CAPÍTULO 1- Pretty girl

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Mudanças não eram fáceis, todos sabemos o quão é difícil se adaptar. Em uma cidade diferente, com pessoas e contextos totalmente diferentes dos quais eu estava inserida.
Tento me equilibrar andando com uma mala em cada mão, enquanto procuro por algum rosto familiar. O aeroporto estava cheio, pessoas se atropelavam com suas malas, e eu estava mais perdida do que nunca, até que encontro alguém segurando uma plaquinha feita de papel sulfite com meu nome escrito em letras cursivas.
- Creio que o nome escrito seja meu.- falo para a garota que estava distraída em seus pensamentos- Mas posso estar enganada.
- Emmaaaa, quanto tempo eu estou com tantas saudades, tenho tantas coisas planejadas para fazermos- diz em meio a um abraço desajeitado mais carinhoso- venha deixe eu te ajudar com essas malas.
Não nego a ajuda ao perceber que um de meus braços formiga com o peso das malas. Enquanto andamos até pegar um táxi, ela me conta um pouco mais sobre a sua vida depois da ultima vez que nos vimos (há mais de 3 anos atrás)e lembra de alguns de nossos momentos enquanto crianças.
- Sabe depois daquele acampamento, eu fiquei pensando enquanto voltava pra LA, quando você iria assumir seus sentimentos por ele- diz Julie direto ao ponto, como sempre.
- Parece que ainda temos muito o que conversar, não é mesmo?- digo a fitando.
Após uma viagem de um pouco mais de uma hora, paramos em frente a um prédio não muito alto e estacionamos. Julie me ajudou a retirar as malas e pagamos o táxi. Minhas expectativas estão altas ao subir o elevador e sentir aquele frio na barriga.
- O apartamento é lindo e tem uma vista incrível, aposto que você vai amar- diz fitando seus pés - é pequeno o espaço mas tem seu próprio quarto.
- Esse era o combinado certo? Deixar São Francisco para fazer a faculdade em LA e dividir um apê com você até conseguirmos algo maior, e aqui estamos nós!- digo enquanto abro as malas a procura de algo confortável para vestir.
Ao retirar a regata preta da mala, acabo deixando, sem querer, cair um retrato meu e do Louis no chão. Não sabia o que sentir no momento, apenas encarava a foto.
Ela tinha toda a minha atenção, e quando eu volto para o mundo externo, em meio a chamadas de atenção, Julie lança a pergunta fatal:
- Está com saudades, não é?
🔵 FLASHBACK, junho de 2013 🔵
As aulas estavam finalmente acabando e eu e Louis já tínhamos programado todas as nossas férias, teriam festas, viagens e tudo o que temos direito após um ano difícil.
- Eu já falei que não gosto que você fume- ele tinha um vicio horrível em cigarros que eu odiava, tinha 17 anos e já era completamente entregue - principalmente no quintal da minha casa.
- Eu já falei pra você parar de cuidar da minha vida, mas é o preço que eu pago por ser seu amigo desde que nasceu- diz com ironia, mas no tom agressivo, típico de sua personalidade.
- É meu dever como sua melhor amiga fazer com que você pare- digo tirando o cigarro de sua boca e o apagando no gramado- Mas parece que não adianta, quer morrer de câncer de pulmão?
- Se eu morrer você vai sentir muito minha falta, né? Eu sei que sou demais, pode parar de chorar.
Apenas reviro os olhos e sorrio amarelo, desistindo de convencê-lo. Louis me disse que Scott estava no mercado e perguntava qual sabor de sorvete mais gostávamos. Sem nem me perguntar, meu melhor amigo já respondia meu sabor favorito. Como eu amava essa conexão, esse menino ao meu lado, e todas as aventuras que a vida ainda nos proporcionaria.
🔵 VOLTA A ATUALIDADE 🔵
- Você nem imagina o quanto.
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Xoxo, bbhoes

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