Bryan, enquando o Adrian cantarolava uma música, que faz-me lembrar da mamãe.

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⏰ Última atualização: May 19, 2020 ⏰

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Melanie HudsonOnde histórias criam vida. Descubra agora